Prisioneiro sofreu um mal súbito enquanto desfrutava do banho de sol na Penitenciária da Papuda nesta segunda-feira (20/11).
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressaram reações à morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos vinculados aos eventos de 8 de janeiro, com críticas direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. O detento faleceu durante o banho de sol na Penitenciária da Papuda, em Brasília, nesta segunda-feira (20/11), após um mal súbito.
A defesa de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, havia solicitado ao ministro Alexandre de Moraes a concessão de liberdade provisória. Embora a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha emitido parecer favorável ao pedido em 1º de setembro, ainda não havia decisão do STF sobre a solicitação. O homem enfrentava uma ação penal por acusações que incluíam associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou o fato de Cleriston permanecer detido até sua morte, mesmo após o parecer favorável da PGR. O parlamentar destacou que o falecimento evidencia uma “burocracia que vem cerceando direitos dos presos” e ressaltou a necessidade de uma investigação minuciosa para esclarecer o ocorrido.
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, questionou os motivos da morte do preso em um documento enviado à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Sanderson afirmou que alguém deverá ser responsabilizado pela tragédia.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) informou que seu gabinete está colaborando com a bancada de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para realizar uma “apuração dos fatos relacionados a essa infeliz notícia.”
O deputado Coronel Meira (PL-PE) referiu-se a Cleriston, acusado de tentativa de golpe de Estado, como “patriota” e declarou que o preso “pagou com a sua vida.” O deputado José Medeiros (PL-MT) afirmou que a morte do homem seria uma “nódoa” para o ministro do STF Alexandre de Moraes, destacando que, na sua opinião, ele não deveria estar preso. O ex-deputado federal e ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR) também ressaltou a concessão de liberdade provisória recomendada pela PGR, criticando o Supremo por considerar a situação uma “injustiça absurda.”
Cleriston era acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde da Papuda desde sua prisão em janeiro durante a invasão dos Três Poderes, recebendo tratamento para diabetes e hipertensão.
Tribuna Livre, com informações da Agência Estado