O presidente do governo andaluz, Juan Manuel Moreno,
descreveu o ataque como “terrível e devastador”
(crédito: AFP)
Algemado,
com respingos de sangue na calça jeans, o marroquino Yasin Kanza sorriu depois
de ser preso. Pouco antes, às 19h de ontem (15h em Brasília), ele entrou na
Igreja de Sanm Isidro, no centro de Algeciras, na Andaluzia (sul da Espanha), e
discutiu com fieis. Queria que eles seguissem o islã. Yasin abandonou o local e
retornou, 20 minutos depois. Carregava uma catana, espada usada por samurais. O
homem golpeou o padre António Rodríguez, que lutava pela vida, ontem, em estado
grave.
A
200m dali, o agressor invadiu outro templo católico, a Igreja de La Palma, no
momento em que era feita a eucaristia. Yasin utilizou a arma para derrubar
imagens sacras, crucifixos e velas. Chegou a subir no altar e acabou
interpelado pelo sacristão, Diego Valencia, que pediu-lhe para que deixasse o
local. O religioso deixou o prédio e foi perseguido, e assassinado, por Yasin.
Outras quatro pessoas foram feridas pelo suspeito.
O
Ministério Público da Espanha informou que a investigação está a cargo de um
juiz da Audiência Nacional, instância responsável pelos casos de terrorismo.
Uma fonte da polícia disse à agência France-Presse que o agressor vestia uma
jelaba, traje tradicional árabe, e “gritou alguma coisa” no momento
do ataque. Uma moradora vizinha das igrejas filmou o momento em que Yasin
caminhava pela praça com a catana nas mãos.
O
presidente do governo andaluz, Juan Manuel Moreno, descreveu o ataque como
“terrível e devastador”. “Assassinaram um sacristão e feriram,
pelo menos, outro sacerdote em Algeciras”, explicou, antes de pedir que se
evite tirar conclusões precipitadas. “Prudência, os fatos estão sendo
investigados.”











