06/12/2025

Micro e pequenos empreendedores crescem com o apoio do GDF

Linhas de crédito com juros baixos, economia solidária e promoção de eventos para exposições de trabalhos estão entre os incentivos para o setor que mais emprega no país As micro e pequenas empresas são fortes geradoras de empregos com carteira assinada no país. Segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em julho de 2023, 79,8% das vagas abertas no Brasil foram absorvidas pelos pequenos negócios. Isso representa 113,8 mil postos de trabalho de um total de 142,7 mil. Esse montante representa uma média de 3.670 vagas formais geradas a cada dia. O volume total criado pelas micro e pequenas empresas (MPEs) é quase seis vezes maior que o número de contratações das médias e grandes empresas (MGEs), que concentraram 13,5% das vagas criadas. Os demais postos são preenchidos em instituições sem fins lucrativos, pessoas físicas e a administração pública. O Governo do Distrito Federal (GDF) conta com programas para fomentar o mercado e proporcionar incentivo aos microempreendedores, a partir de linhas de crédito e outras ações no mercado. “A secretaria tem trabalhado para formalizar o empreendimento de quem está iniciando um negócio e fomentar e impulsionar o desenvolvimento de pequenos empreendedores”Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda “A secretaria tem trabalhado para formalizar o empreendimento de quem está iniciando um negócio e fomentar e impulsionar o desenvolvimento de pequenos empreendedores. Para isso, temos, por exemplo, o programa Prospera, que oferece crédito fácil e orientado para esse público específico”, afirma Thales Mendes, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). De acordo com a coordenadora da Subsecretaria de Microcrédito e Economia Solidária da Sedet-DF, Bárbara Oliveira, as micro e pequenas empresas foram muito impactadas pelo período pandêmico entre 2020 e 2021. “Percebo bastante no pós-pandemia uma retomada econômica. As médias e pequenas empresas sofreram mais e muita gente que perdeu o emprego na pandemia se tornou MEI (microempreendedor individual)”, observa. Programa Prospera Promovido pela Sedet-DF, o Prospera oferece microcrédito para quem está começando, de forma desburocratizada e gratuitamente. Coordenado pela Subsecretaria de Microcrédito e Economia Solidária, o programa concede empréstimos produtivos e orientados para micro e pequenas empresas, pequenos empreendedores do setor formal e informal da economia – como feirantes, artesãos, manualistas e trabalhadores autônomos. O crédito vem do Fundo para Geração de Emprego e Renda (Funger). Para a liberação de crédito, é necessário estar quite com a Secretaria de Fazenda do DF, com certidão negativa de débito. As linhas de crédito são de acordo com questões socioeconômicas. Pessoas inscritas no Cadastro Único podem ter acesso à chamada linha social, que disponibiliza até R$ 2.500. Para quem está empreendendo por conta própria e não está na categoria de baixa renda, a linha de pessoa física oferece até R$ 8 mil. Já a linha de pessoas jurídicas possui um limite de até R$ 57 mil de capital de giro para empresas de pequeno porte, com CNPJ, e para microempreendedores individuais (MEI). Existem, ainda, os grupos de aval solidário, com até R$ 25 mil para investimento. As taxas de juros também variam de acordo com a linha de crédito. Para as linhas de pessoas físicas e jurídicas é de 0,9%, enquanto para a social é de 0,4%. “O intuito é trazer esse incentivo mesmo. Acreditamos muito na força do trabalho empreendedor e sabemos o quanto é importante e muda a vida das pessoas. A mensagem é para as pessoas acreditarem nos seus projetos e procurarem a nossa secretaria. Estamos abertos para auxiliar na segurança de cada um”, destaca a subsecretária de Microcrédito e Economia Solidária da Sedet, Bárbara Oliveira. Para se inscrever no Prospera ou ter mais informações, é só acessar o site da Sedet ou ir a qualquer agência do trabalhador. Lá, é possível iniciar o processo de crédito. Além dos créditos, a Sedet organiza espaços para que artesãos e outros profissionais consigam mostrar trabalhos em feiras e exposições. Microempresa, grandes mudanças Lucas Feres é o proprietário da loja The Pet Shop Roots, que será inaugurada neste mês. O veterinário e a esposa, Samira, abriram a empresa para oferecer serviços de banho e tosa, além de creche e day care para animais de estimação. A expectativa é, a partir dos três empregos já concretizados, gerar mais de 20 postos de trabalho em um ano. O empreendedor comenta que, a partir da consultoria do Sebrae, descobriu que o negócio era viável. Com o Prospera, ele e a esposa levantaram as linhas de crédito e estruturaram a empresa. “O microempresário brasileiro, no geral, é mal instruído sobre saber a que hora pedir um capital de giro, separar a forma física da jurídica, entre outras coisas importantes. O Sebrae me deu uma percepção de mercado e uma formação necessária para o negócio. Essas linhas de crédito e essa fomentação precisam chegar ao ouvido dos microempresários. O meu empreendimento não existiria sem esse conhecimento técnico”, afirma Lucas. Parceria com o Sebrae Outra parte de incentivo aos microempreendedores de Brasília é o Sebrae, entidade privada brasileira de serviço social e sem fins lucrativos, criada em 1972 com o objetivo de capacitar e promover o desenvolvimento econômico e a competitividade de micro e pequenas empresas no país. O empresário Vitor Ferreira da Silva, 23 anos, teve o apoio do Sebrae e de outros programas, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), na Sucopira, fornecedora de sucos naturais e kombuchas (um chá fermentado, levemente efervescente e adoçado). “O Sebrae é um braço estratégico da empresa até hoje. Existem projetos rodando que nos apoiam em pequenas estruturações, como transformar digitalmente a produção”, exemplifica o empreendedor. Vitor conta que a empresa começou com a vinda do fundador para Brasília que, a princípio, trabalhava com buffets, parte de comida e bebida. Segundo ele, a bebida fazia tanto sucesso que as pessoas chegavam a contratar o buffet por causa do suco. Em 2009, com o crescimento dos food trucks, veio a ideia de levar a Sucopira para o movimento de rua e, em 2013, nasceu

