Com 67% dos veículos sem licenciamento, GDF alerta para regularização

O pagamento do tributo é necessário para a emissão do documento obrigatório CRLV-e, que permite a circulação legal dos automóveis pela cidade Até agosto, o Distrito Federal contava com 67% dos veículos da frota local sem o licenciamento anual pago, de acordo com o Departamento de Trânsito (Detran-DF). O que corresponde a 1.306.337 automóveis em circulação pela capital em que os motoristas não têm o documento de porte obrigatório. A emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo por meio digital (CRLV-e) está atrelada ao pagamento do tributo, bem como de outros débitos como o IPVA e multas, se houver. Os motoristas de veículos com placas de final 1 e 2 têm até 30 de setembro para pagar a taxa de renovação do licenciamento anual. A partir de 1º de outubro, esses automóveis deverão ter o CRLV-e de 2023 para transitar nas ruas. Os demais veículos devem cumprir a exigência a partir do prazo estabelecido conforme a placa. A imposição muda a partir do 1º dia de cada mês depois da expiração da data de vencimento: – Automóveis com finais de placa 3, 4 e 5 têm até 31 de outubro para realizar o pagamento; – Automóveis com finais de placa 6, 7 e 8 têm até 30 de novembro; – Automóveis com finais de placa 9 e 0 têm até 31 de dezembro para se regularizar. Os condutores que forem flagrados pela fiscalização transitando sem licenciamento poderão ser penalizados com sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), apreensão do veículo e multa no valor de R$ 293,47. A infração é considerada gravíssima. “Solicitamos que a população não deixe o pagamento para o último minuto, para não confundir os prazos. É importante que os motoristas estejam com os veículos legalizados para circular na cidade”, afirma o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, Clever de Farias Silva. Como regularizar a situação Para obter o documento, o proprietário deverá pagar a taxa de licenciamento e as demais pendências, caso haja. Após a quitação dos débitos, a emissão do CRLV-e é feita por meio do portal de serviços do Detran-DF ou pelo aplicativo Detran Digital. O documento também pode ser obtido no aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT), do governo federal. Desde 2021, o certificado de licenciamento é emitido apenas no formato digital. O CRLV-e pode ser apresentado por meio dos aplicativos oficiais, ou na versão impressa em papel A4 branco comum. Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para obter o documento, o proprietário deverá pagar a taxa de licenciamento e eventuais pendências |
O homem que sobreviveu por 60 horas em um barco afundado no fundo do mar

O nigeriano Harrison Okene era cozinheiro em um barco que naufragou repentinamente em maio de 2013 O nigeriano, com 29 anos na época, trabalhava como cozinheiro a bordo de um rebocador (um barco que auxilia as manobras de navios e outras embarcações na área portuária de forma segura) chamado Jascon 4, que estava a cerca de 32 quilômetros da costa da Nigéria quando naufragou devido a uma falha súbita. “Eu tinha acabado de ir ao banheiro. Fechei a porta e estava sentado no vaso sanitário quando o barco virou para o lado esquerdo”, lembrou em uma recente entrevista ao programa de rádio BBC Outlook. O naufrágio foi tão rápido que nenhum dos 13 tripulantes conseguiu chegar à superfície antes de o navio se encher de água. “A próxima coisa que vi foi o vaso sanitário sobre o qual estava sentado de repente estava sobre minha cabeça”, narrou Harrison. “A luz se apagou e eu ouvi as pessoas gritando. Consegui abrir a porta e sair, mas não consegui encontrar ninguém. A força da água me empurrou para uma das cabines e fiquei preso lá”. O que ele nunca imaginou naquele momento de pânico foi que aquele jato de água seria também uma sorte. Isso o empurrou em direção a uma bolha de ar, um oásis de oxigênio que lhe permitiria realizar uma façanha impensável: sobreviver por quase 3 dias no fundo do mar. Um naufrágio que custaria a vida de toda a equipe do Jascon 4 naquele fatídico 26 de maio de 2013. Marinheiro inexperiente Diferentemente de muitos de seus colegas, Harrison não tinha muita experiência como marinheiro. O cozinheiro compartilhou com o Outlook que, na verdade, “nunca tinha colocado os pés em um navio” antes de conseguir um emprego a bordo de uma embarcação em 2010. Harrison havia sido o chefe de cozinha de um hotel, o que o permitia sustentar sua esposa e filhos. No entanto, à medida que o boom petrolífero offshore cresceu em seu estado natal, Delta State, ele percebeu que poderia ganhar muito mais dinheiro sendo chef a bordo de um dos muitos navios envolvidos na extração de petróleo do fundo do mar. Ele lembra que sua primeira experiência não foi muito auspiciosa. “Embora eu gostasse da água, desde o momento em que entrei no navio, tive enjoo e passei três dias rastejando pelo chão, vomitando e cozinhando ao mesmo tempo”, relatou. “Mas depois de três dias, já estava perfeitamente bem, e desde então nunca mais sofri com o enjoo no oceano.” Após esse pequeno contratempo, descobriu que era muito mais feliz trabalhando em um navio, onde só precisava servir a 12 pessoas, em vez das centenas a que estava acostumado no hotel. Além disso, o emprego marítimo tinha outras vantagens. “Quanto mais longa é a viagem, mais você é pago, e você não gasta, não tem como gastar. Então, quando volta à terra, tem todo esse dinheiro disponível. Portanto, estava aproveitando o trabalho”, afirmou. Apesar de sua falta de experiência, Harrison não tinha medo de viver sobre o mar. “Eu me sentia muito bem porque gosto do ambiente, é muito tranquilo, silencioso, não há barulhos, a única coisa que você sente é o balanço do navio”, descreve. Ele até se acostumou a amarrar todas as suas panelas e frigideiras com cordas, para que não caíssem com a maré. Nem mesmo um pesadelo que teve, no qual seu barco afundava, conseguiu deixá-lo nervoso. “Eu ri quando acordei, pensei: ‘Não foi real’”, contou, esclarecendo que “no sonho não morria”. O afundamento do Jascon 4 Em maio de 2013, Harrison começou a trabalhar no Jascon 4. Embora não conhecesse o navio, ele já havia navegado anteriormente com o resto da tripulação. “Éramos amigos, éramos muito próximos”, relata, dizendo que muitos “me tratavam como uma mãe, compartilhando comigo suas ideias e suas tristezas. Eu dava os poucos conselhos que podia para ajudá-los”. Em 25 de maio, o rebocador havia trabalhado duro, estabilizando um petroleiro em uma plataforma da Chevron em meio a um mar agitado por uma tempestade. Naquela madrugada, Harrison acordou e foi para a cozinha preparar as coisas, como de costume. Até que ele foi ao banheiro e de repente tudo mudou. Ele lembra de sentir o navio afundando. “Estava afundando rapidamente. Eu estava em pânico. Ouvi as pessoas gritando, chorando. Eram cinco para as dez da manhã, então alguns dos meus colegas ainda estavam dormindo. Eles gritavam por socorro. Você podia ouvir a água borbulhando enquanto entrava nos diferentes compartimentos e depois, silêncio”. Quando o navio finalmente encalhou no fundo do mar, a cerca de 30 metros da superfície, Harrison era o único sobrevivente. Ele estava preso em um espaço pequeno, com água até a cintura. Estava escuro e frio. Naquele momento, ele pensou que alguém viria resgatá-lo, mas dois dias se passaram e nada aconteceu. Ele conseguiu encontrar uma lanterna presa a um colete salva-vidas. Desesperado para escapar, nadou através de uma porta submersa até a próxima cabine em busca de uma saída. Mas não encontrou nada. Em seguida, sua lanterna se apagou e ele ficou na escuridão completa. Ele lembra de sentir peixes comendo sua pele ferida pelos golpes durante o naufrágio. “Eu estava vestido apenas com cuecas”, explica. “Pensei na minha esposa, na minha mãe. Passei o tempo cantando louvores”, lembra. Foi assim por 60 horas. Sem comida nem bebida, e ciente de que o oxigênio em sua milagrosa bolha de ar estava se esgotando. Entretanto… En terra, as famílias dos tripulantes foram informadas de que todos haviam morrido, e a empresa proprietária do Jascon 4, a West African Ventures, contratou especialistas para recuperar os corpos. A empresa de mergulho neerlandesa DCN Global foi encarregada de realizar essa missão. A empresa enviou três mergulhadores para o barco afundado, coordenados por um supervisor que podia acompanhar suas ações por meio de uma câmera de um barco na superfície. Os mergulhadores foram levados até o fundo do mar em uma câmara pressurizada. Harrison conseguia ouvi-los enquanto quebravam as portas para entrar no navio. Ele
Solidariedade expulsa prefeito que sugeriu castrar mulheres no RJ

A decisão do partido Solidariedade ocorreu após quatro dias do caso na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro O prefeito da cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, Mário Esteves, acabou expulso do partido Solidariedade neste domingo (17/9), após sugerir que as mulheres da cidade sejam castradas para controlar o número de crianças da cidade, na quinta-feira (14/9). O anúncio da desfiliação foi feito neste domingo pela direção estadual da legenda. Na nota, o partido alegou que a decisão foi unânime, pois o prefeito se mostrou misógino (ódio, desprezo e/ou preconceito destinado a mulheres, que pode se manifestar de várias formas) e “demonstrou total desrespeito às mulheres”. O Solidariedade ainda destacou que não tolera discursos e ações de qualquer tipo de discriminação. Confira a íntegra da nota do Solidariedade: “A Direção Estadual do partido Solidariedade Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, expulsar o prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves, por sua fala misógina, demostrando total desrespeito às mulheres. O Solidariedade não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito”. Esse é o segundo caso em uma semana de expulsão dentro do Solidariedade. Na quinta-feira (14/9), o advogado Hery Kattwinkel Júnior foi expulso do partido, após fazer a defesa do réu Thiago de Assis Mathar, envolvido nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro e que estava sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). O partido considera que o advogado protagonizou uma cena “grotesca”, atacando ministros do STF durante o julgamento, e não se limitando ao cumprimento de funções esperadas de um advogado. Além disso, pontuou que o profissional endossou discurso de ódio, contendo fake news. Entenda o caso Durante a inauguração de uma estrada na cidade, o prefeito Mário Esteves comentou a abertura de creches no município. Ele avaliou que a cidade tem “criança demais” e sugeriu a castração de meninas. “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população, é muito filho, cara. É no máximo dois”, afirmou o prefeito de Barra do Piraí. O caso repercutiu negativamente nas redes sociais. Em uma publicação no Facebook, usuários afirmaram que a fala de Mário é “criminosa, misógina e machista”.
Vídeos mostram pescadores embarcando em avião que caiu no interior do Amazonas

Os 12 passageiros e dois tripulantes morreram no acidente neste sábado; a ex-mulher de uma das vítimas contou sobre a paixão dele pela pescaria: ‘Amava com todas as forças’ Após a confirmação da morte de 14 pessoas que estavam a bordo do avião que caiu em Barcelos, no interior do Amazonas, familiares e amigos das vítimas iniciaram uma onda de comoção e solidariedade nas redes sociais. Os 12 passageiros da aeronave praticavam pesca esportiva e alguns deles eram frequentadores da região onde o acidente aconteceu, além de muito amigos. Gilcresio Salvador Medeiros, de 73 anos, conhecido como Gil, era proprietário de uma pousada localizada no Lago Serra da Mesa, no município de Niquelândia, em Goiás. Segundo familiares, ele costumava viajar para a região do acidente sempre que o trabalho permitia. — Gil era amante da pescaria, era a vida dele. A pescaria era tudo para ele, ele respirava pescaria, amava com todas as forças. Ele só se ausentava da pousada se fosse para pescar, ficava doente quando não dava para ir por causa do trabalho — conta Bethânia Santos, ex-mulher e amiga do pescador. O empresário era muito amigo de Euri Paulo dos Santos e Roland Montenegro Costa, que também morreram no acidente. Segundo Bethânia, Euri, que é empresário em Belo Horizonte, e Gil eram amigos há décadas. Doutor Roland, como era conhecido o outro pescador, era médico e atuava como cirurgião-geral. — Quando recebi a notícia da morte demorei a entender, porque essa foi a primeira vez que eles conseguiram viajar com essa organização, com avião fretado. Antes ele iam de avião até um certo lugar e depois iam de carro até o destino final. Desta vez conseguiram reunir esse grupo, com tudo muito organizado — relata a ex-companheira. “Gil foi um homem de um coração único, simpático e receptivo com todos que puderam passar pela pousada, e com certeza nunca será esquecido. Uma perda irreparável! Que Deus o tenha em um lugar tão maravilhoso como ele foi em vida”, escreveu a amiga nas redes. Ao perceber o tamanho da comoção que a morte do amigo provocou, Bethânia, que administra as redes sociais da pousada, ficou comovida com as homenagens: — Estou bastante emocionada com o quanto ele era querido no Brasil inteiro, porque ele recebia clientes de todo o país e do exterior também. Ele era muito receptivo e hospitaleiro. Acredito que por ele ser tão simpático, a comoção tenha sido tão grande assim — descreveu. Em vídeos publicados por amigos e grupos de pescaria nas redes sociais, Gil e os outros pescadores aparecem embarcando no avião e, em seguida, dentro da aeronave. O clima parece amistoso e eles brincam que a o avião parece “uma lata de sardinha” pelo tamanho compacto. O acidente O avião em que as vítimas estavam saiu de Manaus com destino a Barcelos. Durante o pouso, chovia bastante. Segundo o governador do estado, Wilson Lima, o piloto teria “errado o traçado da pista” e batido em alguma estrutura do aeroporto. — Ele deve ter tocado o solo numa parte mais barrenta, e não havia as condições necessárias. Em tese, foi um pouso frustrado — afirmou. A aeronave é um bimotor turboélice do modelo EMB-110 “Bandeirante”, da Embraer, e tinha capacidade para 18 passageiros. Segundo o registro da Agência Nacional de Avição (Anac), tinha operação permitida para táxi aéreo. O aeroporto local não permite pousos e decolagens depois do pôr do sol. O coronel Vinícius Almeida, secretário de Segurança Pública do Amazonas, afirmou que há informações extraoficiais de que, antes do acidente, duas outras aeronaves optaram por regressar a Manaus porque a segurança do aeroporto de Barcelos não permitiu o pouso. A chuva em Barcelos também provocou falta de energia elétrica na cidade e a comunicação está prejudicada. Translado dos corpos Os corpos ficarão no auditório de uma escola, porque a cidade não conta com estrutura de câmaras frias em um Instituto Médico Legal. Uma equipe da Força Aérea, com peritos e um delegado, irá na manhã deste domingo até o local da ocorrência para começar a apuração das causas do acidente. Todos os aspectos serão abordados, desde o funcionamento da aeronave até o comprimento da pista, o vento e as condições climáticas da hora da queda. A identificação das vitimas será feita por meio das digitais, mas não estão descartados outros exames, como o da arcada dentária. O governo do Amazonas recebeu da empresa de táxi aéreo uma lista com os nomes dos passageiros que, em tese, embarcaram na aeronave, mas só divulgará oficialmente a identidade das vítimas após a finalização do trabalho da polícia científica. — Foto: Reprodução/Redes sociais Vídeos mostram pescadores embarcando em avião que caiu no interior do Amazonas
GDF revisa Plano Estratégico 2019-2060 por mais qualidade de vida

A revisão do plano estratégico permite que sejam apontados os caminhos seguidos pelos projetos apresentados por Ibaneis na campanha eleitoral Documento norteador das políticas públicas desenvolvidas pelo Estado, o Plano Estratégico 2019-2060 passou por uma criteriosa revisão em 2023. Foram quase sete meses de trabalho intenso. Todos os órgãos e entidades do Governo do Distrito Federal (GDF) foram envolvidos em oficinas e reuniões, que, somadas, consumiram quase 2,5 mil horas. O objetivo foi adequar o planejamento do Executivo ao novo ciclo governamental e, assim, alinhar o andamento das ações e projetos voltados ao centenário da capital da República. “O plano estratégico é o documento que define onde estamos e aonde queremos chegar”, explica o secretário-executivo de Planejamento da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal (Seplad-DF), Otávio Veríssimo. Segundo ele, o plano contempla 494 iniciativas. “São ações e projetos estratégicos em todas as áreas de