São Sebastião, cidade no litoral
norte de SP, foi a mais atingida pelas fortes chuvas que deixaram mais de mil
pessoas desalojadas
A Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São
Paulo, confirmou as áreas onde serão construídas novas casas populares. O
município foi o mais atingido por fortes chuvas e deslizamentos durante o
Carnaval, com 65 mortes e mais de mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
As áreas confirmadas pela prefeitura são nas regiões de
Topolândia, Barequeçaba e Maresias. Na última segunda-feira (27/2), o prefeito
da cidade, Felipe Augusto, também confirmou que a administração ainda avalia
possíveis áreas em Barra do Una e na Baleia Verde.
Veja os terrenos já confirmados pela prefeitura:
• Topolândia:
terreno de 8.928,17 m² na avenida Professor Machado Rosa, nº 131;
• Barequeçaba:
área com 2.450,70 m² na rua Amália Maria de Jesus, sem número;
• Maresias:
são três áreas. A primeira, na avenida Paquetá, número 520, tem 25.872,09 m². A
segunda está localizada na rua Nova Iguaçu, número 1167, no Sertão de Maresias,
com 12.569,12 m². Já o terceiro terreno, medindo 6.451,08 m², está na rua do
Forno, número 330.
O governo de São Paulo publicou, no último sábado (25/2),
no Diário Oficial do Estado, a desapropriação de um terreno com 10.632,00 m² na
Vila Sahy, uma das regiões mais atingidas pela tragédia. Apesar das reclamações
feitas pelos moradores, o governo afirma que a região é “plana e segura”.
Também existem reclamações sobre uma mudança para
Topolândia, a 45 km da Vila Sahy. Uma remoção das famílias de baixa renda afetadas
pela chuva poderia inviabilizar o trabalho de muitas pessoas, uma vez que a
maioria dos moradores da Vila Sahy trabalha nas casas de praia e comércios da
região da praia da Barra do Sahy, com a prestação de serviços para o turismo no
litoral da cidade.
A proximidade do terreno em Topolândia com a Praia do
Deodato também preocupa os afetados pelas chuvas. A região é conhecida como a
“cracolândia” de São Sebastião. Já o bairro de Maresias está a uma distância
intermediária, a quase 20 km da Vila Sahy, e é um dos principais destinos
turísticos da cidade.
No local, porém, a associação de moradores já se
manifestou contrária à construção de casas populares para a população de baixa
renda. O prefeito chegou a anunciar um projeto semelhante em 2020, que não foi
para frente após as críticas.