Sandro Mabel advoga pela redução de despesas na estrutura governamental.
A decisão do governador Ronaldo Caiado, da União Brasil, de aumentar a alíquota-padrão do ICMS de 17% para 19% gerou reações das entidades do setor produtivo, que manifestaram repúdio à intenção mesmo antes do projeto de lei ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Em uma entrevista, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, destaca que, apesar de compreensível, a medida provocará impactos negativos no setor.
Mabel compreende a justificativa do governador em promover a alteração, considerando a expectativa de perda de arrecadação pelos estados devido à reforma tributária que deve ser aprovada ainda em 2023 pelo Congresso Nacional. O reajuste foi encaminhado à Alego no dia 27.
Para minimizar possíveis impactos negativos, Mabel avalia que os chefes dos executivos estaduais estão antecipando movimentos, chamando isso de “cautelar de imposto”. Ele destaca que, embora compreensível, o aumento de impostos nunca é benéfico para a classe produtiva, pois parte dele é absorvida e outra repassada para o consumidor, afetando seu poder de compra.
O presidente da Fieg sugere um corte rigoroso de gastos tanto na esfera do Poder Estadual quanto do Executivo como alternativa. Ele critica a falta de discussão sobre a redução de despesas, enfatizando que o governo está crescendo, o que vai contra a responsabilidade com o dinheiro público.
Apesar do cenário desfavorável, Mabel comemora o crescimento da indústria em 2023 e prevê um bom mercado para o próximo ano, destacando a importância do treinamento da mão-de-obra. Ele também menciona a preocupação com os mercados internacionais em desaceleração, que podem impactar o cenário local, ressaltando a importância de reduzir custos para manter a competitividade diante das ameaças cotidianas.
Tribuna Livre, com informações da Fieg