Descarte de medicamentos pode ser feito nas UBSs e farmácias do DF

Desconhecimento leva muitas pessoas a jogar remédios no lixo comum, o que gera grave prejuízo ambiental e à saúde humana; saiba como proceder com produtos vencidos O descarte inadequado de medicamentos acarreta graves prejuízos ao meio ambiente e riscos à saúde humana. Muitas vezes, por desconhecimento, remédios, fora da validade ou não, são descartados pela população no lixo comum reciclável. Ocorre, porém, que esses resíduos são levados ao aterro sanitário e, no local, contaminam o chorume produzido, que, por consequência, polui lençóis freáticos e outros corpos d’água da região, como lagos e córregos. A estudante Jullia Monteiro, 27 anos, pesquisou como realizar o descarte dos produtos e descobriu que, no Distrito Federal, os remédios sem utilidade precisam ser encaminhados pela população às unidades básicas de saúde (UBSs) ou às farmácias. “Como minha mãe é cardíaca, ela acaba tomando muitos remédios. Eu espero juntar uma boa quantidade e, no fim do mês, levo para a farmácia ou para a UBS. Acho que essa é uma prática que todos deveríamos ter justamente para evitar contaminação do meio ambiente”Jullia Monteiro, estudante “Como minha mãe é cardíaca, ela acaba tomando muitos remédios. Eu espero juntar uma boa quantidade e, no fim do mês, levo para a farmácia ou para a UBS. Acho que essa é uma prática que todos deveríamos ter justamente para evitar contaminação do meio ambiente”, relata. Hoje, além das UBSs, existem mais de 2 mil estabelecimentos farmacêuticos credenciados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para fazer o recolhimento dos medicamentos. “O GDF tem um contrato com empresas que vão a esses locais, recolhem corretamente esses medicamentos e dão a destinação própria a eles, que é a incineração, em função do risco causado por estes resíduos químicos”, explica o diretor de Vigilância Sanitária, André Godoy. Para se ter uma ideia do estrago causado pelo descarte irregular, a Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) estima que 1 kg de medicamentos seja capaz de contaminar até 450 litros d’água. “A prática pode parecer até inofensiva, mas há um potencial destrutivo em termos de contaminação ao meio ambiente. Esses medicamentos podem conter substâncias tóxicas ou que podem se tornar tóxicas após a sua decomposição”, alerta o subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema-DF, Glauco Amorim. Amorim destaca que a contaminação dos corpos d’água também afeta todos os organismos vivos que dependem do consumo dessa água. “Isso inclui os peixes que neles vivem e as pessoas que consomem esse animal ou a própria água contaminada”, prossegue. Há, ainda, o risco de que o remédio jogado fora de maneira inadequada acabe contaminando terceiros, como garis e catadores que recolhem e realizam a triagem do lixo comum. Como descartar Os medicamentos não devem ser levados de qualquer maneira pela população às UBSs ou às farmácias. O ideal é que os produtos sejam mantidos nas embalagens originais, como as populares cartelas de comprimido, por exemplo. Objetos perfurocortantes também requerem cuidados especiais. Nesse caso, itens como seringas, agulhas e similares precisam ser armazenados em recipientes resistentes, como latas, recipientes plásticos e caixas sólidas, a fim de mitigar eventuais acidentes. Apenas as chamadas embalagens secundárias, ou seja, que não tiveram contato direto com o remédio, podem ser descartadas no lixo reciclável comum. É o caso das bulas e caixas. Frascos, tubos de pomada e vidros de xarope, por sua vez, só devem ser dispensados no lixo comum depois de completamente vazios. Mas, atenção, o conteúdo destes recipientes não deve ser depositado na pia ou no vaso sanitário, pois os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar todas as substâncias químicas presentes nos produtos. Fiscalização A fiscalização do descarte de remédios é feita pela Vigilância Sanitária em parceria com o Brasília Ambiental e a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal). Em caso de flagrante de descarte irregular, a população deve denunciar pela Ouvidoria do GDF ou pelo telefone 162. É só por meio da denúncia que as pastas mapeiam a atuação dos fiscais. O subsecretário de Fiscalização de Resíduos da DF Legal, Edmilson da Cruz Gonçalves, ressalta que, entre as penalidades cabíveis, o autor do descarte irregular pode ser multado em até R$ 26,9 mil. “A lei vale tanto para pessoa jurídica quanto para pessoa física. Caso o infrator seja identificado, será multado de acordo com a legislação”, enfatiza. Além dos canais de denúncia, o GDF também disponibiliza um mapa de pontos de entrega voluntária em todo DF aptos ao recolhimento de resíduos especiais, que vão desde medicamentos e eletroeletrônicos a pilhas, baterias e chapas de raios-X. | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O Governo do Distrito Federal (GDF) tem 2 mil estabelecimentos farmacêuticos credenciados, além das UBSs, para fazer o recolhimento dos medicamentos

