População pode conferir locais e candidatos da eleição do Conselho Tutelar

Serão escolhidos 220 conselheiros titulares e 440 suplentes; os eleitos farão curso de formação inicial em data a ser definida A eleição para escolha dos membros do Conselho Tutelar do Distrito Federal para o quadriênio 2024/2027 está chegando. No dia 1º de outubro serão eleitos 220 conselheiros tutelares titulares e 440 suplentes. O processo seletivo é conduzido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA), vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF). Confira o passo a passo para saber qual o seu local de votação e também para pesquisar os candidatos e seus respectivos números. Como verificar seu local de votação O primeiro passo é acessar o link do formulário de consulta de local de votação e digitar o número do título de eleitor. Após esse processo, estará disponível o lugar em que o eleitor deverá se dirigir no dia 1º de outubro, portando documento com foto ou e-título. O eleitor só poderá votar na cidade onde o título está cadastrado e em um candidato dessa região administrativa. Conheça os candidatos A lista completa dos candidatos que estão concorrendo ao cargo de conselheiro tutelar pode ser verificada neste link. Basta marcar a região administrativa de interesse para aparecer todas as fotos dos candidatos, com os respectivos números. Fases do processo seletivo O processo seletivo é dividido em quatro fases. A primeira etapa ocorreu no dia 18 de junho, com a aplicação da prova objetiva para os candidatos. O resultado definitivo da segunda fase foi divulgado no dia 28 de julho. Essa etapa teve caráter eliminatório e incluiu a análise de documentação. A terceira fase é a eleição dos candidatos, que será no dia 1º de outubro. A quarta e última etapa será o curso de formação inicial dos eleitos, com data a ser divulgada posteriormente. *Com informações da Sejus-DF
Banheiro público do Setor Comercial Sul vira tema de festival internacional

O projeto mostrou no ‘Insurgências – Experiências em espaços públicos, Rio 2023’ a dignidade que o equipamento público levou à população em situação de vulnerabilidade Em 2020, o banheiro público do Setor Comercial Sul foi reformado por meio do programa governamental Adote uma Praça e pelo Instituto Cultural e Social No Setor. A iniciativa surgiu em uma época em que a pandemia da covid-19 se alastrava, exigindo uma preocupação ainda maior em relação à higiene e ao autocuidado. O sucesso da iniciativa a levou ao evento Insurgências – Experiências em espaços públicos, Rio 2023, em 14 de setembro. O banheiro conta com chuveiro, espelho, tanque para lavar roupa e filtro com água potável. Criado para atender pessoas em situação de vulnerabilidade, atualmente o espaço é utilizado também por feirantes e passantes daquela região. A subsecretária Helena Moreira, da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe-DF), comentou a respeito dos benefícios que o equipamento público traz para a comunidade. “Na época da pandemia, houve uma preocupação muito grande com questões sanitárias. O banheiro do Setor Comercial Sul possui uma localização estratégica em Brasília, com o objetivo principal é cuidar dessa questão higiênica. Levar esse case para um festival, trazendo conhecimento público e uma maior visibilidade é de uma importância extrema”, afirma. Festival latino-americano O projeto foi apresentado, em 14 de setembro, no evento Insurgências – Experiências em espaços públicos, Rio 2023, que uniu o 8º Festival Internacional de Intervenções Urbanas (FIIU) e o 5º Encontro Placemaking América Latina. O coordenador geral do Instituto No Setor, Rafael Reis, fala sobre a participação do projeto no festival e destaca que, atualmente, a pessoa que ajuda a coordenar o banheiro já esteve em situação de rua. “Foi muito interessante, porque conseguimos apresentar não só como um espaço físico que foi adotado, mas como uma ferramenta de transformação territorial. Por meio do banheiro, a gente consegue garantir a dignidade da população na hora de utilizar esse equipamento social, além de trazer um vínculo comunitário por ser um banheiro coletivo”, explica o coordenador. Reis acrescenta que a intervenção urbana trouxe algo inovador em Brasília, que pode servir de evento e inspiração para outros estados do Brasil e outros países da América Latina. “No festival, foi muito reconhecido por ser uma experiência que fala do coletivo. As pessoas esperam só do Estado, mas há outras possibilidades de gestão dos equipamentos públicos. Esse festival mostra múltiplas possibilidades de ocupação de espaços públicos que são concebidos e pensados pela sociedade civil e coletivos diversos”, acentua. Adote uma Praça O programa Adote uma Praça torna possível escolher espaços públicos para realizar benfeitorias, como transformar espaços abandonados em parques e outras possibilidades. Empresas e cidadãos que tenham interesse em adotar estas áreas por um período determinado podem participar do projeto. Os interessados precisam entrar em contato com a Secretaria de Projetos Especiais. Mais informações podem ser encontradas na página da pasta. | Foto: Divulgação/SCS A iniciativa surgiu em uma época em que a pandemia da covid-19 se alastrava, exigindo uma preocupação ainda maior em relação à higiene e ao autocuidado
