A decisão é do Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte
Ex-vereador de Mateus Lemes, na região central de Minas Gerais, Reginaldo Teixeira Rodrigues foi condenado a 18 anos de prisão pelo homicídio qualificado de Warlesson Oliveira Gonçalves em 2019. O caso foi julgado nessa segunda-feira (25/11) pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Segundo a decisão, o crime teria sido motivado por uma “queima de arquivo”.
De acordo com a sentença, a vítima tinha informações sobre crimes supostamente praticados por Reginaldo Teixeira. Além disso, seria uma possível ameaça para a impunidade pretendida pelo ex-vereador. Conforme apurado, os dois eram amigos e, na época dos crimes, a vítima trabalhava para o então vereador como assessor.
“O crime praticado foi qualificado pelo motivo torpe já que um dos motivos pelos quais o crime foi executado foi em razão de desacertos em atividades ilícitas praticadas por ambos, vítima e acusado, inclusive juntos, sendo que uma das atividades fora narrada na denúncia como sendo uma perda de carga de drogas pela vítima que se viu impelida pelo denunciado a pagá-la”, ressalta trecho da decisão.
Segundo o documento, Warlesson Oliveira Gonçalves foi encontrado morto amarrado e baleado. Conforme denúncia, o condenado teria atraído a vítima para o local, onde iniciaram uma discussão. “Com a ajuda de terceiros ainda não identificados, amarraram as mãos da vítima para ser levada até um local ermo, tendo sido esta levada em seu próprio carro, local onde foi morto pelos executores a mando do denunciado”, descreve.
Reginaldo Teixeira está preso desde junho de 2020, quando uma operação deflagrada pela Polícia Civil colocou ele como suspeito de, pelo menos, três homicídios. Atualmente, o ex-parlamentar está no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. A defesa do condenado ressaltou que vai entrar com recurso.
“A defesa inconformada com a decisão dos jurados já articulou ontem mesmo a apelação visando a nulidade daquele júri, porque a decisão dos jurados foi totalmente contrária às provas dos autos, inclusive as provas periciais”, explica o advogado de defesa, Ederson Pereira, para o Estado de Minas.
Em abril deste ano, o ex-vereador foi julgado pelo 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte por um homicídio ocorrido em 2007, quando Teixeira era policial civil. Nesse julgamento, Reginaldo foi absolvido por falta de provas e indícios de autoria.
Tribuna Livre, com informações do Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.