Operação de Bope, Core e policiais do
Pará mirava Leonardo Costa Araújo e outras lideranças de facção criminosa que
aterroriza a Zona Oeste do Rio. Há relatos de três pessoas feridas.
Léo 41
• Ação foi realizada nesta
quinta-feira (23) no complexo que fica em São Gonçalo, na Região Metropolitana
do Rio.
• Segundo a polícia, Leo 41 foi um
dos responsáveis por uma série de ataques que mataram, desde 2021, agentes de
segurança pública no Norte do país.
• Traficante já havia sido indicado
por seis crimes, incluindo latrocínio, e era investigado em outros 15.
• Operação teve como alvo outros
chefes do Comando Vermelho que participam da guerra que atinge comunidades na
Zona Oeste do Rio e do assalto ao Village Mall, na Barra da Tijuca.
Uma operação das
polícias Civil e Militar no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região
Metropolitana do Rio, deixou ao menos 13 mortos nesta quinta-feira (23),
segundo a Polícia Militar.
Um jovem e duas
mulheres, uma de 53 e outra de 62 anos, ficaram feridos e foram levados para o
Hospital Estadual Alberto Torres. O quadro deles é estável.
Um dos mortos
era o alvo principal da ação, Leonardo Costa Araújo, o Leo 41. O traficante de
37 anos é apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará e estava foragido
desde 2019 (leia mais abaixo).
A identificação
dos outros mortos não havia sido divulgada até a última atualização desta
reportagem.
Treze fuzis foram
apreendidos e as autoridades de segurança celebraram o “sucesso na
missão”.
“No Salgueiro,
teve resistência, e tivemos vários criminosos que vieram a óbito. Pelas armas,
vocês podem ver que os criminosos não estão interessados em ser presos e
processados pelo estado de direito. Hoje, podemos comemorar o sucesso na
missão”, secretário de Polícia Civil.
Suspeito de mais
de 40 mortes
Segundo a
polícia, Leo 41 é um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram,
desde 2021, mais de 40 agentes de segurança pública no estado do Pará, segundo
a polícia local.
A polícia também
busca outros chefes do Comando Vermelho do Rio que orquestraram e participam da
guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e do assalto ao Village
Mall, na Barra da Tijuca, quando um segurança foi morto.
Cinco blindados
e dois helicópteros deram apoio à ação, que não havia sido concluída até a
última atualização desta reportagem e contou com 80 homens da Subsecretaria de
Inteligência (RJ); do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia
Militar; da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Civil; e policiais
do Pará.
Segundo
moradores, os tiroteios aconteceram principalmente nas regiões de Itaoca e
Palmeiras. Escolas municipais e os postos de saúde 1 e 2, no bairro Palmeiras,
foram fechados.
Polícia
apreendeu 13 fuzis e 1 pistola na operação — Foto: Leslie Leitão/TV Globo
Escondido em
comunidades do RJ
Segundo a
investigação, Leo 41 assumiu a chefia da facção no Pará após a prisão de
Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.
Desde então, de
dentro das comunidades do Grande Rio, coordenava um plano de expansão da
organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas,
roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da
organização criminosa.
Desde que
assumiu o comando, o traficante vivia uma vida luxuosa nos morros da cidade,
patrocinado por suas ações criminosas e pela própria organização, que em sua
gestão passou a arrecadar volumes altos de dinheiro com tráfico e extorsões de
comerciantes, jogos de azar, provedores de internet.