A implementação de novas diretrizes para o acesso a equipamentos contribuiu para a diminuição no número de armas legais no Brasil, de acordo com informações do Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
A quantidade de novos registros de armas de fogo para defesa pessoal junto à Polícia Federal (PF) teve uma redução de aproximadamente 82% (81,7%) em 2023, em comparação com o ano anterior, conforme divulgado pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm) nesta terça-feira (2/12). Em 2022, foram registradas 114.044 armas, enquanto neste ano houve 20.822 novos cadastros.
Segundo a PF, a diminuição nos registros de armas pela população civil é resultado de medidas implementadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início do mandato, no ano passado. O delegado Humberto Brandão, chefe da divisão nacional de controle de armas da PF, destacou que as alterações promovidas pelo governo tornaram o processo de registro mais rigoroso.
Ele enfatizou: “Não basta uma alegação abstrata de que a pessoa tem necessidade. Ela precisa demonstrar, no caso concreto, que efetivamente as circunstâncias reais denotam que ela precisa daquela arma, de ter uma arma para a sua segurança pessoal”, em entrevista ao portal g1.
Em 2023, o presidente Lula assinou dois decretos relacionados a armas. O primeiro estabeleceu o limite de três armas para a compra por pessoas físicas, reduzindo de quatro o número permitido anteriormente. Além disso, suspendeu as concessões de novos registros para clubes e escolas de tiro, além de restringir a posse de armas por pessoas que respondem a inquérito policial ou ação penal.
O segundo decreto do governo teve como objetivo limitar a posse de armas no país, reduzindo o número permitido para caçadores, atiradores e colecionadores, com requisitos mais rigorosos em termos de quantidade e autorização do Ibama.
Tribuna Livre, com informações do Sistema Nacional de Armas (Sinarm)