A CPI que apura os atos de 8/1 vai ouvir Mauro Cid e Anderson Torres, aliados de Bolsonaro, mas decidiu não chamar ex-ministros de Lula
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro aprovou, nesta terça-feira (13/6), a convocação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF. O colegiado, no entanto, decidiu poupar Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), e Ricardo Cappelli, secretário-executivo do GSI.
Os convocados são obrigados a ir ao colegiado para prestar informações. Investigados, no entanto, têm o direito de recusar a participação. Ainda não há data marcada para as audiências com Cid e Torres.
Outros nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro também tiveram convocação aprovada pelo colegiado. São os casos de Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente, e Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI. O ex-presidente da República também é alvo de pedido de convocação, mas, por acordo, foi poupado neste primeiro encontro do grupo.
O único nome ligado ao atual governo que foi convidado a falar na CPI é o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública.
Os requerimentos aprovados nesta terça solicitam que sejam enviados à CPI os relatórios encaminhados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aos órgãos do governo federal sobre os riscos da manifestação no dia 8 de janeiro. O colegiado também pede a remessa de arquivos e imagens, internas e externas, do Congresso Nacional, Superior Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Itamaraty e Ministério da Justiça; informações sobre defesa do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante ataques; provas não sigilosas produzidas no STF âmbito do Inquérito nº 4.879, que investiga os ataques; dentre outros.
Veja a lista dos nomes convocados nesta terça:
• Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça;
• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
• Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente;
• Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;
• Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;
• Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF;
• Jorge Naime, ex-comandante de Operações Polícia Militar do DF;
• Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF):
• Robson Cândido, delegado-geral da Polícia Civil do DF.
Os parlamentares também solicitaram informações a diversos órgãos públicos. Entre os pedidos, há vídeos com o registro dos atos de vandalismo nos edifícios do Congresso, STF e Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
O único nome ligado ao atual governo que foi convidado a falar na CPI é o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública.
Foto: Agência Senado