Agora o atual presidente Lula se deu conta que o tal presidencialismo de
coalisão nada mais é do que o governo passar a ser manobrado pelas casas
legislativas e principalmente pela vontade de seus presidentes que pautam a seu
bel-prazer temas de seus interesses.
Terra Brasil Notícias
Foto: Reprodução.
A presidência da República não tem mais o protagonismo de
outrora, depois dos escândalos do mensalão e da operação lava-jato, além do
impeachment de Dilma Rousseff, o congresso e o STF tomaram pra si a deliberação
das principais pautas nacionais e a Presidência da República se apequenou,
prova disso foi o governo Bolsonaro que praticamente não conseguiu emplacar
suas diretrizes, principalmente as identitárias, as bandeiras levantadas por
Bolsonaro em 2018 foram anuladas, ora pelo congresso, ora pela Suprema Corte
que decidiu praticamente tudo, sempre sendo acionada por partidos de esquerda,
tolhendo a vontade popular da maioria que elegeu o presidente de uma corrente
mais a direita e conservadora.
Agora o atual presidente Lula se deu conta que o tal
presidencialismo de coalisão nada mais é do que o governo passar a ser
manobrado pelas casas legislativas e principalmente pela vontade de seus
presidentes que pautam a seu bel-prazer temas de seus interesses. As medidas
provisórias, uma arma que era muito usada nos governos petistas passados, já
não se sustenta em pé, seja por uma decisão do STF quando provocado, seja da
análise pelas casas legislativas que derrubam ou deixam caducar para que se
perca a validade.
O governo Lula se vê em uma situação difícil, gastou
praticamente todo seu poder de barganha para aprovar a PEC da gastança e vencer
a disputa pela presidência do senado, prova disso é o controle do Banco Central
que é agora autônomo e Lula sonha com a chave do cofre para poder controlar a
política monetária do país, quando quis se insurgir para derrubar o atual
presidente, Campos Neto, indicado por Bolsonaro, a base “aliada” avisou que ele
lutaria uma guerra perdida. O governo lula fatalmente está fadado ao fracasso e
não conseguirá fazer o que lhe der na “telha”, provavelmente será como ele
mesmo apontou, uma espécie de “Rainha da Inglaterra”.
Junior Melo (Advogado e Jornalista)