Parlamentares foram até a reunião de lideranças do
Congresso para pressionar pela abertura da sessão conjunta que instalaria a
CPMI
Pacheco decidiu adiar para semana que vem a sessão que
instalaria a CPMI do 8/1(foto: Eduardo Bolsonaro/Twitter/Reprodução)
Um grupo de deputados Bolsonaristas “invadiu” a reunião
de lideranças do Congresso, na tarde desta terça-feira (18/4), para pressionar
o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pela instauração da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pode investigar os atos
antidemocráticos do 8 de janeiro. O encontro discutia a sessão conjunta entre
senadores e deputados que estava marcada para hoje, mas foi adiada para o dia
26.
A sessão no Congresso Nacional iria analisar 26 vetos
presidenciais, três Projetos de Lei (PLN), incluindo o que garantiria o
pagamento do piso nacional da enfermagem, e a instalação da CPMI. No entanto, a
decisão de Pacheco atende ao pedido de parlamentares aliados ao governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pedem mais tempo para aprimorar
o mecanismo que viabilize o pagamento dos profissionais da saúde.
Já a oposição afirma que essa obstrução é uma estratégia
dos aliados do governo para tentar negociar a retirada de assinaturas da CPMI.
A tese dos bolsonaristas é de que o governo estaria com medo de uma
investigação, devido a uma suposta omissão durante a invasão às sedes dos três
poderes.
Para que a sessão conjunta ocorra, é necessário o mínimo
de 85 deputados no plenário do Congresso, número que, segundo os parlamentares
registravam nas redes sociais, chegou a passar de 145 pessoas
Entre os deputados federais que entraram na reunião de
Rodrigo Pacheco com as lideranças estavam: Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo
Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Julia
Zanatta (PL-SC), e André Fernandes (PL-CE), responsável por articular a criação
da CPMI.
Segundo a oposição, a CPMI possui assinaturas suficientes
para ser instalada e, com a sessão no Congresso, a leitura seria
“automática”. O requerimento possui assinatura de 192 deputados
(mínimo de 171) e de 35 senadores (mínimo de 27). Outros deputados criticam o
presidente do Senado.