Quinta parcela do IPTU começa a vencer nesta segunda-feira (18)

Esta é a penúltima prestação para quem optou pelo pagamento parcelado; boletos podem ser emitidos online, presencialmente nos postos do Na Hora ou nas agências de atendimento da Receita do DF Atenção, contribuinte: a quinta parcela do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) começa a vencer entre esta segunda-feira (18) e a próxima sexta (22). Caso o proprietário do imóvel não tenha o boleto em mãos, é possível emiti-lo online via portal de serviços da Receita ou pelo aplicativo Economia DF. Nesta segunda-feira, o vencimento é para as inscrições com finais 1 e 2. De terça a sexta devem ser quitadas as parcelas de inscrições com os finais 3 e 4; 5 e 6; 7 e 8; e 9 e 0, respectivamente. A sexta e última parcela do IPTU está programada para outubro, com vencimento a partir do dia 16. O boleto de pagamento do imposto também pode ser emitido presencialmente, nos postos do Na Hora ou nas agências de atendimento da Receita do DF, pelo número 156, opção 3, em ligação feita a partir de um número fixo. Segundo cálculos da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (Sefaz-DF), em 2022, cerca de 23% dos contribuintes com imóvel próprio no DF não cumpriram as obrigações com o fisco, o que implica o CPF ou CNPJ registrado em cadastro devedor. Além disso, o imóvel pode até mesmo ir a leilão caso o débito não seja quitado. Arrecadação O Governo do Distrito Federal arrecadou R$ 12,6 bilhões com impostos no primeiro semestre de 2023. Do total arrecadado, a maior parte vem de tributos das áreas de comércio e serviços. Esses valores são essenciais para obras como a construção de creches e unidades básicas de saúde e também para o pagamento de pessoal. Arte: Agência Brasília
Com 67% dos veículos sem licenciamento, GDF alerta para regularização

O pagamento do tributo é necessário para a emissão do documento obrigatório CRLV-e, que permite a circulação legal dos automóveis pela cidade Até agosto, o Distrito Federal contava com 67% dos veículos da frota local sem o licenciamento anual pago, de acordo com o Departamento de Trânsito (Detran-DF). O que corresponde a 1.306.337 automóveis em circulação pela capital em que os motoristas não têm o documento de porte obrigatório. A emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo por meio digital (CRLV-e) está atrelada ao pagamento do tributo, bem como de outros débitos como o IPVA e multas, se houver. Os motoristas de veículos com placas de final 1 e 2 têm até 30 de setembro para pagar a taxa de renovação do licenciamento anual. A partir de 1º de outubro, esses automóveis deverão ter o CRLV-e de 2023 para transitar nas ruas. Os demais veículos devem cumprir a exigência a partir do prazo estabelecido conforme a placa. A imposição muda a partir do 1º dia de cada mês depois da expiração da data de vencimento: – Automóveis com finais de placa 3, 4 e 5 têm até 31 de outubro para realizar o pagamento; – Automóveis com finais de placa 6, 7 e 8 têm até 30 de novembro; – Automóveis com finais de placa 9 e 0 têm até 31 de dezembro para se regularizar. Os condutores que forem flagrados pela fiscalização transitando sem licenciamento poderão ser penalizados com sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), apreensão do veículo e multa no valor de R$ 293,47. A infração é considerada gravíssima. “Solicitamos que a população não deixe o pagamento para o último minuto, para não confundir os prazos. É importante que os motoristas estejam com os veículos legalizados para circular na cidade”, afirma o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Clever de Farias Silva. Como regularizar a situação Para obter o documento, o proprietário deverá pagar a taxa de licenciamento e as demais pendências, caso haja. Após a quitação dos débitos, a emissão do CRLV-e é feita por meio do portal de serviços do Detran-DF ou pelo aplicativo Detran Digital. O documento também pode ser obtido no aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT), do governo federal. Desde 2021, o certificado de licenciamento é emitido apenas no formato digital. O CRLV-e pode ser apresentado por meio dos aplicativos oficiais, ou na versão impressa em papel A4 branco comum. Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para obter o documento, o proprietário deverá pagar a taxa de licenciamento e eventuais pendências |
O homem que sobreviveu por 60 horas em um barco afundado no fundo do mar

