As quantias, que podem atingir até R$ 100 mil, têm a perspectiva de serem recuperadas ainda em 2023.
Cerca de 470 mil brasileiros têm a possibilidade de recuperar as perdas ocasionadas pelos planos econômicos Bresser, Verão Callor I e Collor II, por meio de um acordo coletivo estabelecido em 2017. A Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo) realizou um levantamento e estima que esses cidadãos podem receber valores que variam de R$ 3 mil a R$ 100 mil ainda neste ano.
De acordo com a Febrapo, aproximadamente 70% dessas pessoas têm a receber até R$ 30 mil. Estima-se que cerca de 300 mil indivíduos já tenham se beneficiado do acordo coletivo, com o retorno do dinheiro ocorrendo em até 15 dias após a adesão.
Aqueles que optarem por não aderir ao acordo permanecem com seus processos, mas sem garantia ou previsão de ressarcimento, uma vez que os processos estão suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para verificar se há algum valor a receber, é necessário entrar em contato com a Febrapo. Aqueles que já estão cientes do andamento do processo e desejam participar do acordo para receber os fundos também devem contatar a entidade.
Os bancos parceiros que participam do acordo incluem Banco Itaú, Banco Bradesco, Banco Santander, Banco do Brasil, Banco Safra e Caixa Econômica Federal.
Os planos econômicos Bresser, Verão Callor I e Collor II foram implementados como medidas para conter a hiperinflação. O Plano Bresser, em 1987, sob o governo de José Sarney, incluiu congelamento de preços e salários, assim como desvalorização da taxa de câmbio.
No governo Sarney, também ocorreu o Plano Verão, com congelamento de preços, alterações na remuneração da poupança, controle de gastos e introdução de uma nova moeda, o Cruzado Novo.
Já no governo de Fernando Collor de Mello, foram implementadas medidas como controle cambial, privatização de empresas públicas, redução de ministérios e a mudança da moeda de Cruzado para Cruzeiro. Além disso, ocorreu o confisco da caderneta de poupança, onde o governo reteve os fundos dos poupadores, prometendo devolvê-los após 18 meses com juros, o que não se concretizou.
Tribuna Livre, com informações da A Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo)