Na terça-feira (5), dedicada aos profissionais da área, descubra o papel daqueles que estão na vanguarda do atendimento.
Imagine médicos especialistas que estabelecem vínculo com o paciente, conhecendo seu histórico de saúde, as dificuldades cotidianas, relações familiares e as condições da região de moradia. Esses profissionais têm a capacidade de atender desde bebês até idosos, resolvendo mais de 80% das demandas de saúde e, quando necessário, fazendo encaminhamentos para outras áreas. Tudo isso é realizado com acompanhamento em todas as etapas. Sim, esses especialistas existem e representam a linha de frente na maioria dos atendimentos realizados na rede pública. Por esse motivo, são homenageados no Dia do Médico de Família e Comunidade, que ocorre nesta terça-feira (5).
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) conta com 509 profissionais dessa especialidade, principalmente nas equipes de Saúde da Família (eSF), vinculadas à rede de 175 unidades básicas de saúde (UBSs). “É um profissional que deve, sobretudo, gostar de gente. Não apenas atender o indivíduo, mas interessar-se pelo modo como essa pessoa vive, pela estrutura da família e pela comunidade ao redor. O médico de família e comunidade precisa ter conhecimento amplo sobre diversas áreas da medicina e da sociedade”, afirma a médica Paula Lawall, da Coordenação de Atenção Primária à Saúde da SES-DF.
A atuação desses profissionais é diversificada, seja em visitas domiciliares da eSF, nos consultórios das UBSs ou nos Consultórios na Rua. Eles lidam com demandas que vão desde o pré-natal até o envelhecimento, tratando de diversas condições de saúde, como doenças crônicas, saúde mental, tabagismo, alcoolismo, obesidade, entre outras.
Apesar do foco preventivo, os médicos de família e comunidade também atendem demandas de emergências menores, como gripe, dor de cabeça, diarreia, entre outras. Esses profissionais proporcionam atendimento rápido a pacientes de baixa complexidade, evitando filas em unidades voltadas para casos mais graves, como hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs).
A medicina de família e comunidade teve início no Brasil nos anos 1970, ganhando destaque com a descentralização e fortalecimento da Atenção Primária à Saúde. No Distrito Federal, além dos médicos especializados, a rede pública conta com o suporte de quase 100 servidores que realizam residência médica na área, e as 623 equipes da eSF da capital contam com pelo menos um desses médicos, incluindo profissionais do programa Mais Médicos do governo federal. Cada cidadão pode verificar qual é sua UBS de referência por meio do endereço residencial no portal do InfoSaúde.
Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Saúde