Rede de atendimento a acidentes com animais venenosos tem 11 unidades no DF

Veja as orientações sobre o que fazer e onde procurar ajuda caso sofra um ataque de escorpião, aranha ou outra espécie peçonhenta De janeiro até 21 de agosto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou 2.180 acidentes com animais peçonhentos. Em 2022, durante todo o ano foram contabilizados 2.752 casos de picadas de serpente, aranha, escorpião, lagarta e outros. A SES-DF está preparada para atender a população em casos de picadas desses animais. Onze hospitais da rede pública possuem soros antiveneno para serem aplicados em pacientes que apresentem estado moderado ou grave. A rede privada de saúde não disponibiliza a medicação. Os hospitais particulares podem encaminhar os pacientes a uma unidade regional ou solicitar o contraveneno à rede pública. “O número de acidentes com escorpião aumentou muito, e temos em Brasília um dos animais mais perigosos, que é o escorpião-amarelo, com uma picada mais severa. A possibilidade de gravidade é maior e requer mais cuidado no atendimento”, destaca a médica Andrea Amora, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do DF. O que fazer? A SES-DF destaca que o atendimento imediato é fundamental para a sobrevivência das vítimas e a redução de possíveis sequelas. “No caso de acidentes com um animal peçonhento, qualquer que seja o animal, a principal recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar o atendimento médico nos hospitais da rede pública. Nas unidades de saúde, o paciente em caso grave poderá receber o soro antiveneno e a medicação sintomática para que o quadro clínico não evolua”, explica Amora. Os casos podem ser classificados como leve, moderado e grave. Nesses dois últimos quadros clínicos, na maioria das vezes é necessário aplicar soro. A médica afirma que a medicação é a única capaz de neutralizar o veneno no organismo dos pacientes. “As primeiras 48 horas, até no máximo 72 horas, são o tempo hábil para a aplicação do soro, para que a fração do veneno no organismo seja neutralizada. Após esse período, ele perde a efetividade e, com isso, os pacientes podem ter maiores alterações no quadro clínico, pois o veneno continuará agindo no corpo. Além disso, é preciso o uso racional do medicamento. Em muitos casos, a observação do quadro clínico é mais importante para se avaliar os sintomas”, ressalta a profissional. Ela alerta ainda que é necessário redobrar os cuidados com crianças menores de 3 anos e com idosos, pois esses grupos concentram os pacientes com maior potencial de gravidade. As unidades que disponibilizam o soro antiveneno na capital são: → Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Asa Sul; → Hospital Regional Guará; → Hospital Regional Brazlândia; → Hospital da Região Leste, Paranoá; → Hospital Regional Ceilândia; → Hospital Regional Gama; → Hospital Regional de Santa Maria; → Hospital Regional Planaltina; → Hospital Regional Sobradinho; →Hospital Regional Taguatinga; → Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O Hospital Regional de Samambaia não armazena os medicamentos, mas pode solicitá-los sempre que preciso à unidade de atendimento mais próxima, em Taguatinga. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da SES-DF, também auxilia com informações sobre os primeiros cuidados, pelos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. Se for possível, é recomendado que o animal seja capturado ou que uma foto dele seja feita para identificá-lo. Como se prevenir Escorpiões e outros animais peçonhentos se escondem em ambientes úmidos e escuros durante o dia e saem em busca de alimento à noite. Por isso, é importante ter atenção em locais como entulhos, ralos e caixas de esgoto. A SES-DF aponta que é essencial manter casas e quintais limpos e sem entulho para combater a proliferação de insetos. “É um problema de saúde pública em praticamente todas as cidades do país. É importante manter os ambientes limpos, limpar a caixa de gordura, evitar deixar migalhas espalhadas pela casa e ter cuidado com o lixo, pois tudo isso atrai as baratas, que servem de alimento para outros insetos. Essas ações acabam por proteger as crianças”, pontua Andrea Amora. O uso de inseticida não é recomendado, já que não há comprovação de que o remédio funcione com escorpiões. Se um escorpião for encontrado, é necessário entrar em contato com a Vigilância Ambiental por meio dos números 160 e (61) 2017-1344, ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Onze hospitais da rede pública do DF têm soros antiveneno para pacientes que se encontram em estado moderado ou grave após acidente com animais peçonhentos

Campanha Gari Sangue Bom incentiva aumento de doadores

Servidores de empresas que prestam serviços de coleta de resíduos sólidos no DF poderão participar de ação da Secretaria de Atendimento à Comunidade, no dia 15, em Ceilândia A Secretaria de Atendimento à Comunidade (Seac) fará uma ação para conscientização sobre a importância da doação de sangue na próxima sexta-feira (15). A campanha Gari Sangue Bom é uma parceria do órgão com a Secretaria de Saúde (SES), a Administração Regional de Ceilândia, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Hemocentro e a Associação dos Garis do DF. “Precisamos mudar o pensamento de que doação de sangue só se faz quando alguma notícia ruim aparece, e doar sangue com alegria. Afinal, sangue é sinônimo de vida e amanhã podemos precisar”Claryssa Roriz, secretária de Atendimento à Comunidade No dia da ação, servidores de três empresas responsáveis pela prestação de serviços de coleta de resíduos sólidos no DF – Sustentare Saneamento, Valor Ambiental e Suma Brasil – poderão doar sangue, na administração de Ceilândia. “Os garis serão os protagonistas da campanha e ajudarão a conscientizar cada vez mais as comunidades do Distrito Federal sobre a importância de ser um doador. Precisamos mudar o pensamento de que doação de sangue só se faz quando alguma notícia ruim aparece, e doar sangue com alegria. Afinal, sangue é sinônimo de vida e amanhã podemos precisar”, destaca a secretária de Atendimento à Comunidade, Claryssa Roriz. A campanha não será restrita aos profissionais da limpeza. A comunidade poderá comparecer ao local, das 9h às 16h, e doar sangue também. Após a coleta, será oferecido pelo Hemocentro um café da manhã. “Às vezes, uma pessoa está na fila apenas aguardando aquele tipo sanguíneo para fazer uma cirurgia de urgência. Então, quero conscientizar não somente a categoria dos garis, mas toda a sociedade para fazermos um projeto incrível, e o mais importante, para salvarmos vidas”, afirma a presidente da Associação dos Garis do DF e idealizadora da ação, Fátima Dias. “É importante a doação do sangue para salvar vidas e abastecer os estoques do Hemocentro. A gente nunca para e pensa que um dia nós mesmos podemos precisar de doação”, completa Fátima. Condições Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade. Menores de 18 anos devem apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor/guardião. Idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos. Também é necessário pesar mais de 51 kg e ter IMC maior ou igual a 18,5; apresentar documento de identificação oficial com foto (original ou cópia autenticada em cartório), em bom estado de conservação e dentro do prazo de validade; dormir pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior à doação; não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação; e não fumar duas horas antes da doação. No site da Fundação Hemocentro, há outras instruções e as restrições para ser um doador. *Com informações da Seac | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Campanha é focada nos profissionais da limpeza para incentivo à doação de sangue, mas é aberta à comunidade

