O militar foi
considerado culpado de evasão do serviço militar por mais de um mês, durante um
período de mobilização
Agência France-Presse
(crédito: GENYA SAVILOV / AFP)
Moscou, Rússia- Um tribunal russo condenou um soldado a
cinco anos de prisão por se recusar a lutar na Ucrânia, informaram fontes
judiciais nesta quinta-feira (12/11).
O julgamento ocorreu no tribunal militar de Ufa, na
República de Bashkortostan (Urais).
“Recusando-se a participar da operação militar
especial” lançada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro, Marsel Kandarov, de
24 anos, não compareceu ao seu local de serviço em maio, informou a assessoria
de imprensa dos tribunais de Bashkortostan.
Em setembro, ele foi “encontrado” pelas forças de
segurança, segundo a mesma fonte.
O militar foi considerado culpado de evasão do serviço
militar por mais de um mês, durante um período de mobilização, e foi condenado
a cinco anos de detenção em uma colônia penal, segundo o comunicado.
Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou
a mobilização de 300.000 reservistas, após vários reveses militares russos na
Ucrânia. Dezenas de milhares de homens deixaram o país para evitar ir para a
frente de batalha.
Em outro julgamento, um tribunal militar em Moscou
condenou um reservista a cinco anos e meio de regime fechado em uma colônia
penal por “bater” em um oficial durante uma discussão, informou a
agência estatal russa TASS.
Segundo a agência, o reservista expressou
“insatisfação” com a organização do treinamento para os mobilizados
perto de Moscou e, em seguida, soprou fumaça de cigarro no rosto de um oficial
e lhe deu um soco.