Promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de
Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo, também era alvo
Policiais federais encontraram nesta quarta-feira (22/3)
um esconderijo atrás de uma parede falsa em um dos endereços alvo da operação
contra o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de ataques a autoridades.
Os criminosos, conforme, planejavam sequestrar e matar o senador Sergio Moro
(Republicanos-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo
de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). Nove
pessoas foram presas.
Os mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos em
cinco unidades da Federação: Roraima, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do
Sul e São Paulo. De acordo com as diligências da PF, os ataques poderiam
ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de
São Paulo e Paraná.
O esconderijo foi feito em uma casa alvo de operação em
São Paulo.
Investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que integrantes do PCC já haviam
dado início à execução do plano para sequestrar e matar o ex-juiz e senador
Sergio Moro e o promotor Lincoln Gakiya.
Os criminosos alugaram imóveis na rua do senador e
chegaram a seguir a família do ex-juiz desde, pelo menos, janeiro deste ano.
Devido ao risco de atentado, Sergio Moro e seus familiares já estavam com
escolta da Polícia Militar do Paraná.
O PCC é facção comandada por Marcos Willians Herbas
Camacho, conhecido como Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a
transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do
ano seguinte, o chefe do PCC foi trazido para a Penitenciária Federal de
Brasília.
No chamado pacote anticrime, Moro propôs, dentre outras
medidas, a vedação da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos,
inclusive com os seus advogados, em presídios federais.
De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de
Moro e de outras autoridades seriam executados para obter dinheiro e conseguir
o resgate de Marcola, que no início deste ano foi trazido do Presídio Federal
de Porto Velho (RO) para o de Brasília.
Mandados de prisão
Cerca de 120 policiais federais cumprem 24 mandados de
busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de
prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e no Paraná.
Os policiais encontraram joias, carro de luxo, moto,
dinheiro em espécie e um cofre na casa dos investigados.
O nome da operação se refere ao ato de seguir, vigiar,
acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o
levantamento de informações das possíveis vítimas.