A medida abrangerá 98 unidades na área administrativa de Ceilândia, que registra o maior índice de casos de dengue no Distrito Federal. As inspeções foram iniciadas na segunda-feira (5) e continuarão até o início das aulas, em 19 de fevereiro.
O combate ao mosquito da dengue está recebendo atenção especial na rede pública de ensino de Ceilândia. Desde segunda-feira (5), agentes de vigilância ambiental têm inspecionado as escolas da região em busca de possíveis criadouros do Aedes aegypti. Em dois dias de trabalho, 12 instituições já foram visitadas, e até o início das aulas, agendado para o próximo dia 19, todas as 98 unidades da área administrativa serão vistoriadas.
“Contamos com sete equipes atuando nas ruas, cada uma composta por dois agentes”, relata Queila Cristina Mendes, chefe do Núcleo da Vigilância Ambiental de Ceilândia. “Durante as visitas às escolas, buscamos eliminar possíveis focos do mosquito, aplicamos larvicida em áreas de acúmulo de água e fornecemos todas as orientações necessárias para manter o ambiente escolar livre da dengue.”
Móveis escolares desativados acumulados em áreas desprotegidas e canaletas entupidas representam os principais pontos críticos identificados em algumas escolas. Esses locais são propícios para o acúmulo de água parada, que é um ambiente favorável para a reprodução do Aedes aegypti. “Felizmente, os diretores têm demonstrado preocupação e estão empenhados em seguir rigorosamente as orientações que fornecemos”, observa Queila.
O diretor do Centro Educacional (CED) 6 do P Sul, Jefferson Lobato, elogia a iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF). “A partir do dia 19, teremos cerca de 2 mil alunos circulando aqui – é praticamente uma cidade”, compara. “Portanto, a presença da vigilância ambiental é crucial. Os agentes têm um olhar treinado e encontram possíveis criadouros onde nem imaginávamos que poderia haver acúmulo de água.”
Jefferson destaca que, além das visitas dos agentes, as ações de combate à dengue no CED 6 são constantes: “Todos nós nos tornamos fiscais aqui dentro – os funcionários da limpeza, da secretaria, da direção… Todos estão mais atentos a um copo esquecido no estacionamento, a um balde deixado na área verde. E queremos que os próprios alunos também se tornem fiscais.”
Para a diretora da Escola Classe 46 de Ceilândia, Maria José Soares, a inspeção realizada pelo GDF chegou em momento oportuno. “As crianças estão retornando, e é essencial garantir um ambiente escolar seguro”, destaca. “Embora mantenhamos a escola limpa e organizada, os agentes descobrem pequenos locais escondidos que podem se tornar criadouros do mosquito. Precisamos ficar ainda mais vigilantes.”
Tribuna Livre, com informações do Governo do Distrito Federal