Em cerimônia de posse de novos servidores da Secretaria de
Saúde, governadora em exercício falou sobre o aumento do número de feminicídios
no Distrito Federal
(crédito: Renato Alves/Agência Brasília)
Vestindo uma camiseta com os dizeres “Na violência contra
a mulher, nós metemos sim a colher”, a governadora em exercício, Celina Leão,
anunciou uma força-tarefa do Governo do Distrito Federal (GDF) para prevenção
do feminicídio. O anúncio aconteceu durante a participação da chefe interina do
Executivo na cerimônia de assinatura do decreto de nomeação de novos servidores
da Secretaria de Saúde do DF, na manhã desta segunda-feira (6/2).
“Nós vamos criar uma força-tarefa com a Secretaria
da Mulher e outras secretarias, inclusive a Secretaria de Saúde, para receber
as mulheres e fazer um trabalho de prevenção. Envolve Ministério Público
(MPDFT), Defensoria, o GDF, a Saúde, todas as áreas que têm interface com o
crime de feminicídio. Às vezes, é um crime que acontece dentro de casa, muitas
das mulheres já denunciaram os companheiros anteriormente, outras não. Estamos
fazendo um grupo e vamos anunciar algumas medidas, inclusive campanha para que
possamos ter essa consciência”, declarou Celina.
Na ocasião, a governadora em exercício aproveitou para
fazer um apelo aos novos servidores da Saúde para incentivarem as pacientes
vítimas de violência a denunciarem os companheiros antes que o pior aconteça.
“Desde o começo do ano, estamos com um feminicídio atrás do outro aqui no
DF. Vocês na área da saúde recebem muitas vítimas de violência doméstica.
Incentivem para que elas façam boletim de ocorrência. Essa questão não é só da
Secretaria da Mulher, é da sociedade. Muitas vezes, a mulher é agredida várias
vezes e passa pelas mãos de vocês. Incentivem a fazer o boletim de ocorrência.
Vocês podem estar salvando vidas”, pontuou a chefe interina do Executivo.
Aumento de casos
Só em 2023, foram registrados cinco casos de feminicídios
no Distrito Federal. O mais recente aconteceu no último sábado (4/2). A
vendedora Izabel Guimarães, 36, foi morta com um tiro na cabeça disparado pelo
ex-companheiro, Paulo Roberto Moreira, 38. A mulher foi baleada na frente da
filha, de 10 anos.