“Política é assim”, diz Rogério Cruz sobre troca de secretários

Prefeito prepara novas mudanças nos secretários da administração municipal previstas para serem promovidas após o feriado prolongado O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) analisou a necessidade de troca de secretariado na prefeitura de Goiânia, durante entrevista coletiva concedida no desfile de 7 de Setembro, em Goiânia, na última quinta-feira (7/9). “A politica é assim. O governador troca de assessores. O presidente da República trocou ministérios. Isso é importante para inovação ou renovação de projetos”, justifica. Rogério Cruz prepara novas mudanças nos secretários da administração municipal previstas para serem promovidas após o feriado prolongado. Entre elas, secretarias importantes como Saúde, Governo, Administração, Relações Institucionais, além de Política para Mulheres e Escritório de Prioridades Estratégicas, entre outros. “É natural que isso aconteça porque podem surgir novos projetos para beneficiar a população. Há um trabalho para que aqueles que querem colaborar com o desenvolvimento de Goiânia estejam do nosso lado”, continua. “Acho que já está no momento de nós termos a responsabilidade e a transparência de colocarmos pessoas que possam ir agora até o final da nossa gestão”, pontua. A reportagem já mostrou que de uma estrutura composta por 33 cargos no primeiro escalão do Paço Municipal, apenas seis nomes ainda permanecem frente aos postos que foram nomeados quando Rogério Cruz (Republicanos) assumiu definitivamente a Prefeitura de Goiânia no dia 15 de janeiro de 2021, em decorrência do falecimento de Maguito Vilela (MDB). O movimento é parte das ações do Grupo de Assessoramento ao Prefeito (GAP), encabeçado por Jorcelino Braga, com vistas a 2024. (Foto: Secom – Divulgação) Rogério Cruz durante desfile cívico-militar de 7 de setembro

Combate ao comércio ilegal na Rodoviária aumenta segurança de passageiros

Desde maio, órgãos do Governo do Distrito Federal intensificaram as operações de fiscalização. No período, foram registrados 73 autos de apreensão e 14.381 itens recolhidos; polícia aponta queda na criminalidade Todos os dias o autônomo Luis Miguel Garcia, 25 anos, passa pela Rodoviária do Plano Piloto e muitas vezes encontra dificuldade para transitar no local devido aos produtos expostos no chão que impedem a circulação e camuflam o piso tátil. Cadeirante, ele precisa desviar dos ambulantes no terminal. O caminho livre na plataforma é essencial para o venezuelano. “Eu tinha que fazer uma manobra para fora (da plataforma) até porque o pessoal que ficava vendendo ficava bravo (se passasse por cima das mercadorias)”, revela. “Antigamente, a gente quase não podia passar. Agora ficou bem melhor. Vou conseguir me locomover bem melhor”, acrescenta o venezuelano. A mudança que Luis Miguel se refere é resultado da operação conjunta entre as secretarias de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) de fiscalização e combate ao comércio ilegal nas plataformas superior e inferior e nas proximidades da Rodoviária do Plano Piloto, como o calçadão entre o Conic e o Conjunto Nacional. As ações ocorrem diariamente no espaço desde maio e foram intensificadas visando dar segurança e mais mobilidade aos frequentadores. “Essa operação integrada é importante para devolver para o cidadão um espaço seguro e que tenha condições de acessibilidade para quem mais precisa”, afirma o secretário executivo de Transporte e Mobilidade, Alex Carreiro. No período, foram registrados 73 autos de apreensão e apreendidos 14.381 itens – toda a mercadoria recolhida vai para o depósito da DF Legal e pode ser recuperada mediante pagamento de multa. “Os transeuntes não conseguiam andar. O objetivo principal é evitar os ambulantes para ter um trânsito de pessoas mais tranquilo. Hoje vemos que esse problema diminuiu bastante”, revela o coordenador em exercício da Coordenação de Fiscalização e Operações Especiais (Cofope) da DF Legal, Flávio Monteiro. A desobstrução das áreas da rodoviária também permite o acesso fácil da população aos serviços públicos existentes no espaço. “Nós devolvemos à população o acesso a serviços que existem aqui e estavam encobertos pelos ambulantes”, revela o diretor de Fiscalização da Subsecretaria de Fiscalização Auditoria e Controle (Sufisa) da Semob, Marconi Albuquerque. O diretor da Sufisa cita as Estações de Orientação nas plataformas como equipamentos que voltaram a ser mais usados pela população. “Elas estavam cercadas pelos ambulantes impedindo que a população se orientasse pelos totens que têm informações dos horários de saída, linhas e locais de embarque dos ônibus”, explica. “Também facilita o trabalho para os rodoviários e há ganhos para os comerciantes que atuam na rodoviária que sofrem com a concorrência desleal que há. É uma rodoviária mais limpa e segura para o usuário circular”, acrescenta. Redução de crimes A segurança é outro aspecto que melhorou com as operações mais constantes. De acordo com o tenente Paiva, responsável da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pelo policiamento da Rodoviária do Plano Piloto, as ocorrências criminais têm apresentado queda após o início das operações. “Os índices criminais já baixaram significativamente em relação aos furtos e roubos. O amontoado de gente atrapalha a circulação dos pedestres e torna mais fácil para o bandido furtar ou roubar um celular e até cometer um assédio sexual”, avalia. A PMDF atua dando segurança aos auditores da DF Legal e da Semob. Segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública, os crimes na zona central de Brasília – área que compreende a Rodoviária do Plano Piloto – apresentaram diminuição. Os furtos a pedestres tiveram redução de 25,2%, já os roubos caíram em 11,8%. Toda a área central de Brasília é monitorada por meio do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). A operação ostensiva soma-se a outras ações da Semob no sentido de melhorar o patrimônio público para o cidadão. “Nos últimos meses, junto com essas operações, a Semob-DF tem recuperado a estrutura da Rodoviária, como os banheiros e a melhoria da sinalização”, afirma o secretário executivo de Transporte e Mobilidade, Alex Carreiro. | Fotos: Joel Rodrigues/Divulgação De acordo com o responsável da PMDF pelo policiamento da Rodoviária do Plano Piloto, as ocorrências criminais têm apresentado queda após o início das operações

