21/01/2025

Janja moverá um processo contra X por invasão de perfil.

Janja participou do programa de Lula e anunciou que deseja ressarcimento - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

A esposa do chefe de Estado acredita que é necessário responsabilizar as redes sociais para que elas atuem com maior rapidez em situações de hackeamento, e principalmente, para aprimorarem os mecanismos de segurança oferecidos aos usuários.

A primeira-dama Janja Lula anunciou ontem que entrará com um processo contra a plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), após ter sua conta hackeada na semana passada. Ela destaca a necessidade de responsabilizar e regular as redes sociais para prevenir casos semelhantes e garantir uma atuação mais robusta na segurança dos usuários.

“Não sei nem onde processar, se processo no Brasil, se processo nos Estados Unidos. Porque processá-los eu vou, de alguma forma”, afirmou Janja durante o programa semanal Conversa com o Presidente, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela ressalta que é preciso responsabilizar essas plataformas globalmente, destacando que o problema não se limita ao Brasil.

Janja expressa sua insatisfação com a demora para bloquear o perfil após o ataque hacker ter sido identificado, mencionando um período de uma hora e meia. Além disso, ela critica Elon Musk, o proprietário da X, e o modelo de monetização das plataformas, argumentando que, mesmo em situações negativas, o lucro é priorizado.

“Elon Musk ficou muito mais milionário com aquele ataque. É essa a questão. A gente precisa não só da regularização das redes, mas a gente precisa discutir a monetização das redes. Porque, hoje, não importa se é do bem ou do mal, eles ganhando dinheiro, está tudo bem”, destaca Janja, que no domingo anterior havia acusado a rede social de “lucrar em cima do ódio”.

Desde a invasão dos perfis de Janja, parlamentares governistas têm pressionado pela aprovação do Projeto de Lei 2.630, o PL das Fake News, que visa estabelecer novas diretrizes para as redes sociais em relação à disseminação de notícias, divulgação de informações falsas e impulsionamento de conteúdo político. O projeto encontra-se estagnado desde maio.

Nicolo Zingales, professor da FGV, destaca que a Lei Carolina Dieckmann prevê a responsabilização do invasor em casos de invasão de perfis, contas e dispositivos. No entanto, ele observa a falta de previsão de responsabilização dos intermediários, representados, no caso de Janja, pelas big techs. A advogada Marcela Joelsons, especialista em proteção de dados, enfatiza que, na invasão dos perfis de Janja, as plataformas podem ser responsabilizadas pelo conteúdo gerado por terceiros.

Tribuna Livre, com informações da SECOM/PR

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