Oficina do Plano Diretor discutirá transporte e mobilidade urbana

Evento será na terça-feira (15), a partir das 19h, na sede da Seduh Quer participar do futuro do transporte e da mobilidade urbana do Distrito Federal? Se a resposta for sim, compareça nesta terça (15) à 21ª oficina participativa da revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), lei que guiará o desenvolvimento do DF nos próximos dez anos. O encontro será realizado a partir das 19h, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh). Essa é uma das oficinas responsáveis por discutir com a sociedade pontos fundamentais para o desenvolvimento urbano. Dessa forma, as sugestões feitas pelos participantes no evento serão consideradas na revisão do planejamento territorial. Organização “O Plano Diretor precisa assegurar que ações que reduzam o espaço do carro para conferir espaço generoso aos pedestres, ciclistas e usuários de transporte público não sejam motivos de espanto, mas um sinal de que Brasília está, finalmente, reconhecendo sua vocação de cidade de vanguarda”Gabriela Tenório, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB e especialista em espaços públicos “Quando falamos dessa questão, debatemos as diferentes formas pelas quais as pessoas se movimentam no território, abrangendo diversos modos de deslocamento, mas também tratamos das motivações desse deslocamento”, explica o coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana, Mário Pacheco. No contexto do Pdot, a proposta é debater como a organização do território interferirá na mobilidade das pessoas. Pacheco acrescenta que um dos pontos de discussão será a centralização de atividades no Plano Piloto, que exige uma concentração de percursos das regiões administrativas. “O Plano Diretor precisa assegurar que ações que reduzam o espaço do carro para conferir espaço generoso aos pedestres, ciclistas e usuários de transporte público não sejam motivos de espanto, mas um sinal de que Brasília está, finalmente, reconhecendo a vocação de cidade de vanguarda: humana, acolhedora e sustentável”, ressalta a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FaU-UnB) e especialista em espaços públicos Gabriela Tenório. Participe Se você tem opiniões a respeito do futuro da mobilidade urbana e do transporte do DF, contribua, participando da oficina. Caso não seja possível comparecer presencialmente, o evento também será transmitido no canal da secretaria no YouTube, Conexão Seduh. Podem participar das oficinas todos os moradores do Distrito Federal, de diferentes faixas etárias, gêneros e níveis socioeconômicos, interessados em discutir o planejamento urbano e o futuro da região. Dinâmica No início da oficina, haverá uma explicação do que é o Pdot e uma exposição sobre os sistemas de transportes e dados de mobilidade no DF. Em seguida, três perguntas orientadoras serão colocadas para o debate dos participantes do evento. Com as questões postas, os participantes serão separados em diferentes grupos para discutir o assunto e pontuar no mapa as regiões que precisam ser destacadas no Plano Diretor. Ao final, um representante de cada grupo apresentará o levantamento das sugestões feitas em sua sala, para as informações fornecidas serem avaliadas e consideradas na produção do Pdot. Ao todo, serão 53 oficinas organizadas pela Seduh neste ano. Enquanto 18 desses eventos públicos são voltados a diferentes segmentos da sociedade, 35 abrangem cada uma das regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal. Conheça o site do Pdot e confira o calendário completo. Oficina do Pdot: Transporte e Mobilidade → Data: terça-feira (15), às 19h → Local: Seduh – Edifício Number One, Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 1, 18º andar → Acesso virtual pelo Youtube, no canal Conexão Seduh. Temas referentes às condições das cidades são debatidos pelos moradores durante as reuniões do Pdot | Foto Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Wassef se diz alvo de mentira após PF apontar que ele recomprou Rolex

O advogado Frederick Wassef afirmou em nota que não participou de nenhuma tratativa nem auxiliou a venda de nenhuma joia de forma direta ou indireta Em nota, Wassef classifica o caso como “total armação” e nega ter tido um “papel central” em esquema de venda de joias. O posicionamento, porém, não aborda a participação do advogado no “resgate” do rolex em uma operação sigilosa conduzida por aliados de Bolsonaro. O que diz Wassef Advogado da família, ele diz que está sofrendo uma “campanha de fake news news e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto”. “Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isto é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação”, afirmou. O advogado afirma que só tomou conhecimento das joias em 2023 pela imprensa e que, na ocasião, Bolsonaro o autorizou a dar entrevistas sobre o assunto. Antes disso, diz Wassef, “jamais soube da existência de joias ou qualquer outros presentes recebidos”. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda” . Ele é apontado pela Polícia Federal como o responsável pela reaquisição de um relógio Rolex desviado e vendido no EUA por auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Jogador do São Paulo reclama de pênalti marcado para o Flamengo em empate: ‘Surreal’

Após a partida, o lateral-esquerdo desabafou nas redes sociais e criticou o pênalti marcado a favor do Rubro-Negro, que culminou no gol de empate. O Tricolor vencia por 1 a 0 até os 50 minutos do 2º tempo, quando Luiz Araújo foi derrubado por Michel Araújo dentro da área. Após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti. Pedro converteu e deixou tudo igual para a equipe carioca. ”É cada pênalti que chega a ser surreal. Um jogo antes teve um pênalti claro e não marcaram. Engraçado como eles escolhem os pênaltis que dão. Às vezes eu acho que estou assistindo jogos diferentes. Isso porque temos a tecnologia do VAR… Afinal, nem sei se temos mesmo”, ironizou o jogador em seu perfil do Instagram. Destaque do São Paulo na temporada, principalmente após a chegada de Dorival Júnior ao clube, Caio Paulista se machucou no 2º tempo da vitória sobre o San Lorenzo, na última quinta, no Morumbi, pelas oitavas da CONMEBOL Sul-Americana. O defensor é dúvida para o duelo decisivo contra o Corinthians na próxima quarta-feira (16), às 19h30, pela semifinal da Copa do Brasil. O Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença para avançar ou por um para levar a decisão para os pênaltis. Desfalque do São Paulo no empate em 1 a 1 com o Flamengo, neste domingo (13), por causa de um estiramento na coxa direita, Caio Paulista ficou na bronca as decisões do árbitro Rafael Rodrigo Klein. Foto
Saudades que doem no peito.

Que falta me faz aquele que em vida se chamou Vital Cézar Furtado Após a morte de minha querida mãe, Raimunda Furtado, que para mim foi s síntese de toda a perfeição como mãe, nossa família, um composto de sete (7) irmãos tomou rumo diferente na vida, mesmo tendo ainda a figura de pai para cuidar, amparar e por ele ser aconselhado.Cada um fugiu a decência da responsabilidade de afagar ou até mesmo cuidar aquele que foi o responsável por nos trazer à vida.Sentindo-se abandonado pelos filhos que buscaram seus próprios caminhos olhando cada qual para o seus “maiores” interesses, seu Vital optou por refugiar-se no Estado do Pará, em terras que outrora também nos pertenceram, mas, que com o passar dos tempos se tornaram posse da Furtados, Silveira Furtado e Borgonha Furtado, descendentes de nossos avós paternos, Cesar de Borgonha Furtado e Carlota Gomez Furtado (entenda-se Hurtado)Como a vida é uma caixa de segredo que nos prega uma peça atrás da outra, no dia 10 de janeiro do Ano de 1992, recebi a inesperada notícia do falecimento do meu pai, lã nessas terras no Pará, rumo a sua inadiável pescaria, a qual ele tinha como paixão. Enfim; uma morte cheia de mistérios e até não muito bem explicada.Com o passar dos anos, em minha trajetória como pai que aplicou aos filhos a mesma educação que recebi, ciente de que fui bem cuidado confesso: ‘Sinto saudades de meu pai”.Nesta data em que famílias se reúnem para comemorar a data alusiva ao dia dos pais, como eu gostaria de estar com meu velho em vida, ao meu lado, para relembrarmos juntos os conselhos que ele nos dava e ainda, ouvir o oposto daquilo que pensa estar no caminho certo.Gostaria de ouvi-lo relatando aos netos o caminho reto que ele me ensinou a percorrer, escrevendo-os por linhas tortas. E mais do que isso ouvi-lo dizer: Continue percorrendo nos meus ensinamentos; “você vai dar conta do recado”.Mas, infelizmente esse dia é como um vazio e sem ter o que comemorar. Pois, imagine você acordar num mundo em que seu pai não está mais presente?Mas, seus ensinamentos ficaram marcados em minha mente e escritos em meu coração. Seu exemplo de pai protetor e família, que mesmo em meios a erros e acertos viveu ao lado de minha também (saudosa) mãe uma grande história de amor.Sua maneira ímpar e única de vida lhe permitia fazer do mais simples o mais sofisticado. Incrível! Minha mãe e meu pai. Hoje, principalmente nas datas que me lembram as reuniões familiares nas quais comemorávamos o dia das mães e o dia dos pais, fico no meu continho (meu escritório), passando as vistas nas poucas fotos que ainda me restam e que lembram meu pai e minha mãe. Com meu pai e um cunhado 9Foto antiga com pouca qualidade) Sinto que para alguns meu pai e minha mãe já viraram esquecimento. Quem sabe, até pouco tempo nada mais eram do que uma estampa pendurada na parede ou em algum canto de uma estante. Mas, enquanto para alguns passaram, eu, na qualidade de único home no meio de 6 irmãs, olha para uma foto que tenho com meu pai e um cunhado, e sinto como se ele estivesse ali frente a frente me dizendo como dizia no passado: “Seja aberto, honesto, verdadeiro e ame a sua família até o dia de sua partida para a outra vida e, tenha a coragem de ser quem é”.Pois é meu saudoso pai. Tenho vivido dentro desse legado que o senhor me deixou. Mas, também tenho a dignidade em dize que; sem a sua presença, está sendo difícil. Hoje, com minha esposa, amor da minha vida e meu porto seguro (41 anos de casado) Foto principal daquele que em vida escreveu em linhas tortas os caminhos certos para a minha vida.
Primeira pista profissional de skate park do DF é inaugurada na Octogonal

Com investimento de cerca de R$ 900 mil, o parque esportivo será palco de competições de alto nível; mais de duas mil pessoas são beneficiadas O Distrito Federal está pronto para receber competições nacionais e internacionais de skate park. A primeira pista profissional da modalidade foi entregue neste sábado (12) pelo governador Ibaneis Rocha, que declarou: “É uma pista profissional que vai ajudar atletas a competirem e se prepararem. Queremos cada vez mais incentivar o esporte”. Localizada na Área Especial 3/8 da Octogonal, a construção ocupou o lugar de uma antiga pista da região e foi executada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Novacap). Com investimento de cerca de R$ 900 mil, o projeto atende todas as exigências da federação do esporte, colocando Brasília no circuito de provas importantes. “Depois das Olimpíadas, em que o skate virou um esporte olímpico, as praças de skate passaram por uma reformulação, e esse projeto da Octogonal é o primeiro do DF dentro desse padrão, um projeto novo que atende a todas as competições oficiais”, ressaltou o presidente da Novacap, Fernando Leite. Foram necessários dez meses de obra para reconstruir por completo o antigo ponto de encontro de skatistas na Octogonal, popularmente conhecido como Sukata. Antes com 1,2 mil m², o novo espaço passa a ter extensão total de 1.648 m², com duas pistas que somam 1.498 m². A menor, com 198 m² e 90 cm de profundidade, poderá ser usada por crianças e iniciantes no esporte. A maior terá 584 m², com profundidade que varia de 1,30 a 2,5 m. Piso diferenciado “É uma obra diferenciada, completamente artesanal, e os skatistas da região participaram de forma ativa, dando sugestões e acompanhando tudo de perto”Juan Carlos Del Carpio, arquiteto da Novacap O modelo escolhido para a construção é o mais indicado para a prática do skate park, modalidade que pede uma pista oca com várias curvas sinuosas, algumas delas lembrando pratos e tigelas (chamadas de bowls). Essa espécie de “piscinão” também traz outros elementos, como obstáculos e rampas. O calçamento que cerca toda a estrutura também é apropriado para as manobras de skate park. Tudo foi feito em concreto polido. “Várias etapas da construção precisaram ser feitas manualmente – a aplicação do concreto, o polimento, o cuidado para fazer a curvatura com raio correto”, explicou o arquiteto da Novacap Juan Carlos Del Carpio. “É uma obra diferenciada, completamente artesanal, e os skatistas da região participaram de forma ativa, dando sugestões e acompanhando tudo de perto.” Autor do projeto, o arquiteto e skatista Márcio Comas conta que se baseou em diversas pistas espalhadas pelo mundo como referência para o trabalho. “Foi uma responsabilidade enorme criar uma estrutura para substituir a Sukata, a mais antiga pista de skate do Plano Piloto”, observa. “Essa nova pista representa um marco para o esporte no DF. É um local que não só vai receber competições, como também servirá para preparar os atletas”. O parque esportivo vai beneficiar cerca de 2 mil pessoas. O administrador do Sudoeste/Octogonal, Reginaldo Sardinha, lembra que a nova pista não deverá ser frequentada apenas por moradores da região administrativa. “É uma obra para ser usada por atletas de todo o DF, uma construção de pujança olímpica”, afirmou. Esporte em alta Para o secretário de Esporte e Lazer, Julio Cesar Ribeiro, a inauguração impulsiona o surgimento de novos atletas e a vinda de campeonatos nacionais e internacionais para o DF. “O skate está em alta no nosso país, e Brasília precisava de uma pista de skate profissional que pudesse dar condições para os nossos atletas treinarem, praticarem essa atividade e representarem a nossa capital federal”, avaliou. Conhecido como Didi, o skatista Adriano Vieira, 25, reforça que o novo local será essencial na profissionalização dos esportistas: “Antes, não tínhamos uma pista de alto nível para treinar. Agora, temos uma pista ótima. A galera está gostando muito, e esperamos que venham mais pistas assim para Brasília”. O estudante Renato Pereira, 15, já avisou a família que, sempre que tiver um tempo livre, estará treinando na pista nova. “Treino há dois anos e oito meses”, contou. “Pretendo virar skatista profissional, seguir carreira e competir fora do Brasil, e essa pista me ajudará muito nisso”. Quem anda de skate há mais de quatro décadas também vê a construção como um avanço na modalidade. É o caso do skatista Helvécio Mafra, 62. “Quando comecei, Brasília não tinha nenhuma pista; a gente andava nas ruas mesmo”, relembrou. “Uma pista como essa é um sonho de consumo para qualquer um que pratique o esporte. Acompanhei a obra com muita ansiedade, doido para usar a pista”. Cumprimentado pelo governador Ibaneis Rocha, o estudante Renato Pereira foi um dos primeiros a estrear o espaço recém-concluído e afirmou: “Pretendo virar skatista profissional, seguir carreira e competir fora do Brasil, e essa pista me ajudará muito nisso” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília
Itália pode recusar envio de vídeo de agressão a Moraes

O envio das imagens segue o trâmite previsto em um acordo entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993. Autoridades brasileiras esperam desde o dia 17 de julho a liberação das imagens gravadas por câmeras de segurança do aeroporto Fiumicino, em Roma, que registraram as supostas agressões de três brasileiros ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo está parado desde o fim de julho. A reportagem do Estadão esteve no aeroporto, que é cercado por câmeras. O envio das imagens segue o trâmite previsto em um acordo entre Brasil e Itália, em vigor desde 1993. Pelo tratado, as provas só podem ser enviadas depois de uma análise “técnico-jurídica” por parte do Judiciário local, e o país que detém as informações pode recusar o envio se entender que se trata de “crime político”. “A cooperação será recusada (…) se o fato tipificado no processo for considerado, pela Parte requerida, crime político ou crime exclusivamente militar”, diz um trecho do acordo, que passou a valer no Brasil com a edição do decreto nº 862, de 1993. O acordo não estabelece prazos para o envio das provas. O envio das imagens é considerado essencial para a conclusão do inquérito aberto no Brasil sobre o caso. Há divergências entre o relato feito por Moraes, em depoimento, e a versão apresentada pelos supostos agressores. As informações foram pedidas no dia 17 de julho pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), do Ministério da Justiça brasileiro. Neste momento, o caso está sendo analisado pela Justiça italiana, que aguarda um parecer do ministério público. Segundo o titular da SNJ, o advogado Augusto de Arruda Botelho, o processo segue parado. Desde outubro de 2022 a Itália é governada por uma primeira-ministra de extrema direita: Giorgia Meloni, do partido Fratelli d’Italia. Apesar disso, é improvável que haja qualquer influência do governo na demora para envio das imagens, diz a advogada brasileira Renata Bueno, que é ex-deputada do Parlamento Italiano. Fonte: Agência estado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
CCJ aprova proposta que garante inviolabilidade do sigilo de comunicações realizadas por meio digital

A inviolabilidade só poderá ser violada por ordem judicial; proposta segue em análise na Câmara A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 86/15, do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que inclui entre as garantias fundamentais do cidadão o acesso à internet e a inviolabilidade do sigilo das comunicações realizadas por meio digital. Pelo texto, a inviolabilidade do sigilo das comunicações só poderá ser violada por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Eduardo Bolsonaro afirmou que o texto, de 2015, pode ser melhorado. A ideia é dar à comunicação digital o mesmo tratamento que as chamadas telefônicas já têm na lei. “Mas nenhuma espécie de criminoso, seja sequestrador, assassino de escola, ou qualquer outro bandido vai ficar impune por conta desse projeto”, alertou. Segundo ele, a intenção da proposta é prevenir que aconteça no Brasil “exceções como na Venezuela, que, em dias de protesto, o anarco ditador por lá acaba por derrubar a internet”. O parecer do relator, deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), foi pela admissibilidade. Votos contra Assim como outros deputados do PT, Patrus Ananias (MG) anunciou voto contrário à proposta, pois acredita que o texto fere o interesse público. “É importante que essa inviolabilidade não seja instrumento de fake news, instrumento para disseminar ódio e violência na sociedade”, afirmou. O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) também anunciou voto contrário do Psol à PEC, por considerar a proposta perigosa. “Há diversos casos em que a inviolabilidade do sigilo vai esbarrar em outros direitos e garantias fundamentais, como, por exemplo, a necessidade da proteção da criança e do adolescente”, disse, citando ainda a necessidade de se averiguar irregularidades eleitorais e trabalhistas. Para o deputado José Nelto (PP-GO), o objetivo da PEC é a censura na internet. Tramitação Agora uma comissão especial será constituída para analisar o mérito da PEC, que depois será votada pelo Plenário, em dois turnos. PROPOSTA DE EDUARDO BOLSONARO. Fonte: Agência Câmara de Notícias
Rotativo do cartão de crédito vai acabar? Saiba o que o BC planeja

O rotativo do cartão de crédito, modalidade de crédito em que os juros chegam a 437% ao ano, pode ser substituída em breve O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária estuda o fim dos juros rotativos do cartão de crédito para reduzir a inadimplência nas operações. A modalidade é a mais cara do mercado, com juros que chegaram a 437,3% ao ano em junho. O crédito rotativo é oferecido ao consumidor quando ele não paga o valor total da fatura do cartão até o vencimento. Segundo Campos Neto, em até 90 dias, o BC apresentará uma “solução para o problema”. Técnicos estudam encaminhar os devedores direto para o parcelamento da dívida, que teria taxas de juros menores, em torno de 9% ao mês — atualmente a média é de 15%. “A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento, com uma taxa ao redor de 9% ao mês. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% ao mês (equivalente a 181% ao ano)”, declarou Campos Neto, que prestou depoimento ontem, em sessão plenária no Senado para prestar contas sobre a atuação da autoridade monetária no primeiro semestre, conforme prevê a lei que conferiu autonomia ao Banco Central. O presidente do BC disse ainda que deve ser criado algum tipo de tarifa para desincentivar o parcelamento de compras em prazos muito longos. “Não é proibir os parcelamentos sem juros, é simplesmente tentar fazer com que eles fiquem um pouco mais disciplinados, numa forma bem faseada, para não afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, afirmou. A taxa de inadimplência no rotativo do cartão está, atualmente, em cerca de 49%. Campos Neto destacou que o Brasil teve um grande aumento no número de cartões nos últimos anos e facilidades de crédito, o que fez crescer a inadimplência na modalidade. “Bancos, novos entrantes e varejistas acabaram usando o cartão de crédito como um instrumento de fidelizar o cliente”, disse. Diálogo Outra solução seria simplesmente limitar os juros de cartão, mas isso, segundo ele, acarretaria a retirada de cartões de circulação e poderia travar o consumo. “Para as pessoas que têm mais risco os bancos não ofereceriam aquele cartão, devido a uma relação de risco e retorno ineficiente. O problema de cortar o número de cartões é que se sabe como começa, mas não se sabe como termina. Isso pode gerar um efeito muito grande na parte de consumo, na parte de varejo”, destacou. A proposta do fim do rotativo está sendo construída em diálogo com o deputado Elmar Nascimento (União-BA), autor do projeto de lei do Desenrola, programa de renegociação de dívidas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia afirmado que o governo estava somando esforços para baixar os juros da modalidade. Segundo Haddad, a maioria dos credores do Desenrola se encontra inadimplente devido ao rotativo. O que dizem os bancos A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vê a medida com reservas e defende a necessidade de uma “diluição de riscos”, hoje concentrados nos bancos, que suportam um elevado custo da inadimplência. “Defendemos que deve ser mantido o cartão de crédito como relevante instrumento para o consumo. Da mesma forma, deve haver o reequilíbrio da grande distorção que só o Brasil tem, com 75% das compras feitas com parcelado sem juros”, afirma nota da entidade. A federação disse estar trabalhando junto ao Ministério da Fazenda, ao Banco Central e o varejo, para uma “solução construtiva que passe por uma transição sem rupturas, que possa incluir o fim do crédito rotativo e um redesenho das compras parceladas no cartão”. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que reúne instituições de médio porte, afirmou, também em nota, que impor um teto de juros na modalidade poderia acarretar desdobramentos “extremamente contraproducentes”, tais como “a complexificação de entrada de novos players no mercado, a diminuição do acesso ao crédito e a redução da inclusão financeira”. “Desconsiderando a alternativa de tabelamento dos juros ou quaisquer outras medidas restritivas de acesso do consumidor aos instrumentos de crédito, acreditamos que poderiam ser eficazes, em termos estruturais, ações como o fomento à portabilidade do crédito e o estabelecimento de uma comunicação mais transparente aos usuários sobre o valor dos juros, encargos e riscos envolvidos na utilização do produto”, opinou a entidade. Consumo das famílias Giancarlo Greco, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, disse esperar que as discussões em torno do projeto que prevê um limite aos juros do rotativo do cartão de crédito ganhem corpo nas próximas semanas. Em coletiva de imprensa para a apresentação do balanço do primeiro semestre, ele ponderou que o tema é complexo e defendeu que o rotativo tenha um custo cada vez menor, de modo a contribuir com o poder de compra dos consumidores. “Nossa preocupação é com o consumo das famílias, que elas tenham um instrumento para caminhar no dia a dia”, disse o executivo. Segundo Campos Neto, que prestou depoimento no plenário do Senado Federal, taxa de inadimplência no crédito rotativo chega a 49% – (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Morte no Equador: polícia encontrou granadas e fuzis com suspeitos

Presidente Guillermo Lasso restringe liberdades civis e mobiliza as Forças Armadas, a menos de duas semanas das eleições, após execução do candidato Fernando Villavicencio. Seis suspeitos estão detidos Cerca de 96 horas antes de ser morto, Fernando Villavicencio fez um discurso quase premonitório, durante comício em Chone, a 310km de Quito. “Escutem bem. Disseram-me para usar o colete à prova de balas. Aqui estou, de camisa suada. Vocês são meu colete antibalas. (…) Venham, aqui estou. Disseram que iriam me quebrar. Aqui estou, aqui está Don Villa. Que venham os chefões do narcotráfico. Que venham os matadores de aluguel! Acabou o tempo da ameaça”, gritou o jornalista de 59 anos, candidato presidencial pelo movimento Construye (centro-esquerda). Nesta quinta-feira (10/8), enquanto o corpo de Villavicencio começava a ser velado, no Cemitério Vertical, a capital equatoriana vivia um clima de medo e de incerteza. O presidente Guillermo Lasso decretou estado de exceção em todo o território nacional, pelo prazo de 60 dias, sob a justificativa de “grave comoção interna”, e manteve o primeiro turno das eleições gerais para 20 de agosto. O estado de exceção prevê limitar o direito à liberdade de reunião e a suspensão do direito à inviolabilidade de domicílio — as forças de segurança poderão realizar inspeções e buscas, sem necessidade de ordem judicial. O chefe de Estado anunciou que solicitou apoio do FBI (a polícia federal dos EUA) para investigar o crime. Uma delegação de agentes desembarcaria em Quito nas próximas horas. A medida anunciada por Lasso parece longe de afastar a sensação de insegurança depois do atentado de quarta-feira (9/8), quando pistoleiros dispararam 13 vezes, três delas contra a cabeça de Villavicencio, no momento em que deixava o Colégio Anderson de Quito, na região centro-norte da capital. Juan Zapata, ministro do Interior do Equador, confirmou a prisão de seis suspeitos pelo crime, todos colombianos. Dois tinham ordem de captura por um caso de receptação. Granadas, fuzis, submetralhadora e munição foram apreendidos durante operações policiais que culminaram nas detenções. No 193º aniversário de independência do Equador, nesta quinta-feira (10), as comemorações deram lugar ao luto e à tristeza. Em vídeo divulgado pelas redes sociais, homens encapuzados, ostentando fuzis, assumiram a autoria do ataque e fizeram ameaças. “Queremos deixar claro a toda a nação equatoriana. Cada vez que os políticos corruptos não cumprirem com sua promessa, quando receberem nosso dinheiro, que são milhões de dólares, para financiar a campanha, serão descartados. Nós, a organização Los Lobos, assumimos a responsabilidade pelos fatos. Eles voltarão a se repetir, quando corruptos não cumprirem com sua palavra”, afirma um deles, que lê um comunicado e cita outro candidato. “Você também, Jan Topic, cumpra com sua palavra ou será o próximo.” Professor de ciência política da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em Quito, Simón Pachano admitiu ao Correio que a decisão de Lasso de decretar estado de exceção pode ser útil no sentido de fazer avançar as investigações. “Vários grupos criminosos ameaçaram muitas pessoas, incluindo integrantes do Conselho Nacional Eleitoral, o próprio Villavicencio e outros políticos e candidatos. Será muito difícil garantir a segurança de todos os potenciais alvos. Este é um inimigo quase invisível, pois atua na sombra e usa uma forma de assassinato de aluguel, algo difícil de controlar.” Contraproducente Arturo Moscoso, diretor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidad Internacional de Ecuador (UIE), explicou à reportagem que o país decretou estados de exceção em outras ocasiões, sem resultados palpáveis. “A violência não diminuiu, mas aumentou. O problema é que, por um lado, a penetração do narcotráfico parece estar nas estruturas de segurança do Estado. Por outro, parece que não se faz um trabalho de inteligência eficiente, no sentido de tentar desativar, ou pelo menos controlar, as organizações criminosas”, observou. Ele crê que o estado de exceção visa proteger o sistema eleitoral. “O medo da violência deve aumentar a abstenção, principalmente nos povoados e nas cidades mais isoladas”, disse o estudioso. Moscoso admite que dois grandes cartéis mexicanos ingressaram no Equador. “O Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG) e o Cartel de Sinaloa estão aqui. Eles converteram em seu braço armado organizações criminosas equatorianas, como Los Lagartos, Los Choneros, Los Lobos e Los Tiguerones”, acrescentou Moscoso. “Los Lobos trabalham para o CJNG. As disputas de poder entre as diferentes organizações obedecem a disputas de poder entre diferentes cartéis.” Segundo o advogado constitucionalista equatoriano André Benavides, morador de Quito, as Forças Armadas serão mobilizadas para reforçar a segurança nas cidades do país e auxiliar a Polícia Nacional do Equador. “Este é o 12º estado de exceção decretado. Até então, não tivemos resultados concretos, que permitam neutralizar a delinquência”, lembrou à reportagem. Ele relatou que as ruas da capital amanheceram vazias, no dia seguinte à execução de Villavicencio. “O primeiro turno das eleições, em 20 de agosto, não será adiado. O governo e o Conselho Nacional Eleitoral pretendem dar garantias de segurança”, comentou Benavides. Também advogado constitucionalista em Quito, Gonzalo Muñoz lembrou ao Correio que Villavicencio dedicou seu trabalho como jornalista investigativo em denunciar a corrupção no governo do Rafael Correa e em ajudar a condenar o ex-presidente e funcionários por receberem suborno. “Na condição de presidente da Comissão de Fiscalização da Assembleia Nacional, Villavicencio enfrentou grupos do crime organizado, que têm marcado presença no país, principalmente nas províncias costeiras. Retrato do atentado O assassinato Fernando Villavicencio foi assassinado às 18h14 de quarta-feira (20h14 em Brasília), no momento em que saía do Colégio Anderson de Quito, na região centro-norte da capital equatoriana, onde tinha acabado de fazer um comício. Pistoleiros a bordo de uma motocicleta se aproximaram da janela do carro usado por Villavicencio e dispararam 13 vezes. Três tiros acertaram a cabeça do candidato, que morreu no local. A vítima Aos 59 anos, Fernando Villavicencio travava uma ferrenha luta contra a corrupção. Dias antes de ser executado, apresentou denúncias de irregularidades em contratos estatais. Uma de suas investigações jornalísticas levou o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) ao banco dos réus. O relatório feito em conjunto com seu colega e amigo Christian Zurita expôs
Célio de Barros completa 10 anos fechado; reabertura custaria R$ 35 milhões

Proposta enviada por comissão consultiva está na Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop-RJ) aguardando viabilização e licitação. Ex-atletas lamentam fechamento do estádio O matagal com lixo acumulado próximo à grade não lembra, nem de longe, os tempos de glamour. Construído em 1974, o Estádio de Atletismo Célio de Barros é hoje um esqueleto em meio ao Complexo do Maracanã. Fechado desde 2013, o equipamento ainda não tem data para reabrir. A obra de recuperação custaria R$ 35 milhões e teria dois anos de duração. Desde o ano passado, setores ligados ao esporte e à política vêm mobilizando-se para reconstruir as pistas e campos que já receberam nomes como Robson Caetano, Maurren Maggi, Michael Johnson, Sergei Bubka e Javier Sotomayor. Desativado há 10 anos, estádio Célio de Barros convive com abandono e incertezas – O Rio de Janeiro tinha o maior e melhor estádio de atletismo do país. Todo mundo queria competir no Célio de Barros. Eles destruíram um espaço que foi concebido quando o Rio era Governo Federal. Como se destrói algo grandioso como esse? Isso não entra na minha cabeça – comentou o ex-atleta Nelson Rocha dos Santos, que competiu nas Olimpíadas de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. Nelsinho, como é conhecido desde os tempos de corredor, é o líder da comissão consultiva do Célio de Barros, criada em 2022 por ex-atletas e dirigentes interessados na reabertura do estádio. Desde então, o grupo vem dialogando com setores da política e do esporte na tentativa de viabilizar as obras de reconstrução das pistas e campos. Em 2019, durante o governo Wilson Witzel, o Célio de Barros chegou a ser reaberto após a colocação de uma pista de aquecimento, além das reformas da arquibancadas e auditório. Entretanto, a reabertura durou pouco e o local logo voltou a ficar fechado para a prática esportiva, servindo como hospital de campanha e posto de vacinação no início da pandemia da Covid-19. Em meio ao fechamento do estádio, as salas internas do Célio de Barros passaram a ser ocupadas por algumas federações esportivas, associações de treinadores e programas sociais do Governo do Estado. Uma das entidades com sede no Célio de Barros é a Federação de Atletismo do Estado do Rio (FERAt), cujo presidente, Robson Maia, também está envolvido nas tratativas pela reforma do estádio. – O Célio de Barros tem uma representatividade muito grande, não só para mim, como para todos os atletas do Rio de Janeiro e do Brasil. O poder público do estado, quando fechou a pista, provocou um abalo muito grande no atletismo do Rio. O esporte precisa muito da volta desse equipamento – pontuou o dirigente. Por que o Célio de Barros fechou Localizado dentro do Complexo do Maracanã – mas fora dos poderes da concessionária que administra o estádio de futebol -, o Célio de Barros foi desativado na última grande obra do local, a qual teve o intuito de modernizar todo o entorno para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. A ideia inicial era utilizar a área como estacionamento para os jogos de futebol e grandes eventos. No entanto, protestos e pressão da opinião pública fizeram o então governador, Sérgio Cabral, voltar atrás. Após a retirada da pista em 2013, o antigo estádio foi utilizado como almoxarifado das obras do Maracanã. A partir do fim da Copa do Mundo, uma parte descampada do Célio de Barros – hoje concretada, mas com muito mato – passou a ser usada como palco de eventos, festas particulares e até hospital de campanha e posto de vacinação da Covid-19. A promessa de reabrir o estádio de atletismo é antiga. Antigo secretário de Esporte e Lazer do Rio, Marco Antônio Cabral – filho do ex-governador Sérgio Cabral – prometeu entregar o equipamento revitalizado em 2017. As obras sequer foram iniciadas. Em 2022, foi a vez do então secretário de Esporte e Lazer do Rio, Alessandro Carracena receber a comissão consultiva e garantir que a reabertura do estádio aconteceria “em breve”. Carracena foi substituído por Rafael Picciani na virada do ano após o início do governo Cláudio Castro. Reforma custaria R$ 35 milhões Nos últimos meses, a comissão de esportes da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), liderada pelo deputado estadual Carlinhos BNH, comprometeu-se em ajudar a comissão consultiva na reabertura do Célio de Barros. O grupo procurou a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (Emop-RJ), que será a responsável pela execução da obra, avaliada inicialmente em R$ 35 milhões e com duração estimada em dois anos. Desde então, todas as frentes vêm dialogando sobre quem arcaria com os custos da reforma. O Governo Federal também foi acionado, e a Emop-RJ já tem um projeto pré-aprovado, restando apenas definir como seria a execução do mesmo. – Estamos visitando deputados estaduais, secretários, estamos nos encontrando com o governo federal e todos estão nos levando a crer que existem grandes possibilidades para a retomada dessas obras. As tratativas estão bem adiantadas, então só nos resta acreditar – comentou Nelsinho. Procurados pelo ge, a Emop-RJ e a Secretaria de Esportes e Lazer do Rio confirmaram a intenção de reformar e reabrir o Célio de Barros Fundado em 25 de outubro de 1974, o Célio de Barros ocupa uma área total de 18.714m² dentro do Complexo do Maracanã e é administrado pela Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro). Antes de ser fechado, o estádio possuía 15.501m² de área construída, 756m² para estacionamento e 457m² de jardins. A capacidade era de 9.143 pessoas. Pelo local passaram lendas do atletismo como Sergei Bubka e Michael Johnson, que competiram no Célio de Barros no fim dos anos 90. Palco do Meeting Internacional entre 1996 e 2001, o estádio recebeu outras competições importantes como o Troféu Adhemar Ferreira da Silva e o Troféu Brasil de Atletismo. A resposta da Secretaria de Esportes e Lazer do RJ O Célio de Barros é um equipamento de grande valor esportivo e histórico para a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer.
Exclusivo: em vídeo, homem da mala diz que assessor de Lira criou esquema de lavagem de dinheiro

Novas anotações de supostos pagamentos trazem o nome completo do presidência da Câmara dos Deputados O homem da mala do suposto esquema de corrupção descoberto no Ministério da Educação (MEC) que envolve o presidente da Câmara, Arthur Lira, assumiu que o principal assessor do deputado o procurou para criar um mecanismo de sonegação fiscal e geração de dinheiro vivo. Alguns órgãos de imprensa tiveram acesso, em primeira mão, ao vídeo do depoimento, prestado à Polícia Federal (PF). Pedro Magno Salomão, flagrado pelos investigadores fazendo entregas de dinheiro em Brasília e Alagoas, terra de Lira, prestou depoimento em 1º de junho deste ano, dia em que foi preso na Operação Hefesto. Segundo ele, Luciano Cavalcante, principal assessor do presidente da Câmara há anos, procurou seu escritório de contabilidade trazido por um cliente que já costumava usar o serviço de aluguel de firmas – forma de receber e transferir recursos para terceiros, driblando a cobrança de impostos. De acordo com o relato de Salomão, Cavalcante disse: “Pedro, preciso da sua ajuda. Preciso receber serviços, preciso receber algumas coisas e fica pesado para mim. Você me ajuda?”. O termo “pesado”, explicou o homem da mala aos policiais, era uma referência à carga tributária. “Eu recebia os recursos dos clientes do Luciano, que ele indicava como cliente. Recebia aquele recurso, fazia alguns pagamentos a pedido dele e, quando ele queria valores em espécie, ele me pedia e eu provisionava.” Salomão disse ainda aos policiais que o esquema começou a funcionar em novembro do ano passado e cresceu rapidamente. E que, em razão da grande demanda, o atendimento a Luciano, o novo cliente, passou a tomar 99% de seu tempo. O homem da mala afirmou que o esquema funcionava assim: empresas variadas, ligadas a Luciano, transferiam dinheiro para contas de três firmas que ele controla. Após a cobrança de uma taxa de 5% a 7%, o contador fazia pagamentos e era orientado, sempre por Luciano, a ir até agências bancárias sacar valores em espécie. Posteriormente, por ordem do assessor de Lira, as cédulas eram entregues pessoalmente para o motorista de Luciano, Wanderson Ribeiro. A investigação, que apura desvios de pelo menos R$ 8 milhões em kits de robótica para escolas públicas de Alagoas, já descobriu que, após superfaturar os produtos, fornecedores dos equipamentos enviavam, via sistema bancário, a sobra dos valores dos contratos para empresas ligadas ao homem da mala. Elos em MaceióSegundo Salomão, a certa altura surgiu a necessidade de uma viagem para gerar dinheiro vivo fora de Brasília, em Maceió, em Alagoas — Estado de Luciano Cavalcante e do presidente da Câmara. Luciano teria dito: “Preciso de ajuda lá em Maceió. Tem problema você me entregar isso lá?”. Com a missão dada, Pedro embarcou com a mulher, também investigada pela PF, usou um carro que o assessor disponibilizou e passou a fazer saques e entregas. No depoimento à PF, no entanto, ele alegou que não conseguiria identificar os destinatários dos recursos. Disse que apenas recebia orientações de Luciano para entregar para “fulano”. Por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), toda a investigação está suspensa, até os magistrados analisarem as alegações da defesa de Lira de que o caso não poderia ter sido conduzido pela PF de Maceió, em primeira instância. Os advogados do presidente da Câmara alegam que os policiais teriam, desde o início, a intenção de investigar o próprio Lira, desrespeitando seu foro privilegiado.Anotações inéditas com nome “Arthur Lira” A PF, ao encontrar indícios da conexão como parlamentar no dia na busca e apreensão, já se preparava para submeter o processo para Brasília. Em 21 de junho, o delegado Thiago Neves apresentou à Justiça Federal de Alagoas um pedido para remeter o caso para Brasília. Nesse documento, ele elencou as provas obtidas até então. Em um caderno encontrado com o motorista Wanderson no dia da prisão, há uma série de anotações suspeitas que indicam pagamentos e repasses de dinheiro. Algumas têm o nome do presidente por inteiro: Arthur Lira. As inscrições, feitas a mão, supostamente registram despesas pagas pelo motorista de Luciano . Reprodução: Anotações em caderno apreendido pela PF registram o nome de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados Há menções ainda a “RO”, que a PF diz ser uma “possível referência à Residência Oficial (da Câmara)”, “Alvaro Lira”, “possivelmente o filho de Arthur Lira” e ao pai do presidente da Câmara, Benedito Lira. Segundo os investigadores, as provas “indicam que ele (o motorista) e Luciano Cavalcante tinham de alguma forma controle sobre o pagamento de despesas pessoais de Arthur Lira e de seus familiares” Segundo a PF, tais gastos eram cobertos exatamente com o dinheiro gerado pelo sistema do homem da mala, criado por Luciano, o principal assessor de Lira. De acordo com o relato de Salomão, Cavalcante disse: “Pedro, preciso da sua ajuda. Fonte/Foto Metrópoles
Equador: facção diz que matou candidato por “não cumprir acordo”

O Los Lobos também ameaçou outro candidato à presidência do país, o empresário Jan Topic, e sugeriu que ele também recebia valores da facção Em um vídeo que circula nas redes sociais, um grupo de homens armados vestidos de preto diz ser responsável pelo assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, morto com três tiros na noite de quarta-feira (9/8). Um dos homens lê uma mensagem escrita em um papel enquanto os outros permanecem em pé. Ele afirma que fazem parte da facção Los Lobos, uma das maiores organizações criminosas do país. No vídeo, o homem sugere que Fernando era corrupto e que não cumpriu um suposto acordo feito com eles em troca de dinheiro para a campanha dele, por isso foi morto. “Queremos deixar claro a toda a nação equatoriana que cada vez que os políticos corruptos não cumpram com sua promessa, que estabelecemos quando recebem nosso dinheiro, que são milhões de dólares para financiar sua campanha, serão dispensados”, diz. “Nós, a organização Los Lobos, assumimos a responsabilidade dos fatos ocorridos na tarde de hoje”, afirma o homem que está no centro do grupo de encapuzados. O Los Lobos também ameaçou outro candidato à presidência do país, o empresário Jan Topic. “(Os fatos) vão voltar a acontecer quando os corruptos não cumprirem sua palavra. Tu Também, Jan Topic, cumpra sua palavra. Se não cumprir, Jan Topic, será o próximo”, finaliza o homem. Equador decreta estado de exceção O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou, na madrugada desta quinta-feira (10/8), estado de exceção no país, em resposta ao assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Com o status, as Forças Armadas estão incumbidas de garantir a segurança nacional e, também, as eleições, que foram mantidas pelo líder equatoriano. Para Lasso, manter o pleito eleitoral é uma forma de fortalecer a democracia após um ataque direto contra um representante dela. “Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer”, disse o presidente em coletiva de imprensa. “Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, acrescentou Lasso. O líder equatoriano também garantiu que não será amedrontado por forças que querem tomar o poder. Grupo de homens encapuzados que diz fazer parte de uma das maiores organizações criminosas, a Los Lobos, afirma que mataram Fernando Villavicencio – (crédito: Twitter L_ThinkTank/ Reprodução)