A Procuradoria-Geral da República (PGR) moveu uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar, acusando-o de supostos crimes de injúria e racismo dirigidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). A acusação envolve supostos crimes de injúria e racismo direcionados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), relacionados a declarações feitas durante o programa do 3 Irmãos Podcast. No episódio, Gayer teria associado “africanos a quociente de inteligência baixo, inclusive o comparando a de macacos”.
A PGR argumenta que o discurso do deputado foi “dolosamente ofensivo, injurioso, depreciativo e aviltante”. Segundo a denúncia, Gayer e o apresentador do programa, Rodrigo Barbosa Arantes, teriam praticado o crime de racismo ao proferir ofensas genéricas direcionadas aos africanos e afrodescendentes, “dispersando ideais racistas e segregacionistas, inferiorizando e desumanizando negros e afrodescendentes ao compará-los a macacos”.
Além disso, a PGR menciona uma publicação no antigo Twitter, na qual Gayer classificou o ministro Sílvio Almeida como “analfabeto funcional” e “completamente desonesto”, reforçando, segundo a Procuradoria, “estigmas reprodutores de inferioridade contra minorias raciais”.
O pedido da PGR inclui a declaração de perda do mandato do parlamentar, caso seja condenado a uma pena superior a quatro anos de prisão, e a condenação ao pagamento de uma multa de, no mínimo, R$ 1 milhão, a ser revertida em favor de políticas públicas de combate ao racismo.
Tribuna Livre, com informações da Agência Estado