RS deve ser atingido novamente por temporais, com o avanço de nova frente fria

Segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai Depois da passagem de um ciclone extratropical sobre o litoral do Rio Grande do Sul e do Uruguai que deixou ao menos 37 mortos, além de cidades destruídas, temporais devem atingir novamente o Estado. Segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul. “A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte”, acrescenta a Climatempo. Segundo a empresa brasileira de meteorologia, a presença novamente de nuvens cumulonimbus impactam na possibilidade de rajadas intensas de vento. “Será em torno dos 80 km/h, como ocorreu na região de Canguçu. No entanto, as rajadas podem chegar aos 90 km/h no litoral sul.” De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão indica grandes acumulados de chuva, principalmente, no extremo sul do Estado gaúcho, com volumes que podem superar 70 milímetros em algumas áreas. Nova frente fria Para sexta-feira, 8, espera-se a formação de uma nova frente fria que vai espalhar ainda mais a chuva sobre o Sul do País. A chuva deve ser mais frequente e volumosa sobre as áreas de serra e planalto. As outras regiões podem até registrar alguns períodos com a presença do sol, ao longo do dia. O avanço desta nova frente fria vai potencializar a instabilidade e provocar acumulados de chuva de até 100 mm em parte do Rio Grande do Sul, podendo atingir as mesmas áreas impactadas pela chuva dos últimos dias, de acordo com o Inmet. “Diante disso, o Inmet alerta a população para a importância de acompanhar as atualizações da previsão do tempo e dos avisos meteorológicos especiais nos próximos dias, além de seguir as recomendações da Defesa Civil Nacional”, acrescenta o instituto. No sábado, 9, a previsão é de diminuição da nebulosidade da chuva no centro-oeste sul do Rio Grande do Sul. “Na fronteira com o Uruguai e no litoral sul nem deve chover. No entanto, a Grande Porto Alegre, a serra e o planalto e também o litoral norte do Rio Grande do Sul vão passar o sábado com predomínio de céu nublado e chuva, que pode ser forte em alguns momentos”, afirma a Climatempo. Com o afastamento da frente fria, no domingo, 10, a previsão é de que o sol já reapareça até com força sobre todo o Rio Grande do Sul. Mesmo assim, algumas pancadas de chuva com raios podem voltar a ocorrer no período da tarde e da noite na região central e oeste do Estado. (crédito: Mauricio Tonetto / Palácio Piratini) Agência Estado Governador Leite e ministros percorrem áreas atingidas por enchentes no RS –

A complexa operação de resgate para salvar homem preso em caverna na Turquia

Mark Dickey era um dos líderes de uma equipe que tentava mapear uma nova passagem na caverna quando começou a sofrer um sangramento gastrointestinal e não conseguiu mais andar. Uma enorme operação de resgate foi organizada na Turquia depois que um homem americano ficou preso em um complexo de cavernas — o terceiro mais profundo do país. Cerca de 150 trabalhadores estão atuando para resgatar Mark Dickey, de 40 anos, desde que ele ficou preso na caverna Morca, no sábado (2/7). Dickey era um dos líderes de uma equipe que tentava mapear uma nova passagem na caverna quando começou a sofrer um sangramento gastrointestinal e não conseguiu mais andar. A Federação Turca de Espeleologia disse que a operação de resgate é complexa, pois Dickey está preso a uma profundidade de 1.120 metros. Os resgatantes conseguiram levar suprimentos médicos a Dickey, incluindo bolsas de sangue para repor o que ele perdeu no sangramento e sua condição se estabilizou. Seu sangramento parou e ele estava conseguindo andar sem apoio, mas ainda precisará de uma maca para ser retirado da caverna, informou a federação em comunicado. Carl Heitmeyer, amigo de Dickey e também entusiasta da espeleologia, disse à BBC que os militares turcos assumiram a operação de resgate na quinta-feira (7/7). Eles esperavam conseguir tirá-lo da caverna até o dia seguinte. A noiva de Dickey, Jessica Van Ord, também fez parte da expedição. Ela permaneceu com ele enquanto ele estava mal, mas começou o caminho de retorno para sair da caverna quando sua condição melhorou — até a noite de quinta ela deve estar fora do complexo, disse Heitmeyer. Várias equipes de resgate de outros países, incluindo a Croácia e a Hungria, voaram para a Turquia para ajudar na operação. Mas Heitmeyer alertou que qualquer ação para libertar Dickey da caverna seria extremamente difícil. “Este resgate exigirá muitas equipes de escalada, equipes de modificação de passagem [para permitir a passagem da maca] e também cuidados médicos 24 horas por dia”, disse ele à BBC. Segundo Heitmeyer, os militares turcos conseguiram estabelecer uma linha de comunicação com Dickey e um acampamento base foi estabelecido a cerca de 700 metros da entrada da caverna. Dickey “parou de vomitar e pela primeira vez em dias até comeu um pouco”, disse Heitmeyer à BBC. Quem é o homem preso na caverna na Turquia? Natural de Nova Jersey, nos EUA, Mark Dickey é um espeleólogo com mais de 20 anos de experiência. Ele é instrutor da Comissão Nacional de Resgate em Cavernas dos EUA há 10 anos, onde dá aulas de resgate em cavernas. Ele também está listado como Coordenador do Programa de Intercâmbio Internacional da comissão. Ele participava da expedição à caverna Morca, numa parte remota do sul da Turquia, desde o final de agosto, de acordo com o Serviço Húngaro de Resgate em Cavernas, que tem ajudado na operação. A caverna é extremamente profunda e Heitmeyer disse à BBC que pode levar cerca de oito horas para “um espeleólogo experiente que conhece bem a caverna” ir da entrada ao local onde Dickey ficou doente, um acampamento mais profundo dentro do complexo. “Pode levar até 15 horas para alguém não familiarizado com a caverna chegar lá”, acrescentou, observando que as equipes de resgate terão que lidar com umidade e temperaturas de 4ºC a 6ºC. (crédito: Arquivo Pessoal) Da BBC News O experiente explorador Mark Dickey sofreu um sangramento no meio da expedição –

