Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden ofereceu apoio na
investigação e diz que os dois países continuarão em contato nas próximas
etapas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou na noite desta
terça-feira (15/11) para o presidente da Polônia, Andrzej Duda, depois do
bombardeio atribuído à Rússia que causou a morte de dois poloneses. O
Ministério das Relações Exteriores da Polônia confirmou o ataque e informou que
o projétil atingiu a aldeia de Przewodów, na província de Lubelskie, que faz
fronteira com a Ucrânia, durante um “bombardeio maciço” ao território ucraniano.
Além de prestar condolências, Joe Biden ofereceu apoio na
investigação sobre a explosão. “Ambos os líderes decidiram ficar em contato,
assim como suas equipes, para determinar os próximos passos à medida que a
investigação avança”, informou a Casa Branca.
Ofensiva
Desde segunda (14/11), a Rússia intensificou sua ofensiva com
uma série de ataques aéreos a alvos da rede de energia da Ucrânia. A Polônia é
um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), organização
militar integrada pelos Estados Unidos e que sempre ameaçou responder
militarmente se fosse atacada pelos russos.
O grupo, que reúne 30 países, incluindo potências como EUA,
Canadá, Reino Unido e França existe desde a 1949, período da Guerra Fria. A
aliança era uma forma de oposição à União Soviética, extinta em 1991. O tratado
da organização prevê reação em caso de ataques a um dos países-membros.
Apesar de não ser membro, a Ucrânia é parceira da Otan, e este
status confere algum nível de proteção entre os outros membros, o que garantiu
a Kiev armamento para enfrentar as tropas russas. Os ucranianos pleiteavam
entrada no grupo, o que foi um dos motivos para a invasão russa.
O temor russo era ter em seu “quintal” uma presença forte de um
país associado aos EUA com o selo da Otan – Vladimir Putin tenta impedir que
bases militares ocidentais sejam criadas para, eventualmente, serem usadas
contra a Rússia no futuro.
Em março deste ano, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky,
admitiu que o país não deverá integrar a aliança, mas não desfez o status de
parceiro. A Rússia também foi contrária à adesão da Finlândia e da Suécia ao
grupo, em meio à Guerra na Ucrânia.