09/05/2025

O Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF) indicam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) realizou pesquisas sobre os endereços dos parlamentares Arthur Lira e Rodrigo Pacheco como parte de uma “missão”.

Segundo relatório, facção criminosa pesquisou endereços de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco - (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)

Uma investigação conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal revelou uma pesquisa detalhada sobre as residências dos presidentes da Câmara e do Senado. Até o momento, não há informações sobre qual seria o propósito dessa ação nem quem seria o responsável pelo plano.

Relatórios de inteligência do Ministério Público Federal de São Paulo e da Polícia Federal indicam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) realizou uma minuciosa pesquisa sobre os endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma “missão”. No entanto, o documento não especifica qual seria o plano executado. A informação foi divulgada antecipadamente nesta quinta-feira (7/12) pelo jornal Folha de São Paulo.

Conforme apontado pelo Ministério Público, além de levantar a localização das residências oficiais dos líderes do Congresso, a facção criminosa enviou um grupo seleto de membros para Brasília a fim de executar a missão. Em um celular de um dos alvos da investigação, os agentes da PF encontraram fotos aéreas das residências oficiais de Lira e Pacheco, acompanhadas de comentários sobre os imóveis. Essas imagens foram capturadas na internet em 29 de novembro de 2022.

A descoberta desse plano ocorreu no contexto do inquérito que desmantelou uma ação do PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Em setembro, a Justiça Federal do Paraná acatou a denúncia do Ministério Público contra nove suspeitos de planejar o crime.

A polícia também identificou pesquisas sobre imóveis para compra na Península dos Ministros, no Lago Sul, em Brasília, área onde ficam localizadas as residências dos líderes do Legislativo. Para os investigadores, esses dados “demonstram que houve determinação da cúpula para que esse setor do PCC, a célula Restrita, realizasse esses levantamentos das referidas autoridades da República”.

O relatório indica que, em 9 de maio deste ano, dois meses após a operação que visava Sergio Moro, Janeferson Gomes, conhecido como Nefo e apontado como chefe da ‘célula Restrita,’ acionou outros membros do PCC para a missão. Também foram registrados gastos com “aparelhos celulares, aluguel de imóvel, transporte, seguro, IPTU, alimentação, hospedagem, mobília do imóvel, compra de eletroeletrônicos”. Segundo o Ministério Público, pelo menos 44 mil reais foram destinados ao plano da facção.

Tribuna Livre, com informações da Agência Brasil

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