Uma intervenção incomum oferece perspectivas promissoras para pacientes selecionados com complexos problemas ortopédicos.
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) destaca-se como pioneiro ao introduzir uma cirurgia inédita na rede pública de saúde: a prótese de revisão de joelho. Este procedimento, considerado raro mesmo na rede particular devido ao material utilizado, à necessidade de profissionais especializados e à seleção de casos específicos, oferece uma nova perspectiva para pacientes com condições ortopédicas complexas.
O cirurgião de joelho da equipe do HRSM, Vitor Neri, especialista nesse tipo de procedimento, enfatiza a complexidade da cirurgia. Ele explica que a prótese de revisão de joelho é reservada para situações especiais, como pacientes com próteses antigas disfuncionais. Em tais casos, é realizada uma intervenção delicada, removendo todo o material antigo, incluindo cimento e fios, para, em seguida, implantar uma prótese nova. Esse processo exige habilidade e destreza, especialmente considerando que se trata de um joelho já operado e afetado por doenças prévias.
A utilização da prótese de revisão de joelho também se torna crucial em situações em que o paciente enfrenta graves dificuldades, como a falta de apoio ósseo e a ausência de ligamentos que mantêm o joelho em sua posição natural. Nestes casos, as próteses convencionais não são suficientes, e a prótese de revisão torna-se essencial para o sucesso da intervenção.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) merece destaque nesse avanço médico, pois viabilizou a obtenção das próteses de revisão. Vitor Neri ressalta a dificuldade em encontrar esses materiais e destaca que a equipe do HRSM selecionou cuidadosamente pacientes raros para a realização desse procedimento inovador. A cirurgia com a prótese de revisão não só eleva o padrão de atendimento ortopédico em Brasília, mas também oferece uma nova perspectiva para aqueles que enfrentam desafios complexos relacionados às patologias nos joelhos. Este procedimento emerge como um divisor de águas, trazendo esperança e resultados promissores para casos até então considerados difíceis e raros.
Tribuna Livre, com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)