atuação do GDF. Do desenvolvimento econômico e social ao meio ambiente e infraestrutura”, acrescenta. Veríssimo explica que a revisão possibilitou, ainda, destacar as agendas prioritárias elencadas pelo governador ao longo do ano passado. “Ao revisar, focamos nosso trabalho na unificação do plano estratégico; do Plano de Governo apresentado e debatido na transição; e, ainda, os compromissos públicos do governador Ibaneis Rocha. Pudemos apontar também como caminharam os projetos, acrescentando indicadores e métricas de avaliação e acompanhamento”, detalha. “É um plano de longo prazo e ao longo do tempo, quando as incertezas vão se reduzindo, a gente vai realizando revisões”, complementa Otávio Veríssimo. De acordo com ele, na ocasião, a revisão foi profunda, já que surgiu de um período pós-eleitoral. “Houve uma renovação do voto de confiança da população em relação a esse projeto de governo, logo, novas iniciativas foram colocadas para a população”, explica. Visão estratégica Subsecretário de Gestão de Programas e Projetos Estratégicos da Seplad, Adriano Leal destaca ainda a importância do trabalho de revisão. “É algo essencial para a gestão como um todo. Porque o plano dá foco, orienta todos os envolvidos, todas as partes interessadas, desde o nível estratégico até os servidores que estão na base”. Leal reforça que todos os esforços do GDF são direcionados para as entregas listadas no plano estratégico. “Quando a gente tem o foco do que é estratégico, outros projetos que vêm, que não estão listados, têm que passar por todo um processo para entrar na agenda governamental. Ou seja, o plano estratégico é a própria agenda governamental em nível prioritário”. Para o secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz, o trabalho foi essencial para a distribuição do orçamento. “Com o plano estratégico revisado, a gente pôde construir o projeto de lei do Plano Plurianual 2024-2027, com foco no que de fato é prioritário. Ele também serviu para formular a Lei Orçamentária Anual e outros projetos voltados às contas públicas”, afirma o secretário. União de esforços A construção do Plano Estratégico 2019-2060 – assim como a revisão do texto em 2023 – envolveu todo o GDF. No total, 203 servidores de órgãos e entidades participaram das atividades propostas e conduzidas pela Seplad. Foram registradas 120 reuniões, além das oficinas realizadas na Escola de Governo (Egov). “Só da Seplad, tivemos 30 servidores envolvidos diretamente com o trabalho em um processo que durou mais de 120 dias”, detalha o subsecretário Adriano Leal. “Contabilizamos 2.480 horas de trabalho nesse processo. Para se ter uma ideia de como foi intenso e criterioso, apenas para coleta de dados e refinamento, foram utilizadas 1.920 horas”, complementa. Revisão do Plano Estratégico – 494 iniciativas; – 13 áreas de governo: saúde, educação, social, habitação, segurança, infraestrutura, mobilidade, meio ambiente, desenvolvimento econômico, cultura, esporte, lazer e gestão; – 2,5 mil horas de trabalho; – 120 reuniões internas da Seplad e/ou com outros órgãos do GDF. *Com informações da Seplad-DF Foto Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília
Entenda os novos critérios de classificação da fila por vagas em creches

Mudança no sistema de pontuação favorece famílias em situação de vulnerabilidade social e mulheres vítimas de violência doméstica. Veja como vai funcionar a seleção das crianças beneficiadas pelas unidades infantis do GDF A nova versão do manual das creches da rede pública de ensino do Distrito Federal traz mudanças significativas nos critérios de pontuação para classificação das crianças na fila de espera por vagas. Para atualizar pais, mães e responsáveis legais sobre as novidades, a Agência Brasília preparou uma reportagem detalhando as principais alterações da cartilha. A portaria que oficializou o novo manual foi publicada na semana passada, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), e atende às recomendações feitas pelo grupo de trabalho interno da Secretaria de Educação (SEE-DF), em parceria com órgãos colaboradores externos, como Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) e Polícia Civil (PCDF). A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, afirma que os novos critérios da cartilha trarão mais justiça social para quem precisa do atendimento desta etapa da educação infantil. “É uma cartilha que favorece principalmente as mães das crianças em situação de vulnerabilidade, mães solo, mães adolescentes e em situação de medida protetiva”, enfatiza. A pasta define que o atendimento das crianças na faixa etária de 4 meses a 3 anos completos, ou a completar até 31 de março do ano corrente ao benefício, em creches, é gradativo e considera a disponibilidade de vagas. Estudantes de 4 a 5 anos de idade, completos ou a completar em igual período, tem oferta gratuita e obrigatória, e matrícula garantida em unidade educacional da rede. A nova versão do manual estabelece que o preenchimento das vagas ocorrerá respeitando etapas, que cumprem a seguinte ordem: pré-inscrição, validação da candidatura, classificação dos candidatos, seleção e encaminhamento para efetivação de matrículas. Pré-inscrição Caberá à mãe, pai ou responsável legal, realizar a pré-inscrição da criança na lista de espera por uma vaga. O registro deverá ser realizado por meio da Central Única de Atendimento Telefônico (156), de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h. É preciso informar o CPF da criança no ato da inscrição, sendo de responsabilidade dos responsáveis legais a veracidade das informações prestadas. Estes também deverão, durante o registro, indicar a região administrativa (RA) e informar eventuais critérios de prioridade. Validação A validação da inscrição só será realizada a partir do