BC: estresse no setor financeiro global pode escalar para crise sistêmica

O Comef citou como pontos de atenção a resiliência dos núcleos de inflação e a deterioração das perspectivas fiscais nas economias centrais O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central deu bastante espaço para os riscos no cenário global na ata do seu 54º encontro, que manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal relativo ao Brasil (ACCPBrasil) em zero. O comitê afirmou que há vulnerabilidades acumuladas no setor financeiro que podem escalar para a “materialização de uma crise financeira sistêmica”. O Comef citou como pontos de atenção a resiliência dos núcleos de inflação e a deterioração das perspectivas fiscais nas economias centrais, assim como a redução de ativos comprados por BCs durante a pandemia de covid-19 e disse que se mantém “relevante” o risco de episódios de reprecificação de ativos financeiros. “Os eventos de estresse no setor financeiro mostraram que há vulnerabilidades acumuladas tanto nos bancos quanto em instituições financeiras não bancárias que podem escalar para a materialização de crise financeira sistêmica”, disse o BC na ata, ponderando que até o momento as economias emergentes têm mostrado resiliência diante do cenário externo adverso e que a exposição do sistema financeiro do Brasil ao risco cambial e à dependência do funding externo é baixa. “A transparência, previsibilidade e credibilidade na condução das políticas monetária, fiscal e macroprudencial são essenciais para mitigar os riscos sistêmicos”, completou. O colegiado ainda disse que a maior volatilidade e elevação das taxas de juros de longo prazo nas economias centrais, em especial nos Estados Unidos, e maiores incertezas em torno do crescimento na China, têm impactado as condições financeiras internacionais. “O Comitê está atento à evolução dos cenários doméstico e internacional e segue preparado para atuar, de forma a minimizar eventual contaminação desproporcional sobre os preços dos ativos locais”, assegurou. “O Comitê segue entendendo que políticas macroeconômicas que aumentem a previsibilidade fiscal, que reduzam os prêmios de risco e a volatilidade dos ativos contribuem para a estabilidade financeira e, consequentemente, melhoram a capacidade de pagamento dos agentes.” Em relação às vulnerabilidades no sistema financeiro internacional, apesar do alívio no estresse do setor bancário dos EUA, o Comef alertou que algumas instituições financeiras americanas ainda enfrentam desafios na captação de depósitos e no gerenciamento de liquidez. Os eventos bancários do início do ano, conforme o comitê, aumentaram mais as condições gerais de crédito no país, mas a autarquia afirma que ainda há incerteza sobre o impacto total no crédito, que já mostra desaceleração na concessão a empresas e famílias. “A exposição de bancos médios ao setor imobiliário comercial, que continua sendo adversamente afetado pelos elevados níveis de vacância de escritórios desde a crise de covid-19, e sua importância para o crédito imobiliário em geral, seguem sendo pontos de atenção.” O BC ainda considerou que as autoridades globais têm atuado para manter a confiança nos sistemas financeiros e evitar o contágio para outras instituições e outras jurisdições, citando as medidas tomadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e por outros reguladores americanos. “Várias jurisdições mantiveram ou aumentaram seus buffers contracíclicos de capital desde o último Comef.” Sobre a China, o Comef disse que aumentou a percepção de risco de liquidez e solvência em empresas de incorporação imobiliária e que o Banco Central da China vem atuando para dar suporte à atividade econômica, que teve recuperação aquém da esperada após o fim das políticas de covid zero. “Neste cenário, e em um contexto de aperto das condições financeiras globais, foram observadas também saídas líquidas de capitais e desvalorização cambial naquele país desde o último Comef”, observou o colegiado. Brasil No cenário doméstico, o BC afirmou que o financiamento à economia real continuou desacelerando, mas disse que o principal foco de atenção ainda é o apetite ao risco das instituições financeiras na concessão de crédito às famílias e às empresas. Segundo o regulador, em relação às famílias, o ritmo de crescimento nas modalidades mais arriscadas, como cartão de crédito e crédito não consignado, permanece desacelerando. Mas o endividamento e o comprometimento de renda permanecem historicamente elevados, embora observe-se maior conservadorismo nos critérios das novas concessões. Com relação às empresas, o ritmo de crescimento do crédito também segue desacelerando, mas não se percebe alteração relevante nos critérios de concessão, segundo o BC. “O Comef avalia que é importante os intermediários financeiros continuarem preservando a qualidade das concessões, levando em conta, notadamente, a exposição total dos seus clientes junto ao Sistema Financeiro Nacional (SFN).” Em relação ao mercado de capitais, o BC afirmou que há uma progressiva retomada e que se mantém como fonte relevante de financiamento, principalmente para as grandes empresas. “Os spreads dos títulos de dívida corporativa diminuíram desde o último Comef, embora permaneçam em níveis superiores aos praticados anteriormente aos eventos ocorridos no início do ano”, disse, em referência ao rombo bilionário das Americanas. O Comef ainda disse que as provisões mantiveram-se adequadas, acima das perdas, esperadas, e que os níveis de capitalização e de liquidez do SFN continuam acima dos requerimentos prudenciais. Além disso, os resultados dos testes de estresse demonstram que o sistema segue resiliente. “O impacto mais severo continua sendo o observado no cenário de quebra de confiança no regime fiscal. Teste de análise de sensibilidade verificou que mesmo que os ativos problemáticos dobrassem em relação a seus níveis atuais, o sistema não apresentaria desenquadramentos relevantes.” – (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press) Agência Estado BC: estresse no setor financeiro global pode escalar para crise sistêmica