O nigeriano Harrison Okene era cozinheiro em um barco que naufragou repentinamente em maio de 2013 O nigeriano, com 29 anos na época, trabalhava como cozinheiro a bordo de um rebocador (um barco que auxilia as manobras de navios e outras embarcações na área portuária de forma segura) chamado Jascon 4, que estava a cerca de 32 quilômetros da costa da Nigéria quando naufragou devido a uma falha súbita. “Eu tinha acabado de ir ao banheiro. Fechei a porta e estava sentado no vaso sanitário quando o barco virou para o lado esquerdo”, lembrou em uma recente entrevista ao programa de rádio BBC Outlook. O naufrágio foi tão rápido que nenhum dos 13 tripulantes conseguiu chegar à superfície antes de o navio se encher de água. “A próxima coisa que vi foi o vaso sanitário sobre o qual estava sentado de repente estava sobre minha cabeça”, narrou Harrison. “A luz se apagou e eu ouvi as pessoas gritando. Consegui abrir a porta e sair, mas não consegui encontrar ninguém. A força da água me empurrou para uma das cabines e fiquei preso lá”. O que ele nunca imaginou naquele momento de pânico foi que aquele jato de água seria também uma sorte. Isso o empurrou em direção a uma bolha de ar, um oásis de oxigênio que lhe permitiria realizar uma façanha impensável: sobreviver por quase 3 dias no fundo do mar. Um naufrágio que custaria a vida de toda a equipe do Jascon 4 naquele fatídico 26 de maio de 2013. Marinheiro inexperiente Diferentemente de muitos de seus colegas, Harrison não tinha muita experiência como marinheiro. O cozinheiro compartilhou com o Outlook que, na verdade, “nunca tinha colocado os pés em um navio” antes de conseguir um emprego a bordo de uma embarcação em 2010. Harrison havia sido o chefe de cozinha de um hotel, o que o permitia sustentar sua esposa e filhos. No entanto, à medida que o boom petrolífero offshore cresceu em seu estado natal, Delta State, ele percebeu que poderia ganhar muito mais dinheiro sendo chef a bordo de um dos muitos navios envolvidos na extração de petróleo do fundo do mar. Ele lembra que sua primeira experiência não foi muito auspiciosa. “Embora eu gostasse da água, desde o momento em que entrei no navio, tive enjoo e passei três dias rastejando pelo chão, vomitando e cozinhando ao mesmo tempo”, relatou. “Mas depois de três dias, já estava perfeitamente bem, e desde então nunca mais sofri com o enjoo no oceano.” Após esse pequeno contratempo, descobriu que era muito mais feliz trabalhando em um navio, onde só precisava servir a 12 pessoas, em vez das centenas a que estava acostumado no hotel. Além disso, o emprego marítimo tinha outras vantagens. “Quanto mais longa é a viagem, mais você é pago, e você não gasta, não tem como gastar. Então, quando volta à terra, tem todo esse dinheiro disponível. Portanto, estava aproveitando o trabalho”, afirmou. Apesar de sua falta de experiência, Harrison não tinha medo de viver sobre o mar. “Eu me sentia muito bem porque gosto do ambiente, é muito tranquilo, silencioso, não há barulhos, a única coisa que você sente é o balanço do navio”, descreve. Ele até se acostumou a amarrar todas as suas panelas e frigideiras com cordas, para que não caíssem com a maré. Nem mesmo um pesadelo que teve, no qual seu barco afundava, conseguiu deixá-lo nervoso. “Eu ri quando acordei, pensei: ‘Não foi real’”, contou, esclarecendo que “no sonho não morria”. O afundamento do Jascon 4 Em maio de 2013, Harrison começou a trabalhar no Jascon 4. Embora não conhecesse o navio, ele já havia navegado anteriormente com o resto da tripulação. “Éramos amigos, éramos muito próximos”, relata, dizendo que muitos “me tratavam como uma mãe, compartilhando comigo suas ideias e suas tristezas. Eu dava os poucos conselhos que podia para ajudá-los”. Em 25 de maio, o rebocador havia trabalhado duro, estabilizando um petroleiro em uma plataforma da Chevron em meio a um mar agitado por uma tempestade. Naquela madrugada, Harrison acordou e foi para a cozinha preparar as coisas, como de costume. Até que ele foi ao banheiro e de repente tudo mudou. Ele lembra de sentir o navio afundando. “Estava afundando rapidamente. Eu estava em pânico. Ouvi as pessoas gritando, chorando. Eram cinco para as dez da manhã, então alguns dos meus colegas ainda estavam dormindo. Eles gritavam por socorro. Você podia ouvir a água borbulhando enquanto entrava nos diferentes compartimentos e depois, silêncio”. Quando o navio finalmente encalhou no fundo do mar, a cerca de 30 metros da superfície, Harrison era o único sobrevivente. Ele estava preso em um espaço pequeno, com água até a cintura. Estava escuro e frio. Naquele momento, ele pensou que alguém viria resgatá-lo, mas dois dias se passaram e nada aconteceu. Ele conseguiu encontrar uma lanterna presa a um colete salva-vidas. Desesperado para escapar, nadou através de uma porta submersa até a próxima cabine em busca de uma saída. Mas não encontrou nada. Em seguida, sua lanterna se apagou e ele ficou na escuridão completa. Ele lembra de sentir peixes comendo sua pele ferida pelos golpes durante o naufrágio. “Eu estava vestido apenas com cuecas”, explica. “Pensei na minha esposa, na minha mãe. Passei o tempo cantando louvores”, lembra. Foi assim por 60 horas. Sem comida nem bebida, e ciente de que o oxigênio em sua milagrosa bolha de ar estava se esgotando. Entretanto… En terra, as famílias dos tripulantes foram informadas de que todos haviam morrido, e a empresa proprietária do Jascon 4, a West African Ventures, contratou especialistas para recuperar os corpos. A empresa de mergulho neerlandesa DCN Global foi encarregada de realizar essa missão. A empresa enviou três mergulhadores para o barco afundado, coordenados por um supervisor que podia acompanhar suas ações por meio de uma câmera de um barco na superfície. Os mergulhadores foram levados até o fundo do mar em uma câmara pressurizada. Harrison conseguia ouvi-los enquanto quebravam as portas para entrar no navio. Ele
Governo prevê recuperar R$ 46 bilhões em débitos da Dívida Ativa em 2024

A Dívida Ativa da União é o valor devido ao governo por pessoas e empresas em débitos, geralmente de natureza tributária, não pagos no prazo legalmente fixado Sob pressão e desconfiança de parte do mercado sobre as projeções de receita para o próximo ano, o Ministério da Fazenda reforçou nesta sexta-feira, 15, que prevê recuperar em 2024 R$ 46 bilhões em débitos inscritos na Dívida Ativa da União, estimativa já encaminhada no projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). A Dívida Ativa da União é o valor devido ao governo por pessoas e empresas em débitos, geralmente de natureza tributária, não pagos no prazo legalmente fixado. Para indicar a viabilidade do número, a pasta apontou que, de R$ 30 bilhões desse tipo de receita estimados para 2023, já foram alcançados R$ 21,9 bilhões ao final do primeiro semestre. “Desse total, R$ 10 bilhões são resultado de acordos de transação tributária. O que demonstra o sucesso do instituto da transação tributária”, disse a Fazenda em nota divulgada nesta tarde. Além disso, o Ministério afirma que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), responsável por esses cálculos, estuda oferecer editais para regularizar, pela via consensual, débitos relacionados a teses jurídicas de PIS/Cofins, por exemplo. Em estudo preliminar, disse a pasta, o órgão da Fazenda estimou que existem ao menos 19 teses jurídicas de PIS/Cofins com valor em discussão da ordem de R$ 800 bilhões. Dívida ativa é o dinheiro devido por contribuintes e organizações ao governo federal que não foram pagas no prazo. A Fazenda conta também com novas regras para a PGFN e Receita Federal como parte do pacote de receitas adicionais para cumprir a meta de déficit zero de 2024, que prevê a entrada de R$ 168 bilhões no total. Essas transações tributárias são destacadas na nota divulgada nesta sexta pela pasta. Nela, a Fazenda reforça que, de transação no contencioso, “de relevante e disseminada controvérsia jurídica”, a PGFN prevê recuperar R$ 12 bilhões no próximo ano. A estimativa parte da avaliação de que esse instrumento deve ser aprimorado com a sanção do projeto de lei que retoma voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). “O artigo 9º do projeto altera condições estabelecidas na Lei 13.988/2020 para tornar essa modalidade de transação mais atrativa”, diz o Ministério. A transação no contencioso permite ao contribuinte negociar débitos ainda em discussão administrativa ou judicial. Na avaliação da Fazenda, isso contribui para a redução do litígio no Carf e no Judiciário, aumenta a disponibilidade financeira das empresas, além de recompor a base tributável. – (crédito: Caio Gomez) – Agência Estado Para indicar a viabilidade do número, a pasta apontou que, de R$ 30 bilhões desse tipo de receita estimados para 2023, já foram alcançados R$ 21,9 bilhões ao final do primeiro semestre
Presidente Lula participa de jantar com empresários em Nova York

Chefe do Executivo está na cidade para participar da Assembleia Geral da ONU, onde ele discursa na quarta-feira Nova York (EUA) – O primeiro compromisso oficial do presidente Lula nesta semana será um jantar com 26 empresários, oferecido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no restaurante Fasano. Porém, o ponto mais alto desta visita aos Estados Unidos será na quarta-feira, quando Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançam a “Iniciativa Global Lula-Biben para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do século XXI”. Biden sugeriu esse movimento, prontamente aceito por Lula, conforme contou o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, numa rápida conversa no lobby do hotel onde a comitiva brasileira está hospedada. “É preciso fortalecer a representação do trabalho para fazer frente ao que vemos hoje no mundo. Quanto mais forte é o mercado, mais forte tem que ser o contrapeso e quem pode colocar esse contrapeso é o estado”, avaliou. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, representantes das centrais sindicais brasileiras e o assessor internacional de Lula, o ex-ministro Celso Amorim, estão animados. “Será, sem dúvida, o ponto alto dessa visita”, disse Amorim. A avaliação de parte da comitiva é a de que discursos nas assembleias das Nações Unidas, Lula já fez oito. Este será o novo, com gosto de retorno, depois de mais de 500 dias preso. Obviamente, é importante. Porém, uma iniciativa entre a maior potência capitalista do mundo e o Brasil para tratar das questões relativas ao emprego, é a primeira vez. Daí, a sua importância. ”Vivemos uma precarização e fragilização geral do mercado de trabalho”, afirmou o ministro Luiz Marinho ao Correio nesta tarde, em Nova York. Biden, no papel de comandante da maior economia capitalista