comparecimento do responsável legal, em qualquer dia útil do mês, na Unidade Regionais de Planejamento Educacional e de Tecnologia na Educação (Uniplat) da respectiva Coordenação Regional de Ensino (CRE). O mesmo deverá portar a versão original e uma cópia dos seguintes documentos: – Certidão de nascimento ou documento de identificação com foto; – Caderneta de saúde da criança com tipagem sanguínea; – CPF e carteira de identidade da criança e da mãe, do pai ou do responsável legal; – Comprovante de residência ou declaração de próprio punho do responsável legal; – Documentos que comprovem os critérios de prioridade para atendimento; – Declaração de responsabilidade legal, se necessária. A validação pode ser realizada por pessoa autorizada por meio de procuração, desde que esteja em posse dos documentos mencionados acima. Caso o responsável deseje alterar a RA pretendida, o comparecimento deverá ocorrer na nova Uniplat de interesse. Cabe ressaltar que não será validada a inscrição da criança cuja mãe, pai ou responsável legal não comparecer à Uniplat para a entrega dos documentos descritos. A consulta da posição, por sua vez, só será possível uma vez que os dados fornecidos estejam corretos. Classificação As mais significativas modificações realizadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) no manual dizem respeito ao novo modelo de pontuação de classificação das crianças inscritas no cadastro de solicitação de vagas. Este ranqueamento se dará na ordem decrescente de pontuação, considerando os critérios de prioridade para o atendimento e de bonificação (veja abaixo). Os critérios de prioridade para o atendimento e de bonificação poderão ser modificados a qualquer momento pelo responsável, desde que apresente as devidas comprovações. Havendo empate entre candidatos serão considerados os seguintes requisitos, na ordem apresentada: criança com maior tempo de inscrição no cadastro; mãe trabalhadora; menor renda familiar; mãe ou responsável legal com maior número de filhos até 18 anos ou matriculados na Educação Básica; criança mais velha. Uma vez validada, a inscrição e a classificação das crianças inscritas no cadastro poderão ser consultadas no site da Secretaria de Educação. Encaminhamento Ainda de acordo com o documento, o encaminhamento da inscrição se dará com base no cadastro único por RA, respeitando a listagem de classificação e a capacidade de oferta de vagas nas creches da rede pública de ensino, instituições parceiras e privadas do Programa de Benefício Educacional-Social (PBES). É vedada a transferência ou permuta de estudantes e, em caso de recusa de vaga, o responsável legal deverá comparecer à Uniplat, no prazo máximo de dois dias úteis, para formalizar a desistência. Uma vez manifestado o desinteresse, a criança é desconsiderada da classificação e a vaga será direcionada para a próxima da fila. Por fim, o manual define que a matrícula da criança selecionada para uma vaga deverá ser realizada na própria unidade escolar ofertante, de maneira presencial e no prazo de até um dia útil, portanto os documentos necessários para efetivação do cadastro. | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Caberá à mãe, pai ou responsável legal, realizar a pré-inscrição da criança na lista de espera por uma vaga
Mais de 130 mil animais já foram vacinados contra a raiva no DF

A imunização protege cães, gatos e os humanos contra a doença mortal. Campanha vai até 30 de setembro, mas a imunização pode ser feita a qualquer tempo A campanha de vacinação antirrábica no Distrito Federal, realizada aos sábados desde o começo de junho, vai até o último sábado de setembro (30). O gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Isaias Chianca, reforça a importância de imunizar os animais domésticos contra o vírus causador da raiva e a segurança que a vacinação traz para os animais e humanos. “Ano passado teve um caso de raiva humana, então a vacinação foi bem maior do que esse ano. Quando não há casos, as pessoas procuram menos a vacinação. Mas é uma ação preventiva, se o animal estiver doente não adianta. Tem que aplicar a vacina para o animal não adoecer. Quando o bicho morde alguém, é que as pessoas vão se preocupar”, pondera. “Quando não há casos, as pessoas procuram menos a vacinação. Mas é uma ação preventiva, se o animal estiver doente não adianta. Tem que aplicar a vacina para o animal não adoecer”Isaias Chianca, gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde Em 2023 já foram 131.818 animais vacinados, sendo 121.498 animais durante a campanha de vacinação e 17.320 no restante do ano. O número total é maior do que a quantidade de animais vacinados em 2021, que contou com um total de 50 mil animais vacinados. Os números de 2023, contudo, ainda são menores que os de 2022. No site da Secretaria de Saúde, os dados de vacinação são atualizados semanalmente e também é possível encontrar os pontos de vacina na página da pasta. Mesmo com o encerramento da campanha no dia 30 de setembro, a vacinação segue sendo feita em todas as sedes da vigilância ambiental. É uma vacinação continuada, junto à inspetoria de saúde. Durante o ano também são feitas parcerias com pet shops, veterinárias e outras instituições do DF. Confira aqui as datas e os locais de vacinação antirrábica no DF. Doença letal A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa, transmitida por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Considerada um problema de saúde pública, a raiva pode levar a complicações como febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e convulsões, além de evoluir para quadros de paralisia, levando a paradas cardiorrespiratórias. O vírus, do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, leva ao óbito praticamente 100% dos pacientes contaminados. Ele é capaz de comprometer gravemente o sistema nervoso central, causando grande inchaço no cérebro. A doença é transmitida para o ser humano por meio da saliva de animais infectados com o vírus. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a raiva ainda mata 70 mil pessoas por ano no mundo. No Brasil, a incidência da infecção ainda é rara, mas voltou a crescer em 2022, com cinco novos casos entre humanos desde então. Desde 1986, são 45 ocorrências. Desde o século XIX, porém, já existe vacina contra a raiva, bastante efetiva em impedir o avanço da doença, caso administrada em tempo hábil. | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF Mais de 120 mil animais já foram imunizados durante a campanha de vacinação antirrábica deste ano
