Metas ambiciosas e polêmica com Putin: que esperar da cúpula do G20 no Brasil em 2024

Lula anunciou que próximo encontro do grupo, no Brasil, terá duas forças-tarefa: uma para reduzir a fome no mundo e outra para enfrentar as mudanças climáticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país vai criar duas forças-tarefas dentro do G20 no próximo ano, durante a presidência brasileira do grupo: uma para reduzir a fome no mundo e outra para enfrentar as mudanças climáticas. O anúncio foi feito neste domingo (10/9), durante o discurso de encerramento da cúpula de Nova Déli, na Índia, quando houve a transmissão simbólica da liderança do G20 — grupo que reúne as maiores economias do mundo. O governo brasileiro quer evitar que a guerra da Ucrânia, país invadido em 2022 pela Rússia, desvie a atenção das prioridades brasileiras. Uma potencial fonte de constrangimento para o Brasil será a participação do presidente russo Vladimir Putin, que é alvo de mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional, acusado de crimes de guerra na invasão da Ucrânia. Como o Brasil é signatário do acordo que criou o tribunal, em tese o país deveria cumprir os mandados caso o presidente russo vá ao país. No entanto, Lula disse em entrevista ao canal indiano Firstpost que não tem qualquer intenção prender Putin. “Eu acho que o Putin pode ir tranquilamente para o Brasil. Eu posso lhe dizer, se eu for o presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que ele ser preso”, afirmou. Entenda melhor a seguir em três pontos o que esperar da presidência brasileira do G20. 1. As metas ambiciosas do Brasil “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável” será o lema do G20 brasileiro. E haverá três focos principais, com objetivos ambiciosos. O primeiro será a inclusão social e o combate à fome. Segundo Lula, isso incluirá o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A ideia é propor às maiores economias do mundo metas concretas de redução da insegurança alimentar. O segundo foco é a transição energética e o desenvolvimento sustentável, levando em conta três dimensões: social, econômica e ambiental — ou seja, o Brasil não quer que a agenda ambiental esteja separada da necessidade de geração de renda e redução das desigualdades. Nesse campo, Lula disse que vai criar a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, mas não deu detalhes de como isso funcionaria. E o terceiro foco será a reforma das instituições de governança global, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para ampliar o espaço e o acesso a recursos de países em desenvolvimento. Para o Brasil, essas instituições têm formatos ultrapassados que não dão o devido espaço para as nações em desenvolvimento. “A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas. Novas urgências surgiram. Os desafios se acumularam e se agravaram”, discursou Lula, em sua fala final. “Vivemos num mundo em que a riqueza está mais concentrada. Em que milhões de seres humanos ainda passam fome. Em que o desenvolvimento sustentável está ameaçado. Em que as instituições de governança ainda refletem a realidade de meados do século passado. Só vamos conseguir enfrentar todos esses problemas se tratarmos da questão da desigualdade”, reforçou. 2. G20 em todo o Brasil, mas enxuto A cúpula de líderes do Rio de Janeiro será precedida de dezenas de encontros setoriais, para as autoridades do G20 discutirem políticas em diferentes áreas, como saúde, educação e meio ambiente. A intenção do governo brasileiro é realizar eventos nas cinco regiões do país, mas em dimensão bem menor que a indiana, que chegou a promover mais de 200 eventos do G20, em cerca de 60 cidades. Para críticos do primeiro-ministro Narendra Modi, ele usou a presidência do grupo para projetar seu governo internamente, de olho na eleição nacional do próximo ano. Durante a cúpula de Nova Déli, uma quantidade enorme de cartazes do G20 com a foto de Modi foi espalhada pela cidade, tornando o rosto do primeiro-ministro onipresente na cidade. 3. O impacto da guerra na Ucrânia A guerra da Ucrânia é foco de tensão no grupo, já que potências ocidentais condenam fortemente a invasão e adotaram sanções contra a Rússia. O Brasil, por sua vez, tenta manter uma posição de neutralidade: o país condenou a invasão em uma resolução da ONU, mas é contra retaliações econômicas. “Nós não podemos deixar que questões geopolíticas sequestrem a agenda de discussões das várias instâncias do G20. Não nos interessa um G20 dividido”, disse Lula em Déli. Essa fala ecoa o discurso de outros países, como China e Índia, que defendem que o G20 não é o fórum adequado para discutir conflitos militares. Na visão desses países, o grupo deve focar em questões sociais, econômicas e ambientais. Ainda que Lula queira evitar o tema, a discussão sobre a possível prisão de Putin caso ele venha ao Brasil já está gerando desgaste para o presidente. “Lula, ao dizer que Putin não seria preso no Brasil, não só desafia o Tribunal Penal Internacional, como também dá um recado ao mundo democrático: o Brasil está ao lado dos autoritários que atentam contra o mundo livre”, disse o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP). Já o professor de direito internacional da FGV Thiago Amparo disse, na mesma rede social, que há um debate jurídico sobre se chefes de Estado podem ter imunidade contra eventuais punições em caso de crime internacional. “Postura de Lula faz sentido diplomático: não fechar os canais com Rússia enquanto G20. Do ponto de vista da lei internacional, é mais complicado. Estados partes do Estatuto de Roma têm obrigação de cooperar”, ponderou ainda. Será preciso aguardar até novembro de 2024 para saber o que vai acontecer. Pode ser que Putin nem queira ir ao Brasil. A Índia não é signatária do acordo. Mesmo assim o russo optou por não sair da Rússia em meio à guerra, tendo enviado seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, para representá-lo na cúpula de Déli. – (crédito: Reuters)
Exército informa que afastará Mauro Cid de suas funções militares

