Investigações apontam que as fraudes começaram em 2022
A Operação Transata da Polícia Civil de Goiás deflagrada nesta quarta-feira (5), que mira um suposto esquema de fraude em licitações e contratos na Secretaria de Infraestrutura Urbana de Goiânia (Seinfra) identificou indícios de superfaturamento de até 973% em contratos de aquisição de projetores de iluminação, junto a empresas do segmento e aproximadamente R$ 22 milhões em movimentações financeiras.
As investigações apontam que as fraudes começaram em 2022, após a nomeação do então secretário Denes Pereira, exonerado nesta quarta-feira (5) após a operação. A polícia cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e na sede da Seinfra, e determinou o bloqueio de bens e o afastamento do sigilo bancário e fiscal dos investigados.
Além do sobrepreço na compra de projetores, a polícia identificou um aumento de 496% nos valores de contratos com uma das empresas investigadas após a nomeação de Denes Pereira. As irregularidades incluem adesões irregulares a atas de registro de preço, direcionamento de contratos e aquisição de produtos em quantidades superiores ao permitido ou com especificações inadequadas.
A Prefeitura de Goiânia afirmou que colabora com as investigações e que os serviços de iluminação não serão afetados. O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) anunciou o afastamento de Denes Pereira e destacou que a investigação não atinge empresas que realizam obras de revitalização asfáltica na cidade.
Entendendo os contratos
Esses contratos foram para compras de luminárias públicas de led, materiais para manutenção de iluminação decorativa e de eventos, contratação de serviços de reforma, locação e até instalação de figuras de decoração de natal.
Além disso, as transações envolveram fornecimento de materiais elétricos, ferramentas e equipamentos de proteção individual, fornecimento de luminárias, braços ornamentais e postes metálicos.
Os mandados são cumpridos na casa do secretário de Infraestrutura, Denes Pereira, na sede da Seinfra, em oito sedes de empresas, e em casas de pessoas de sócios administradores e funcionários.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil de Goiás