Pequena indústria está mais otimista com expectativa de queda da Selic

Conforme pesquisa encomendada pelo Simpi, 37% dos entrevistados acreditam que a economia do país vai melhorar A perspectiva de redução da taxa básica da economia (Selic) e de aumento de investimentos em infraestrutura tem deixado os representantes das micro e pequenas indústrias mais otimistas em relação ao futuro. Cerca de 37% estão mais otimistas diante da expectativa de nova queda nos juros após o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, ter iniciado a redução da Selic na última reunião, realizada em agosto, em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano. “Se a taxa de juros continuar na trajetória de queda no próximo Copom, e de uma forma um pouco mais agressiva do que atualmente, isso, fortemente, trará aumento no consumo”, afirmou o presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, em entrevista ao Correio, se revelando “pessoalmente otimista”. Segundo o executivo, os dados da pesquisa “Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria”, referentes aos meses de junho e julho, cerca de 37% dos empresários esperam melhora na conjuntura econômica devido também aos avanços das pautas econômicas no Congresso, como o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária. No bimestre anterior, esse percentual era de 32%, o menor patamar do ano. Ele lembrou que a taxa de inadimplência caiu de 42%, entre abril e maio, para 35% — mesmo patamar de outubro e novembro de 2023 e terceiro menor da série dos últimos 12 meses, conforme levantamento realizado pelo Instituto Datafolha. A queda desse indicador é um sinal de que as empresas estão gerenciando suas dívidas de forma mais eficaz, mas, de acordo com Couri, o crédito ainda continua escasso e a taxas de juros “extremamente proibitivas”. “O BC deu início a uma trajetória de queda dos juros que vai ser longa e não vai se refletir neste ano para as micro e pequenas indústrias. Por enquanto, nada mudou”, declarou. Conforme dados da pesquisa que ouviu 702 micro e pequenas indústrias espalhadas pelo país, a taxa de empresas que deixaram de pagar pelo menos um item (fornecedores, dívidas com bancos, despesas gerais, impostos ou contas de consumo) caiu de 25% para 23%, entre os meses de abril e maio e junho e julho. Enquanto isso, a fatia de dívidas relacionadas a impostos, tributos e taxas recuou de 29% para 21%. “Esses dados apontam para uma recuperação econômica no setor de micro e pequenas indústrias. A redução na taxa de inadimplência indica uma gestão financeira mais sólida, enquanto a diminuição nas faixas de inadimplência no faturamento demonstra maior estabilidade nas empresas”, indica o estudo. A diminuição na taxa de empresas inadimplentes em pelo menos um item é um sinal de que as empresas estão gerenciando suas dívidas de forma mais eficaz. Além disso, a redução das dívidas relacionadas a impostos e taxas é um alívio para o comprometimento financeiro das empresas com o governo. Na avaliação do empresário, se não houver mais sobressaltos no setor externo, “a conjuntura internacional poderá contribuir para uma melhora do cenário”, pois o programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola, é importante para tirar os endividados do negativo, mas isso não quer dizer que o sistema financeiro tradicional vai voltar a dar crédito para essas pessoas. “Os grandes bancos continuarão sendo eletivos, mas as fintechs poderão oferecer mais crédito e isso trará incentivo ao consumo. Acreditamos que o Desenrola tem um papel importante como sinalizador de que haverá outras formas para estimular um círculo virtuoso de crescimento, que é o que desejamos. Porque, se isso não ocorrer, não haverá emprego, nem arrecadação tributária”, disse. Couri reconheceu que a meta de deficit primário zero no próximo ano, prevista no novo arcabouço fiscal, será um “desafio gigantesco”, porque o governo precisará equilibrar as contas públicas de uma forma “extremamente agressiva”, mas, mesmo assim, admitiu que faz uma análise mais otimista sobre o quadro fiscal. “Temos que olhar para trás e ver que, quando o ministro Fernando Haddad (da Fazenda), começou a falar na reforma tributária, ninguém acreditava na negociação com o Congresso. Hoje, eu diria que a maioria da população, das empresas e da sociedade acredita que essa reforma vai sair”, ponderou. O empresário é um dos integrantes do Conselhão, reativado pelo novo governo, ao lado de 240 integrantes, e torce para que os investimentos previstos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) se concretizem. “Os anúncios do PAC preveem fortes investimentos em infraestrutura. Além disso, se o governo conseguir avançar nos projetos do mercado de crédito de carbono, será um passo forte para o país e uma nova avenida de recursos financeiros para a manutenção de florestas. Isso é maravilhoso”, disse. Segundo ele, o governo federal tem ouvido atentamente as demandas dos empresários e integrantes da sociedade civil no âmbito do Conselhão. “E os governos estaduais também estão tomando medidas fortes para atrair investimentos, o que são medidas que aquecem diretamente a economia”, acrescentou. – (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press) A diminuição na taxa de empresas inadimplentes em pelo menos um item é um sinal de que as empresas estão gerenciando suas dívidas de forma mais eficaz