Festa para todas as idades no desfile de 7 de Setembro

Mais de 500 alunos da rede pública de ensino tiveram a oportunidade de se apresentar nos 201 anos da independência do Brasil. Comemoração reuniu cerca de 50 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios O tradicional Desfile Cívico de 7 de Setembro em celebração ao Dia da Independência do Brasil reuniu aproximadamente 50 mil pessoas, – segundo dados da Polícia Federal -, na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (7). A data comemora os 201 anos da independência do Brasil e contou com diversas atrações, como a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Os desfiles de alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública de ensino do DF abriram o evento. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e a primeira-dama Mayara Noronha Rocha marcaram presença no evento, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e de outras autoridades. Sob um forte esquema de segurança das forças locais e nacionais, as tropas militares, alunos de escolas do DF, blindados e aeronaves conduziram o desfile no Eixo Monumental sem qualquer intercorrência grave. O evento também contou com apresentação de tropas militares a pé da Marinha do Brasil, Exército e grupamentos de segurança pública do DF, como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Ibaneis Rocha celebrou a importância da comemoração para Brasília. “Hoje é uma data muito importante e um momento histórico, quando comemoramos os 201 anos da Independência do Brasil. É uma festa que reforça o nosso papel como capital de todos os brasileiros, que reúne um pouco de cada canto desse país”, afirmou o governador. Para o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, a tranquilidade do desfile cívico-militar é fruto de um cuidadoso planejamento, pensado com bastante antecedência. “Desde junho, temos feito diversas reuniões com órgãos vinculados à segurança pública, distritais e federais – GSI [Gabinete de Segurança Institucional], MP [Ministério Público], CMP [Comando Militar do Planalto], Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, Detran [Departamento de Trânsito do Distrito Federal]. A gente viu uma integração muito grande, uma consciência geral de que esse evento representa uma virada de chave, uma retomada à normalidade”, comentou. “Tivemos a preocupação grande de garantir a segurança não só das autoridades, mas sobretudo da população aqui presente.” Ao todo, 533 alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal participaram do desfile. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, ressaltou a importância de proporcionar aos alunos da rede a experiência de se apresentarem no evento que celebra a independência do país. “Trouxemos estudantes de Samambaia e do Paranoá, crianças que muitas vezes estão conhecendo a Esplanada dos Ministérios. A independência do Brasil é uma data emblemática, que ensina muito sobre o respeito aos símbolos da Pátria. As crianças aprendem na escola sobre o período em que o Brasil deixou de ser colônia e passou a ser um país independente de Portugal. Então, o desfile é como um fechamento de tudo que elas aprenderam, uma possibilidade de vivenciarem esse momento junto com o GDF e as Forças Armadas”, defendeu. Hidratação em dia A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) esteve presente para fornecer água potável para quem assistiu e participou dos desfiles. A empresa disponibilizou cerca de 30 mil litros de água pelos 24 pontos de apoio distribuídos pela Esplanada dos Ministérios. Quem trabalhou no evento também pôde manter a hidratação em dia. Cinco mil copos de água envasada foram distribuídos a militares e civis em serviço durante o evento e também às autoridades. Brasília Monumental Para oferecer o melhor da gastronomia aos espectadores do desfile de 7 de Setembro, o evento Brasília Monumental reúne 20 restaurantes da cidade com pratos exclusivos, entre 11h e 19h30, no Eixo Cultural Ibero-americano. A programação do evento também conta com shows, Arena Gamer e parque de brinquedos infláveis. Com realização da Associação Amigos do Futuro em parceria com a Secretaria de Turismo do Distrito Federal, o evento, 100% coberto, conta com a participação de restaurantes como Café Club Brasil, Flat Iron, Grande Muralha, Casa de Mainha, Geleia, Pudim dos Anjos e Xamam, com pratos custando a partir de R$ 30. | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Ibaneis Rocha ressaltou o trabalho conjunto das forças de segurança distrital e federal

A rede de tráfico humano que promete emprego a cubanos os leva para lutar pela Rússia na Ucrânia

