As autoridades declararam estado de emergência por duas
semanas e distribuíram máscaras para proteger a população das cinzas
Agência France-Presse
(crédito: JUNI KRISWANTO / AFP)
Lumajang, Indonésia- A operação de retirada de moradores
prosseguia nesta segunda-feira (5/11) na ilha indonésia de Java, um dia após a
erupção do vulcão Semeru, onde a atividade parecia menor.
Quase 2.500 moradores deixaram a região e foram levados
para 11 abrigos depois que o vulcão na maior montanha da ilha de Java entrou em
erupção.
“O exército, a polícia e as autoridades locais
continuam retirando as pessoas de Curah Kobokan, que pode ser atingida pela
nuvem de cinzas quentes e por lava resfriada”, disse Abdul Muhari,
porta-voz da Agência de Prevenção de Desastres Naturais da Indonésia.
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“Até o momento retiramos 2.489 pessoas”,
acrescentou.
As autoridades declararam estado de emergência por duas
semanas e distribuíram máscaras para proteger a população das cinzas. Também
instalaram cozinhas públicas para atender os moradores afetados.
Na manhã de segunda-feira, dezenas de moradores do
distrito de Lumajang, onde fica Semeru, visitaram suas casas cobertas de cinzas
para recuperar objetos pessoais e depois retornaram para os abrigos.
Alguns retiraram seu gado da área. Outros carregaram
aparelhos de TV e geladeiras.
Muhari disse que a observação do monte Semeru nesta
segunda-feira mostra uma atividade vulcânica menor, mas que os fluxos de lava
representam um grande perigo.
“Queremos assegurar que não há nenhuma atividade
(econômica) na área pela qual a lava fria e a nuvem de cinzas quentes podem
passar”, disse.
A última erupção do vulcão Semeru, há exatamente um ano,
matou pelo menos 51 pessoas. Quase 10.000 moradores foram obrigados a abandonar
suas casas.
A Indonésia está localizada no Círculo de Fogo do
Pacífico, onde o choque das placas tectônicas provoca uma forte atividade
vulcânica e sísmica.
O arquipélago do sudeste asiático tem quase 130 vulcões
ativos.