Apesar de declarações desfavoráveis em relação ao seu nome, o ministro de Lula planeja um encontro com o filho e ex-secretário de Jair Bolsonaro, ambos senadores.
Em mais uma jornada visando apoio na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado, marcada para 13 de dezembro, o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF), angariou mais adesões. Ele se encontrou com Eliziane Gama (MA), líder do PSD, que já manifestou apoio, e Confúcio Moura (RO), vice-líder do MDB.
Apesar de evitar estimar quantos votos já conquistou, Dino adotou um tom conciliador em meio às tensões entre o Legislativo e o Judiciário. Ele ressaltou a importância do diálogo e da compreensão das visões do Senado sobre questões institucionais e jurídicas.
Dino, que anteriormente enfrentou embates com o Congresso, agora busca uma imagem menos política e mais sóbria para se precaver contra possíveis ataques na sabatina. Ele destaca a necessidade de harmonia entre os poderes e defende que o STF deve permanecer fora da polarização política.
Questionado sobre possíveis conversas com a oposição, mesmo diante de senadores que já expressaram desinteresse em dialogar, Dino enfatiza a importância de não ter preconceitos e ressalta a necessidade de tratar com todos os membros da Casa.
Sobre seu sucessor no Ministério da Justiça, Dino evita opinar, indicando que isso dependerá das decisões do presidente Lula. Ele menciona a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o secretário-executivo de sua pasta, Ricardo Cappelli, e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), como excelentes opções.
Por fim, Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República, parece enfrentar menos resistência para sua aprovação, embora também busque apoio de senadores.
Tribuna Livre, com informações da Agência Senado.