do mundo, tem se mostrado sensível à causa dos trabalhadores. Na semana passada, o presidente americano manifestou apoio à greve das três grandes montadoras americanas, Ford, GM e Stellantis. Em discurso na Casa Branca, disse que “os metalúrgicos ajudaram a criar a classe média americana. Eles merecem um acordo trabalhista que os ajude a continuar na classe média”. O pensamento de Biden combina com o que sempre defendeu Lula. Agora, juntos, tentarão chamar a atenção para a precarização das relações de trabalho no mundo num movimento parecido com o que já existe hoje em relação às mudanças climáticas, que será um dos principais focos do discurso do presidente Lula na ONU, na véspera do lançamento da Inciativa global relacionada ao trabalho. Além das questões do trabalho, Lula pretende fincar a bandeira brasileira também nas questões relativas ao clima e na atração de investimentos. No quesito clima, dois ministros, Marina Silva, do Meio Ambiente, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, participaram hoje pela manhã de eventos na ONU, em especial, o Dia de Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou hoje cedo em Nova York e já está no hotel, preparando o discurso que fará logo mais no jantar da Fiesp, ao lado do presidente Lula. O encontro está marcado para 18h (19h, hora de Brasília). Política Mesmo com uma agenda internacional tão intensa, o presidente Lula deverá ter tempo de cuidar da política doméstica, uma vez que os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e o do Senado, Rodrigo Pacheco, chegaram a NY para integrar a parte da programação do presidente, como o jantar de hoje. Há previsão inclusive de retorno juntos ao Brasil. Perguntado sobre como anda a relação com o Centrão depois da troca de ministros na semana passada, o senador Jaques Wagner foi direto: “Nada é linear. Vivemos quatro anos de uma anomalia na relação política no Brasil e não se conserta com um cavalo de pau. Ë um processo. Não temos uma base linear. A tributária deve ser aprovada, já aprovamos grande parte dos projetos. É um processo que está em curso e não se resolve do dia para noite”, disse. Domingo O hotel de Lula, desta vez, é o Lotte Palace, na rua 50 Leste, bem próximo do Central Park. Tanto é que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, aproveitou a manhã de sol para ir caminhar. Outros ministros, como Luiz Marinho, preferiram sair apenas para almoçar. O da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, não teve muito tempo. Mal chegou já foi chamado para uma reunião com Lula que não saiu do hotel. – (crédito: Reprodução/TV Brasil) Na quarta-feira, Lula e Biden lançarão a “Iniciativa Global Lula-Biben para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do século XXI”
Solidariedade expulsa prefeito que sugeriu castrar mulheres no RJ

A decisão do partido Solidariedade ocorreu após quatro dias do caso na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro O prefeito da cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, Mário Esteves, acabou expulso do partido Solidariedade neste domingo (17/9), após sugerir que as mulheres da cidade sejam castradas para controlar o número de crianças da cidade, na quinta-feira (14/9). O anúncio da desfiliação foi feito neste domingo pela direção estadual da legenda. Na nota, o partido alegou que a decisão foi unânime, pois o prefeito se mostrou misógino (ódio, desprezo e/ou preconceito destinado a mulheres, que pode se manifestar de várias formas) e “demonstrou total desrespeito às mulheres”. O Solidariedade ainda destacou que não tolera discursos e ações de qualquer tipo de discriminação. Confira a íntegra da nota do Solidariedade: “A Direção Estadual do partido Solidariedade Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, expulsar o prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves, por sua fala misógina, demostrando total desrespeito às mulheres. O Solidariedade não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito”. Esse é o segundo caso em uma semana de expulsão dentro do Solidariedade. Na quinta-feira (14/9), o advogado Hery Kattwinkel Júnior foi expulso do partido, após fazer a defesa do réu Thiago de Assis Mathar, envolvido nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro e que estava sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). O partido considera que o advogado protagonizou uma cena “grotesca”, atacando ministros do STF durante o julgamento, e não se limitando ao cumprimento de funções esperadas de um advogado. Além disso, pontuou que o profissional endossou discurso de ódio, contendo fake news. Entenda o caso Durante a inauguração de uma estrada na cidade, o prefeito Mário Esteves comentou a abertura de creches no município. Ele avaliou que a cidade tem “criança demais” e sugeriu a castração de meninas. “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população, é muito filho, cara. É no máximo dois”, afirmou o prefeito de Barra do Piraí. O caso repercutiu negativamente nas redes sociais. Em uma publicação no Facebook, usuários afirmaram que a fala de Mário é “criminosa, misógina e machista”.
