Louis Dreyfus Company Brasil S.A. foi condenada a pagar R$ 1,9
milhão por danos morais coletivos ao fundo do consumidor
Empresa de Rio Verde pode pagar R$ 2 mi após denúncias de
larvas e fezes em flocão de milho (Foto: Reprodução – Google Street View)
Uma empresa sediada em Rio Verde, no sudoeste de Goiás,
foi processada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) após consumidores
relatarem ter encontrado larvas, fezes e teias de aranha em seus produtos. A
Louis Dreyfus Company Brasil S.A. foi condenada a pagar R$ 1,9 milhão por danos
morais coletivos ao fundo do consumidor. Cabe recurso.
Mais de 80 consumidores apresentaram denúncias de irregularidades
nos produtos em menos de dois anos, sendo que a primeira denúncia surgiu após
uma consumidora ter preparado uma receita com farinha de milho flocada e a
filha dela ter passado mal.
A Louis Dreyfus Company é uma empresa global que trabalha
com produção, transformação e entrega de produtos agrícolas, incluindo
alimentos e bebidas, bioenergia, farmacêuticos e cosméticos, proteínas e
ingredientes, ração animal, têxteis e fibras.
Até o momento da reportagem, a nossa equipe não conseguiu
fazer contato com a defesa da empresa para obter sua posição sobre o assunto.
Conforme determinado pela promotoria, os valores serão
destinados ao Fundo Municipal de Direitos do Consumidor.
Entenda o caso
A investigação teve início após uma consumidora denunciar
que deu farinha de milho flocada para a filha, que começou a passar mal depois
de comer. Além disso, outro consumidor que comprou o mesmo produto relatou à
polícia ter encontrado um besouro na embalagem.
Perícias realizadas no produto confirmaram que ele estava
impróprio para consumo, apresentando indicativos aparentes de falhas nas
práticas de fabricação e higiene.
Após o ocorrido, a Polícia Civil de São Paulo solicitou
que a Secretaria de Saúde de Goiás fizesse uma inspeção nas instalações da
empresa, onde um auto de infração foi lavrado.
O Procon de Rio Verde realizou uma investigação e
constatou que a indústria cumpria os requisitos necessários para a fabricação
de produtos, atendendo às normas e padrões. No entanto, a promotoria fez
pesquisas em redes sociais e identificou reclamações envolvendo a farinha de
milho flocada produzida pela empresa.
De acordo com o MP, 23 das reclamações registradas
estavam relacionadas diretamente ao produto flocado e mencionavam corpos
estranhos encontrados dentro da embalagem, como larvas, fezes de animais, teias
de aranha e outros objetos não identificados.
Fonte: Mais Goiás