03/09/2025

Os dados do Banco Central indicam que o investimento direto no país registrou uma queda de 43% em outubro.

No ano acumulado do ano, o fluxo de IDP ficou em US$ 44,937 bilhões - (crédito: José Cruz/Agência Brasil)

A autoridade monetária estima um saldo de US$ 65 bilhões em investimentos diretos na conta do país neste ano.

Os Investimentos Diretos no País (IDP) totalizaram US$ 3,306 bilhões em outubro, registrando uma queda de 43% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando atingiram US$ 5,826 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central no Relatório de Estatísticas do Setor Externo, nesta segunda-feira (04/11).

No acumulado do ano, o fluxo de IDP alcançou US$ 44,937 bilhões, enquanto em 12 meses, o saldo de investimento estrangeiro atingiu US$ 57,522 bilhões, equivalendo a 2,74% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, explicou que a redução ocorreu após um patamar mais elevado no pós-pandemia, destacando que, mesmo com a queda, os valores permanecem significativamente superiores aos déficits em transações correntes observados anteriormente. Ele afirmou que a instituição projeta um aumento de ingresso de recursos no último trimestre do ano, com uma expectativa de saldo de US$ 65 bilhões para a conta em 2023.

No mês de outubro, as contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 230 milhões, o menor saldo negativo desde 2006. A redução foi impulsionada pela balança comercial, que atingiu US$ 7,4 bilhões, diminuindo o déficit em US$ 5,4 bilhões em comparação com outubro de 2022.

O relatório também apontou um aumento nas exportações de bens, totalizando US$ 29,7 bilhões, um aumento de 7,6% em relação ao ano anterior. Por outro lado, as importações recuaram 12,7%, atingindo US$ 22,3 bilhões na mesma base de comparação.

O déficit em transações correntes nos últimos 12 meses, encerrados em outubro, foi de US$ 34,0 bilhões, representando 1,62% do PIB. Esses números mostram uma situação externa considerada “bastante confortável” pelo chefe do departamento de estatísticas, destacando o fortalecimento da posição externa do Brasil mediante as reduções de déficit das transações correntes, impulsionadas pelo superávit da balança comercial.

Tribuna Livre, com informações do BC

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