Flamengo e São Paulo disputam troféu em momento de instabilidade

Derrotas na Série A e preço dos ingressos foram os temas mais discutidos entre os torcedores na última semana Irritaram torcedores de Flamengo e São Paulo os preços cobrados pelos ingressos na decisão da Copa do Brasil. Incluídos na conta o jogo de ida, neste domingo (17), no Maracanã, e o de volta, no seguinte (24), no Morumbi, o menor valor de face de uma entrada é de R$ 200 (há descontos para sócios-torcedores). Até o Procon-RJ, o órgão de defesa do consumidor do governo fluminense, cobrou explicações. Mas os preços foram mantidos, mais uma dor de cabeça para quem vai às partidas. Os apoiadores dos dois times têm motivos para ver a final com alguma cautela, após resultados preocupantes nos últimos confrontos. O Flamengo é basicamente um finalista em crise. Há evidente clima de intranquilidade no elenco, com ao menos dois casos recentes internos de agressão. Não é bom o ambiente dos jogadores com o técnico Jorge Sampaoli. Uma vitória sobre o rival Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro, chegou a provocar ânimo no início do mês. Mas, após a pausa no calendário para a realização de partidas entre seleções, a equipe levou 3 a 0 do Athletico Paranaense, em Cariacica, na última quarta-feira (13), pelo torneio nacional de pontos corridos, e voltou o ar de tensão. “São derrotas que machucam, que ferem”, afirmou o meia Everton Ribeiro. “A gente se entrega. Não falta vontade. Se fosse fácil resolver, a gente teria resolvido. O que temos que fazer é ir para casa, trabalhar e vencer um jogo que é muito importante”, disse Gabigol, que pediu apoio da torcida no Rio. “O clima tem que ser positivo. Se não me engano, o São Paulo também perdeu. Eles não ganham há um bom tempo no Brasileiro, tenho certeza de que vão vir motivados para ganhar no Maracanã, como a gente também. Acho que é relembrar os momentos em que os torcedores nos apoiaram e fizeram com que fôssemos campeões. A gente precisa deles”, acrescentou o atacante. Gabigol tem razão. Também na quarta, o São Paulo perdeu, por 2 a 1, para o Internacional, em Porto Alegre, mais um em uma série de resultados negativos. Desde que eliminou o Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil, há um mês, o time tricolor só venceu um de seus cinco jogos: um triunfo amargo sobre a LDU, do Equador, com eliminação da Copa Sul-Americana nos pênaltis. Houve ainda um empate com o Botafogo (reserva) e derrotas para LDU e América-MG, algo minimizado por Dorival Júnior. “O jogo de domingo é outro momento, outra característica. Sinceramente, o passado, esse pequeno histórico, não é problema nenhum. Temos que estar focados e determinados para dois jogos importantíssimos na história do clube”, disse o treinador. O São Paulo nunca venceu a Copa do Brasil. E tem na competição sua única chance de título na temporada, já que é enorme a distância para o líder do Campeonato Brasileiro. O mesmo vale para o Flamengo, que teve múltiplos fracassos no ano e joga as suas últimas fichas no mata-mata. . Foto: Rubens Chiri – São Paulo Lucas sendo marcado por Thiago Maia durante o confronto entre as equipes no Brasileirão
Vídeos mostram pescadores embarcando em avião que caiu no interior do Amazonas

Os 12 passageiros e dois tripulantes morreram no acidente neste sábado; a ex-mulher de uma das vítimas contou sobre a paixão dele pela pescaria: ‘Amava com todas as forças’ Após a confirmação da morte de 14 pessoas que estavam a bordo do avião que caiu em Barcelos, no interior do Amazonas, familiares e amigos das vítimas iniciaram uma onda de comoção e solidariedade nas redes sociais. Os 12 passageiros da aeronave praticavam pesca esportiva e alguns deles eram frequentadores da região onde o acidente aconteceu, além de muito amigos. Gilcresio Salvador Medeiros, de 73 anos, conhecido como Gil, era proprietário de uma pousada localizada no Lago Serra da Mesa, no município de Niquelândia, em Goiás. Segundo familiares, ele costumava viajar para a região do acidente sempre que o trabalho permitia. — Gil era amante da pescaria, era a vida dele. A pescaria era tudo para ele, ele respirava pescaria, amava com todas as forças. Ele só se ausentava da pousada se fosse para pescar, ficava doente quando não dava para ir por causa do trabalho — conta Bethânia Santos, ex-mulher e amiga do pescador. O empresário era muito amigo de Euri Paulo dos Santos e Roland Montenegro Costa, que também morreram no acidente. Segundo Bethânia, Euri, que é empresário em Belo Horizonte, e Gil eram amigos há décadas. Doutor Roland, como era conhecido o outro pescador, era médico e atuava como cirurgião-geral. — Quando recebi a notícia da morte demorei a entender, porque essa foi a primeira vez que eles conseguiram viajar com essa organização, com avião fretado. Antes ele iam de avião até um certo lugar e depois iam de carro até o destino final. Desta vez conseguiram reunir esse grupo, com tudo muito organizado — relata a ex-companheira. “Gil foi um homem de um coração único, simpático e receptivo com todos que puderam passar pela pousada, e com certeza nunca será esquecido. Uma perda irreparável! Que Deus o tenha em um lugar tão maravilhoso como ele foi em vida”, escreveu a amiga nas redes. Ao perceber o tamanho da comoção que a morte do amigo provocou, Bethânia, que administra as redes sociais da pousada, ficou comovida com as homenagens: — Estou bastante emocionada com o quanto ele era querido no Brasil inteiro, porque ele recebia clientes de todo o país e do exterior também. Ele era muito receptivo e hospitaleiro. Acredito que por ele ser tão simpático, a comoção tenha sido tão grande assim — descreveu. Em vídeos publicados por amigos e grupos de pescaria nas redes sociais, Gil e os outros pescadores aparecem embarcando no avião e, em seguida, dentro da aeronave. O clima parece amistoso e eles brincam que a o avião parece “uma lata de sardinha” pelo tamanho compacto. O acidente O avião em que as vítimas estavam saiu de Manaus com destino a Barcelos. Durante o pouso, chovia bastante. Segundo o governador do estado, Wilson Lima, o piloto teria “errado o traçado da pista” e batido em alguma estrutura do aeroporto. — Ele deve ter tocado o solo numa parte mais barrenta, e não havia as condições necessárias. Em tese, foi um pouso frustrado — afirmou. A aeronave é um bimotor turboélice do modelo EMB-110 “Bandeirante”, da Embraer, e tinha capacidade para 18 passageiros. Segundo o registro da Agência Nacional de Avição (Anac), tinha operação permitida para táxi aéreo. O aeroporto local não permite pousos e decolagens depois do pôr do sol. O coronel Vinícius Almeida, secretário de Segurança Pública do Amazonas, afirmou que há informações extraoficiais de que, antes do acidente, duas outras aeronaves optaram por regressar a Manaus porque a segurança do aeroporto de Barcelos não permitiu o pouso. A chuva em Barcelos também provocou falta de energia elétrica na cidade e a comunicação está prejudicada. Translado dos corpos Os corpos ficarão no auditório de uma escola, porque a cidade não conta com estrutura de câmaras frias em um Instituto Médico Legal. Uma equipe da Força Aérea, com peritos e um delegado, irá na manhã deste domingo até o local da ocorrência para começar a apuração das causas do acidente. Todos os aspectos serão abordados, desde o funcionamento da aeronave até o comprimento da pista, o vento e as condições climáticas da hora da queda. A identificação das vitimas será feita por meio das digitais, mas não estão descartados outros exames, como o da arcada dentária. O governo do Amazonas recebeu da empresa de táxi aéreo uma lista com os nomes dos passageiros que, em tese, embarcaram na aeronave, mas só divulgará oficialmente a identidade das vítimas após a finalização do trabalho da polícia científica. — Foto: Reprodução/Redes sociais Vídeos mostram pescadores embarcando em avião que caiu no interior do Amazonas
Pelo menos cinco vítimas de Goiás morreram em avião que caiu no Amazonas

Além dos 12 passageiros, avião era conduzido pelo piloto e co-piloto Um avião que transportava 12 turistas caiu na cidade de Barcelos, no interior do Amazonas, deixando 12 mortos. Pelo menos quatro deles moravam em Goiás e não resistiram. um era de Anápolis e um de Niquelândia, outros eram moradores de Uruaçu. Outros passageiros eram de Uberlândia e dois eram tripulantes. O Mais Goiás teve acesso a lista das pessoas que viajavam no avião. A tragédia chocou moradores do município e os passageiros eram transportados por um avião Bandeirantes da Manaus Aerotáxi. O Governo do Amazonas confirmou os 14 óbitos: Euri Paulo dos Santos, Fabio Campos Assis, Fábio Ribeiro, Gilcresio Salvador Medeiros, Guilherme Boaventura Rabelo, Hamilton Alves Reis, Heudes Freitas, Luiz Carlos Cavalcante Garcia, Marcos de Castro Zica, Renato Souza de Assis, Roland Montenegro Costa, Witter Ferreira de Faria. As vítimas que moravam em Goiás são: Witter da Herbicampo, Marcos de Castro Zica, Fábio Ribeiro, Gilcrésio Salvador Medeiros, que era dono da Pousada Serra da Mesa. Fábio Campos Assis era empresário do setor de bebidas em Anápolis. Assis aparecia num vídeo gravado momentos antes do acidente. “Pensa numa lata de sardinha”, brincou o empresário mostrando os outros passageiros e o espaço pequeno do avião. “Aqui tá parecendo um forno”. Euri Paulo dos Santos, Guilherme Boaventura Rabelo, Heudes Freitas e Luiz Carlos Cavalcante Garcia eram empresários de Uberlândia. Leandro Souza era o piloto e Fernando Galvão, copiloto. O acidente teria sido ocasionado devido ao mau tempo no momento da aterrisagem mas ficará a cabo da Força Aérea Brasileira apurar as causas do acidente. (Foto: Reprodução/Redes Sociais) Queda de avião no Amazonas provoca tragédia e deixa 14 mortos