Prefeito de cidade no RJ sugere castrar mulheres para controlar nascimentos

Mário Esteves (Pros) disse que a cidade tem crianças demais e que “tem que começar a controlar isso”. O prefeito ainda sugeriu criar uma lei que limite a quantidade de filhos O prefeito de Barra do Piraí, no sul do Rio de Janeiro, Mário Esteves (PROS), sugeriu ‘castrar’ as mulheres para controlar a quantidade de crianças na cidade. A afirmação foi feita durante discurso em que Esteves falou sobre a construção de creches e disse que o que não falta na região são crianças e, por isso, é necessário “controlar essa população”. “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Tem que começar a castrar essas meninas, controlar essa população. É muito filho, cara. É no máximo dois”, declarou. O discurso foi na quinta-feira (14/9), durante inauguração de uma estrada na cidade. Na ocasião, Esteves falou que mais duas creches serão inauguradas em Barra do Piraí em outubro e reclamou da quantidade de crianças na cidade, o que gera a necessidade de construir muitas creches. O prefeito ainda defendeu a criação de uma lei para limitar quantos filhos cada família pode ter. “Tem que fazer uma lei lá na Câmara, no máximo dois [filhos]. Haja creche para ser construída ao longo dos próximos anos. Tinha que ser um processo federal, estadual, municipal, porque precisa, sim, desse controle. É muita responsabilidade colocar filho nesse mundo”, disse Esteves. Após a repercussão negativa das falas de Esteves, a prefeitura de Piraí publicou, nas redes sociais, uma nota de esclarecimento que afirma que o prefeito não teve a intenção de “promover qualquer tipo de prática danosa ou preconceituosa às mulheres”. “O prefeito de Barra do Piraí, entende que a laqueadura seja um dos procedimentos para o incremento do planejamento familiar, assim como a vasectomia”, argumentou. “Foi um momento de descontração na inauguração de uma importante via de escoamento de produção e de desenvolvimento na cidade, tema central do evento e que é o principal destaque. Qualquer ilação com esse assunto mostra desconhecimento político, uma vez que castrar é esterilizar”, completou. Prefeito de Barra do Piraí/RJ, Mario Esteves – (crédito: Reprodução/Instagram @marioestevesbp)
Em clássico movimentado, Vasco marca quatro gols e vence Fluminense

Vasco e Fluminense fizeram um grande jogo pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, neste sábado (16/9) Vasco e Fluminense se enfrentaram neste sábado (16/9) e fizeram um grande jogo pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. No placar, melhor para o Cruzmaltino, que venceu por 4 x 2. Com o resultado, o Vasco está em 18º lugar, com 20 pontos, cinco a menos que o Goiás, primeiro time fora da zona de rebaixamento no Brasileirão. Já o Fluminense está em 6º, com 38. O gols da partida Quem abriu o placar foi o Vasco, com Praxedes, aos 22 minutos do 1º tempo. Rossi dá lindo drible em Marcelo e cruza com perfeição para o atacante do Vasco. O primeiro empate veio logo aos 42 segundos do 2º tempo, com um lindo gol de Marcelo. O lateral-esquerdo apareceu dentro da área, girou e chutou no ângulo de Leo Jardim. E aos 4 minutos do 2º tempo, Vegetti, em mais uma assistência de Rossi, desempatou a partida para o Vasco. O segundo empate do Fluminense veio dos pés de Lima. Aos 10 minutos do 2º tempo, Guga, na linha de fundo, cruzou para o meia-atacante colocar no fundo da rede. Gabriel Pec, aos 28 minutos dos 2º tempo, marcou para o Vasco. André errou passe para Fabio, o jogador aproveitou e tocou na saída do goleiro. E para fechar o placar, Gabriel Pec de novo. Após cruzamento, Vegetti ajeitou para o atacante, que bateu sem chances. Foto CBF
Prefeitura desmente lista falsa de contemplados em programa de lotes em Jaraguá

Nota afirma que administração municipal ainda trabalha em estudos que vão dar embasamento à formação da lista final de contemplados A prefeitura de Jaraguá desmentiu, em nota, a veracidade de uma lista com os nomes dos supostos contemplados em um programa de lotes do município chamado “Meu lote, meu sonho”. “Alertamos a todos os cidadãos que qualquer informação que não tenha partido dos veículos de comunicação oficial da Prefeitura de Jaraguá ou da Fundação Grace Machado é considerada “fake news” e não deve ser tratada como fonte confiável”, diz o comunicado. A nota afirma que a prefeitura está trabalhando para concluir estudos técnicos que vão embasar a escolha dos contemplados e que, em breve, estará pronta para anunciar o resultado “de forma oficial e transparente”. “Reiteramos que sentimos muito por atitudes de pessoas mal intencionadas com intuído de prejudicar o processo. Para informações de confiança, por favor, consultem os canais de comunicação oficiais da Prefeitura de Jaraguá e da Fundação Grace Machado”, encerra o texto. Em março, a prefeitura divulgou em redes oficiais dicas de segurança alusivas ao programa. Uma delas é: “ao receber ligações ou mensagens confira se são estes números de contato: (62) 984194575 ou (62) 32262083”. Vista aérea do município de Jaraguá (Foto: Prefeitura)
Número de reeducandos inseridos no mercado de trabalho triplicou desde 2019

Ao todo, 2.975 sentenciados atuam em funções dentro e fora do sistema prisional. Nova iniciativa vai aumentar a quantidade de contratos no âmbito privado Eles estão nas lavanderias dos hospitais e nos jardins das diversas regiões do Distrito Federal, bem como nos serviços de manutenção e em áreas administrativas. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), oferece emprego e oportunidade de ressocialização para 2.975 reeducandos atualmente. O número mais do que triplicou em comparação ao registrado em 2019, quando havia em torno de 800 sentenciados contratados. Do total de reeducandos, 2.784 trabalham em ações externas pela Funap – ou seja, estão alocados em órgãos públicos, empresas privadas e no terceiro setor. Já 191 atuam dentro do sistema carcerário, no chamado trabalho interno. No total, são 90 contratos empregatícios. Há ainda 1.258 reeducandos que aguardam uma oportunidade de serviço. Criada pela Lei n° 7.533, de 2 de setembro de 1986, a Funap completou 37 anos de existência neste ano e, como comemoração, lançou um novo programa de inserção profissional de reeducandos. É o Capacita Funap, iniciativa que tem o propósito de disponibilizar mão de obra de apenados para empresas que manifestem interesse em receber esse tipo de auxílio. “A fundação vai contratar os reeducandos e disponibilizá-los nas empresas que se mostrarem interessadas durante três meses sem qualquer custo”, explica a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins. Ao final do período, a empresa poderá contratar os reeducandos e iniciar um novo processo de aprendizagem e ressocialização com novos participantes. Por outro lado, caso a empresa decida não efetivar nenhuma contratação, será suspensa do programa por um ano. Os custos dos reeducandos serão de responsabilidade da Funap – salário ressocialização, calculado a partir de três quartos do salário mínimo, equivalente a R$ 990, auxílio alimentação, vale-transporte e seguro-acidente. Pelo menos cinco empresas privadas já demonstraram interesse em participar do programa. “Queremos quebrar o estigma que ainda existe em relação a contratar um reeducando. O trabalho é um dos pilares principais na ressocialização. Os números demonstram que, dos reeducandos que estão inseridos no mercado de trabalho, a reincidência é de menos de 5%”, aponta a diretora-executiva. Atualmente, cerca de 200 reeducandos do total contratado atuam na rede privada. Os demais estão lotados em órgãos públicos e no terceiro setor. Os reeducandos cumprem pena no regime semiaberto com autorização para o trabalho externo e no regime aberto. Em troca, recebem uma bolsa ressocialização de 3/4 ou mais do salário mínimo, auxílio transporte e auxílio refeição. Aqueles que estão no semiaberto têm remição de pena, ou seja, para cada três dias trabalhados é descontado um dia na totalidade da pena que devem cumprir. Alçar novos voos O reeducando Pedro Almeida (nome fictício), 40 anos, encontrou na Funap uma chance de recomeço. Desde agosto de 2022, ele trabalha com o gerenciamento da fila de interessados nas vagas de emprego, auxiliando na organização da demanda e procura. Biólogo por formação e morador de Taguatinga, Pedro relaciona o retorno à vida em sociedade com o desenvolvimento de um pássaro. “É como se fossemos um passarinho que quebrou a asa e está machucado, mas quer voltar a voar. A Funap ajuda nesse processo, ajuda o reeducando a se inserir na sociedade, se ressocializar e aprender os valores corretos”, aponta Pedro, que ressalta a importância da autorresponsabilidade. “Quando você é preso, volta de lá sem confiança, moribundo, para baixo. A Funap te devolve a dignidade, faz você se sentir útil, faz você sentir que tem valor, o que é muito importante. A Funap dá a oportunidade, mas se a pessoa vai agarrar ou não, é com ela”, completa. A reeducanda Maria Santana (nome fictício), 40, tentou outros caminhos antes de procurar a Funap. “Mesmo tendo conhecido a fundação dentro do sistema (carcerário), demorei uns três meses aqui fora para buscar emprego por ela. Procurei em outros locais, só que quando chegava na hora de emitir o documento de nada consta, não dava certo. Aqui não, logo depois que cheguei, já sabia que ia trabalhar”, conta. Em abril, iniciou a jornada como assistente na gestão dos contratos da Funap, com a função de auxiliar na organização da demanda feminina por vagas de emprego. A oportunidade de ressocialização abriu novos horizontes para Maria, que pretende voltar a atuar na área de formação. Antes de ser detida, ela era analista de gestão de pessoas em órgãos públicos. “A fundação veio para mim como uma abertura de portas. Quando você sai do sistema, está totalmente sem chão, sem saber onde vai trabalhar, o que vai fazer da sua vida”, compartilha. “É a fundação é toda estruturada, desde o apoio dentro do sistema até aqui fora, faz toda a triagem, te recebe, te acolhe, te orienta sobre o que você deve fazer para se ressocializar. Hoje o meu trabalho é valorizado de igual para igual, é reconhecido, sou cobrada, e por isso tento fazer o melhor.” Exemplo da eficácia da ressocialização é o empresário Rafael do Nascimento da Silva, 38. Em 2018, quando estava detido, conheceu a Funap e começou a trabalhar, internamente, como cozinheiro. Quando saiu do presídio, foi contratado na área de manutenção e zeladoria, em que trabalhou até 2021. Atualmente, gerencia uma empresa de construção civil, focada em drywall, que contrata seis ex-reeducandos, entre pintores, eletricistas e outras especialidades. “A experiência na Funap me ajudou a me reerguer”, conta ele, que define o órgão como esperança. “Muitas pessoas que estão no presídio ficam conversando coisas que não convém e acabam se juntando para fazer o que não presta. Então, a partir do momento que se começa a ensinar que eles têm uma chance de trabalho e na sociedade, mudam o pensamento.” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Atualmente, 2.975 reeducandos estão empregados e recebendo a oportunidade de ressocialização oferecida pela Funap. Em 2019, eram somente cerca de 800 sentenciados que estavam contratados