Caso reeleito, benefício só será pago
em 2023, em razão de empecilhos da legislação eleitoral. Anúncio mira o
eleitorado feminino
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (4/10), que,
caso reeleito, vai pagar o 13º salário do Auxílio Brasil a 17 milhões de
mulheres chefes de família no ano que vem. O eleitorado feminino é aquele que
Bolsonaro enfrenta maior rejeição.
A informação foi revelada na segunda-feira (3/10) pelo colunista do
Metrópoles Igor Gadelha, que indicou que Bolsonaro quer usar o benefício como
principal arma na campanha para o segundo turno das eleições deste ano.
“Já está acertado [o 13º do
Auxílio Brasil]. Só para as mulheres, são 17 milhões a partir do ano que vem”,
disse Bolsonaro em coletiva de imprensa nesta terça, após reunião com o
governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que declarou apoio a
ele.
“Até por ser ano eleitoral, você não pode tratar desse assunto agora. É proibido
pela lei eleitoral. A partir do ano que vem, 13º para o Auxílio Brasil”,
completou.
Bolsonaro reforçou ainda medidas do governo em prol das mulheres e
reclamou que há uma “uma narrativa contra a gente” no que se refere à relação
com esse público.
A avaliação do presidente é de que o Auxílio Brasil, que aumentou para
R$ 600 em sua gestão, foi pouco explorado na campanha do primeiro turno e
precisa ser mais bem trabalhado na segunda etapa do pleito.
Para cumprir a promessa, Bolsonaro precisará aprovar um projeto de lei
no Congresso. Em março de 2022, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG)
apresentou proposta nesse sentido, mas ela não avançou.
A campanha de Bolsonaro avalia que a exploração do Auxílio Brasil como
mote vai ajudá-lo a virar votos de eleitoras mulheres e, assim, a superar o
ex-presidente Lula no segundo turno.