Acidente aéreo no Amazonas com 14 mortos: o que se sabe até agora

Causa da queda da aeronave ainda será investigada; Aeronave com turistas de pesca esportiva havia partido de Manaus para Barcelos Um acidente com um avião deixou 14 mortos na tarde deste sábado no município de Barcelos (a cerca de 400 km de Manaus), no interior do Amazonas. A relação de vítimas inclui 12 passageiros e dois tripulantes. Causa da queda da aeronave ainda será investigada. Confira o que se sabe até agora: ‘Eram brasileiros, turistas’: lista de passageiros O governo do Amazonas recebeu da empresa de táxi aéreo uma lista com os nomes das 14 pessoas que estavam a bordo do avião. Dentre elas, 12 eram passageiros e dois eram tripulantes. Constam os nomes de Euri Paulo dos Santos, Fabio Campos Assis, Fabio Ribeiro, Gilcresio Salvador Medeiros, Guilherme Boaventura Rabelo, Hamilton Alves Reis, Heudes Freitas, Luiz Carlos Cavalcante Garcia, Marcos De Castro Zica, Renato Souza de Assis, Roland Montenegro Costa e Witter Ferreira de Faria, além dos comandantes Leandro Costa Souza e Fernando Luiz Galvão Bezerra Júnior. Vítimas de Goiás Entre as 14 vítimas fatais, há cinco que moravam em Goiás: Witter da Herbicampo, Marcos de Castro Zica, Fábio Ribeiro, Gilcrésio Salvador Medeiros (que era dono da Pousada Serra da Mesa, em Niquelândia) e Fábio Campos Assis. ‘Pouso frustrado’ O avião saiu de Manaus com destino a Barcelos. Durante o pouso, chovia bastante. O piloto teria “errado o traçado da pista”, segundo o governador Wilson Lima, e batido em alguma estrutura do aeroporto. — Ele deve ter tocado o solo numa parte mais barrenta, e não havia as condições necessárias. Em tese, foi um pouso frustrado — afirmou. Investigação “Acidentes não têm uma causa única, e todos os fatores serão analisados. Em breve, um relatório será divulgado”, declarou o comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), Brigadeiro do Ar David Almeida Alcoforado, durante coletiva de imprensa. O governo do Amazonas montou um gabinete de crise para lidar com o acidente. Uma equipe da Defesa Civil se deslocou até Barcelos. “Investigadores do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII), localizado em Manaus (AM), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-SOG, neste sábado (16/09), em Barcelos (AM)”, diz o comunicado da Aeronáutica. Aeronave estava regular? A aeronave é um bimotor turboélice do modelo EMB-110 “Bandeirante”, da Embraer, e tinha capacidade para 18 passageiros. Segundo o registro da Agência Nacional de Avição (Anac), tinha operação permitida para táxi aéreo. O aeroporto local não permite pousos e decolagens depois do pôr do sol. Segundo a Anac, a situação de aeronavegabilidade era considerada normal. Em nota, a agência disse lamentar o acidente. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para avaliar a queda da aeronave de matrícula PT-SOG. De quem era a aeronave? A aeronave pertencia à Manaus Aerotáxi. Em nota publicada em rede social, a empresa disse lamentar “profundamente” o caso. “A segurança dos passageiros e tripulação é sempre a prioridade da Manaus Aerotáxi, por isso estamos certos que a aeronave e tripulação envolvida no sinistro atendiam a todas as exigências da autoridade de aviação civil necessárias à aeronavegabilidade, e estamos comprometidos em esclarecer todos os detalhes relacionados a este acidente”, destacou. Aeroporto de Barcelos Conforme o governo do Estado, o aeroporto de Barcelos está em boas condições e regularizado para voos de pequeno porte. O espaço passará por uma reforma na pista a partir do dia 25 desse mês, mas seguirá com pousos e decolagens durante o dia (essas atividades não são liberadas à noite na unidade). Translado dos corpos Os corpos ficarão no auditório de uma escola, porque a cidade não conta com estrutura de câmaras frias em um Instituto Médico Legal. Uma equipe da Força Aérea, com peritos e um delegado seguiu até Barcelos para começar a apuração das causas do acidente. Todos os aspectos serão abordados, desde o funcionamento da aeronave até o comprimento da pista, o vento e as condições climáticas da hora da queda. Momentos antes da queda Vídeos mostram pescadores embarcando em avião que caiu no interior do Amazonas. Em vídeos publicados por amigos e grupos de pescaria nas redes sociais, Gil e os outros pescadores aparecem embarcando no avião e, em seguida, dentro da aeronave. O clima parece amistoso e eles brincam que a o avião parece “uma lata de sardinha” pelo tamanho compacto. Temporada de pesca Barcelos fica a cerca de 400 quilômetros de Manaus, mais ao norte do Estado, na margem direita do Rio Negro. A região, no meio da Floresta Amazônica, é conhecida também pelo ecoturismo e pela pesca esportiva, cuja alta temporada vai de setembro a março. — Foto: Governo do Amazonas Avião cai em Barcelos, interior do Amazonas