O governo de Cuba denunciou uma rede dedicada ao tráfico de cubanos para enviá-los para a frente de batalha na Rússia. Cidadãos cubanos estão sendo convidados a viajar para a Rússia, mas acabam sendo obrigados a lutar na Ucrânia. A denúncia foi feita esta semana pelo governo cubano, que alegou ter desmantelado uma quadrilha de tráfico de pessoas que se dedicava a levar cubanos à Rússia para forçá-los a atuar como soldados na guerra na Ucrânia. “O Ministério do Interior detectou e está trabalhando para neutralizar e desmantelar uma rede de tráfico de humanos que opera a partir da Rússia para incorporar cidadãos cubanos que ali vivem, e mesmo alguns de Cuba, nas forças militares que participam em operações de guerra na Ucrânia”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Cuba. O governo indicou que não promove a participação de cubanos em ações militares no conflito entre a Ucrânia e a Rússia. “Cuba não faz parte do conflito de guerra na Ucrânia. Está agindo e atuará com vigor contra qualquer pessoa, do território nacional, que participe em qualquer forma de tráfico de pessoas para fins de recrutamento ou mercenarismo para que os cidadãos cubanos utilizem armas contra qualquer país”, acrescenta a nota. A declaração do governo cubano foi emitida depois que vários jovens cubanos denunciaram nas redes sociais que foram enganados e levados à Rússia para participarem no conflito. As denúncias, publicadas em diversos meios de comunicação locais e internacionais, estavam relacionadas com vídeos realizados pelos jovens Andorf Velázquez García e Alex Vegas Díaz. Os jovens relataram que foram levados de Cuba para a Rússia com a promessa de trabalhar como pedreiros, mas uma vez lá foram levados para áreas de recrutamento militar. “Nos fizeram assinar alguns documentos e prometeram salário e comida em troca de um emprego, mas a verdade é que nos levaram para trabalhar na zona de guerra”, disse Velázquez à rede de televisão América TeVe. “Estamos numa cidade que não conhecemos, numa situação em que não queremos estar”, disse o jovem. A BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, contatou Mario Velázquez, pai de Andorf Velázquez que mora no México, mas ele não quis dar entrevista. Até o momento não há informações oficiais do governo russo sobre a presença de soldados cubanos em suas tropas. Mas no mês de maio soube-se que vários cubanos residentes na Rússia se tinham alistado no Exército russo. O governo de Moscou ofereceu cidadania aos estrangeiros que se alistassem e às suas famílias. Como a Rússia não exige visto de turista para a entrada de cubanos, há uma comunidade crescente no país. Em 2019, entraram 28 mil cubanos no país, embora não se saiba quantos deles estão permanentemente em solo russo. De pedreiros a soldados Em maio, o portal de notícias russo Ryazan Gazette informou que os cubanos combatendo em território ucraniano. Segundo a imprensa russa, os cubanos iriam receber um pagamento único do governo de Moscou e da província de Ryazan, onde estavam os soldados, de cerca de US$ 5 mil. Ryazan está localizada a cerca de 230 quilômetros ao sul de Moscou e várias bases militares operam lá. No início desse mês, o presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um decreto que concede rapidamente a cidadania russa a estrangeiros que participem da campanha militar na Ucrânia. O dispositivo presidencial estabelece que para adquirir a cidadania russa por via expressa os estrangeiros devem assinar um contrato de prestação de serviço militar por um ano. Mas as denúncias feitas pelos jovens ganharam mais destaque nos últimos dias, sobretudo porque elas apontam que eles foram levados para a Rússia acreditando em mentiras. Velázquez destacou que, assim que chegaram à Rússia, foram submetidos a exames médicos para serem levados ao regimento militar. No entanto, como disseram familiares de Velázquez a diversos meios de comunicação, o jovem só não foi recrutado porque só possui um rim. Outros cubanos que acompanharam Velázquez na viagem, mas que não revelaram a sua identidade, disseram que foram enganados. Seus contratos eram para trabalhar na remoção de escombros em cidades russas afetadas pela guerra, mas eles acabaram recrutados para o Exército. Eles dizem que havia cerca de 18 cubanos na mesma situação. Familiares dos jovens cubanos indicaram que duas mulheres, uma delas de nacionalidade russa, convenceram os jovens a assinar o contrato — que não estava escrito em espanhol — e depois os obrigaram a viajar. “A mulher nunca realmente explicou o que seria o trabalho, e agora meu sobrinho não sabe o que fazer em uma cidade onde não conhece ninguém e onde não se fala a língua dele”, disse Mayein Leyva, tia de Velázquez . “Meu filho foi enganado como muitos outros jovens que foram enviados pelo governo para a guerra”, disse Mario Velázquez em 26 de agosto em sua página no Facebook. Mercenários lutando pela Rússia Este não é o primeiro caso conhecido de tentativa de recrutar combatentes estrangeiros para ajudar o exército russo na sua campanha na Ucrânia. Além do conhecido Grupo Wagner, que opera na Rússia como força paramilitar em algumas zonas da Ucrânia e noutras partes do mundo, também foi detectada a presença de unidades com soldados de outros países. Há também muitos soldados estrangeiros que lutam voluntariamente por Kiev. De acordo com uma reportagem do Serviço Russo da BBC, no ano passado descobriu-se que o Kremlin, por meio do Grupo Wagner, estava recrutando sírios para lutarem na Ucrânia. Dezenas de pessoas em toda a Síria — país que é devastado por guerra civil — manifestaram interesse em lutar do lado russo, informou a BBC Rússia. Segundo o Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW), em março de 2022 o Kremlin tinha intenção de receber “16 mil combatentes do Oriente Médio” na Ucrânia. Em junho, foi noticiada a morte de um cidadão iraquiano que lutou como integrante do Grupo Wagner na Ucrânia. Até agora não se sabe se cidadãos de outros países latino-americanos foram recrutados para fazer parte da invasão russa da Ucrânia. No campo diplomático da América Latina, Moscou sempre

CPMI do 8/1 ouvirá general Dutra, na próxima semana

Além de ex-chefe do Comando Militar do Planalto, colegiado vai ouvir a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e delegada da PF Marília Ferreira de Alencar A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro contará na próxima semana com os depoimentos da ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e delegada da Polícia Federal (PF), Marília Ferreira de Alencar, na terça-feira (12/9), e do ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, na quarta (14). Ambos já foram ouvidos pela CPI dos atos antidemocráticos que ocorre simultaneamente na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Marília alega que foi alertado com antecedência a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) sobre os riscos que a mobilização para as manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentavam à capital. As informações estariam contidas, inclusive, em um relatório que teria sido usado na formulação do Plano de Ações Integradas (PAI). A delegada da PF foi alvo de oito requerimentos de convocação, inclusive um de autoria da relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). “Em razão da função que ocupava, espera-se que a Senhora Marília possa trazer informações relevantes para a condução dos trabalhos desta comissão”, justificou Eliziane. Dutra, que teve a convocação pedida em nove requerimentos, deverá dar explicações sobre o acampamento em frente ao quartel-general do Exército, que além de ter abrigado manifestantes que defendiam uma intervenção das Forças Armadas que impedisse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o cargo, abrigou vândalos dos prédios dos Três Poderes. À CPI da CLDF, o militar negou que ele ou o Exército tenham impedido a desmobilização do acampamento. “De acordo com as conclusões do relatório do interventor federal, Ricardo Capelli, que foi elaborado no sentido de analisar e esclarecer as ações de segurança pública do Distrito Federal relacionadas aos atos de vandalismo verificados nos ataques de 8 de janeiro, a permanência do acampamento na Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano, em frente ao quartel-general do Exército, deu apoio logístico para que as ações do dia 08 fossem desencadeadas”, diz um trecho da solicitação de autoria dos deputados Duarte Jr (PSB-MA) e Duda Salabert (PDT-MG). Restam nove sessões da CPMI para que os trabalhos sejam encerrados dentro da previsão do presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), em 17 de outubro. A lista de convocados, no entanto, conta com 30 nomes. O acordo da mesa diretora estabelece que governistas e aliados teriam direito a convocar seis pessoas, enquanto a oposição poderia chamar três. Alguns dos depoimentos já aprovados mas que ainda não ocorreram estão o do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), Augusto Heleno; do general Walter Braga Neto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil; além da reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para tratar dos desdobramentos no escândalo da venda de joias da Presidência. (crédito: Hugo Batista/CLDF) General Dutra já foi ouvido pela CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, onde ele negou ter impedido desmobilização de acampamentos em frente aos quarteis-generais do Exército após o segundo turno das eleições –

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