Ações que questionam abuso de poder e desinformação na
Justiça Eleitoral tiram o sono da deputada Carla Zambelli
A deputada federal Carla Zambelli tem um motivo para
fazer afagos a ministros de Cortes superiores. Ela teme ser cassada pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma das ações que tramitam contra ela.
Nesta quarta-feira (22/2), em entrevista à repórter Carolina
Linhares, a parlamentar disse que tem uma “expectativa” de que vá acordar com a
Polícia Federal em sua porta e que agora “não é hora” de bater no Supremo
Tribunal Federal (STF).
Se Zambelli fosse condenada e presa por algum crime comum
pelo STF, a Constituição a protegeria, como parlamentar, de ser presa. O TSE,
por outro lado, tem poder para interromper seu mandato, já que ela é acusada de
ilícitos eleitorais cuja pena é a cassação.
No início de fevereiro, Zambelli confessou a
interlocutores que estava preocupada com a linha que o TSE vem adotando em
processos de bolsonaristas e disse que, pelo que sabe, vê uma probabilidade
altíssima de ser cassada.
A deputada responde a cinco Ações de Investigação
Judicial Eleitoral (Aijes), três no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e
duas no Tribunal Superior Eleitoral.
Em todas, ela é acusada de abuso de poder político e de
autoridade, cuja pena pode levar à cassação. Adversários acionaram a Justiça
acusando a deputada de ter se beneficiado de desinformação para se reeleger, de
ter estimulado ataques à democracia e de ter cometido abuso dos meios de
comunicação para disseminar inverdades.