O Exército disse que cumprirá decisão de Moraes para afastar Cid. Ele ficará agregado ao departamento de pessoal sem exercer função O Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro informou, neste domingo (10/9),que cumprirá a decisão judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afastará o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid de suas funções. A partir do cumprimento da decisão, Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função. O Exército cumpre determinação de Moraes na mesma decisão em que homologou delação premiada de Cid, proposta pela defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à Polícia Federal. No documento, Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, com imposição de cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em determinados horários e afastamento das funções no Exército. Notificada, a Força diz que cumprirá. O ministro ainda mandou suspender quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado, além de quaisquer Certificados de Registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça (CACs), e o uso de redes sociais. Moraes proibiu Cid de se ausentar do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes dentro de cinco dias. Determinou, ainda, que os passaportes sejam tornados sem efeito. Mauro Cid deixa Batalhão do Exército após quatro meses de prisão A delação Em 6 de setembro, Cid chegou a ir ao STF para falar sobre o desejo de colaborar. O ex-ajudante de ordens foi preso sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente Bolsonaro. Cid é investigado em uma série de operações – entre as quais, a que apura a venda ilegal de joias e outros objetos do acervo da Presidência da República durante a gestão Bolsonaro. Novas diligências Na delação, agora homologada, Mauro Cid precisará trazer às investigações fatos inéditos, que não tenham sido contados nas horas de depoimentos já prestados à Polícia Federal. Após as revelações, que devem ser feitas pelo militar nos próximos dias, a PF fará novas diligências para checar a veracidade das informações. A expectativa é que Cid esclareça pontos sobre como se deu a participação de Bolsonaro nos seguintes casos: a falsificação de cartões de vacina no sistema do Ministério da Saúde, o Conect SUS; as joias que entraram irregularmente no país e o momento em que os presentes foram vendidos no exterior; e até sobre o 8 de Janeiro e as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no país, com a participação de mentores intelectuais do governo anterior. Depoimentos Nas últimas semanas, Cid prestou uma série de depoimentos à Polícia Federal. O mais recente ocorreu em 31 de agosto, em investigação sobre o caso das joias. Além de Cid, Jair e Michelle Bolsonaro, o general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid) e os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef foram convocados, simultaneamente, para oitivas na PF. Dos oito convocados, apenas Mauro Cid e seu pai falaram aos investigadores em Brasília; Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, prestou esclarecimentos em São Paulo. Bolsonaro e Michelle permaneceram em silêncio durante a oitiva. A ex-primeira-dama se baseou em parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que questiona a competência do STF em julgar o caso. Fabio Wajngarten também não falou. Um dos motivos apresentados por ele é o fato de ser advogado do casal Bolsonaro. Cid também prestou depoimento em 28 de agosto, no âmbito do inquérito que apura as ações do hacker Waler Delgatti Neto contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nessa oitiva do ex-ajudante de ordens, a PF apurou se Mauro Cid participou ou se tem informações do encontro e das tratativas que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Nas conversas, os dois teriam discutido um plano para invadir o sistema do CNJ e também para contestar a efetividade do sistema eleitoral. Cid também prestou depoimento em 28 de agosto, no âmbito do inquérito que apura as ações do hacker Waler Delgatti Neto contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O que está por trás do choro de Richarlison após substituição na seleção

Ele teve chances de gol, mas parou no goleiro Viscarra e na sua falta de pontaria. Ao ser substituído aos 24 minutos do segundo tempo para a entrada de Matheus Cunha, Richarlison desabou Richarlison foi protagonista durante toda a semana na cidade de Belém, mas terminou a jornada com choro durante a vitória do Brasil por 5 a 1 sobre a Bolívia, no Mangueirão. Richarlison vive má fase no Tottenham e acreditou que na seleção ele daria a volta por cima. Na última atuação pela seleção, o Pombo foi vaiado na derrota por 4 a 2 para Senegal, em Lisboa. Dessa vez, o centroavante estava confiante de que desencantaria para retribuir o carinho de Belém. Ele teve chances de gol, mas parou no goleiro Viscarra e na sua falta de pontaria. Ao ser substituído aos 24 minutos do segundo tempo para a entrada de Matheus Cunha, Richarlison desabou. O lateral-direito Danilo puxou as palmas para Richarlison, e o Mangueirão inteiro gritou seu nome. Esse abraço, porém, não foi suficiente para conter as lágrimas no banco de reservas. Em entrevista coletiva, Fernando Diniz defendeu o jogador e destacou o amor que ele atrai. Ativo nas redes sociais e querido pelas crianças muito por conta da “Dança do Pombo”, Richarlison só foi menos tietado que Neymar durante a semana. Na segunda-feira (4), ele foi o único a atender os torcedores do portão do hotel e ficou mais de 30 minutos entre fotos e autógrafos. “Todo mundo já acolheu e a torcida também. Saiu aplaudido, o que mostra o carinho que desperta no torcedor brasileiro. Vamos fazer de tudo para que ele possa manter a tranquilidade porque ele é um jogador grandioso e a bola dele vai passar a entrar”, disse Diniz. MÁ FASE Richarlison começou essa temporada em cenário semelhante à última: com poucos gols. Mesmo com a saída de Harry Kane para o Bayern, o centroavante não se firmou e foi reserva de Son, que foi improvisado. Na última temporada, ele marcou apenas três vezes em 35 partidas. Os números ruins se contrapõem à forte entrevista que Richarlison deu em junho: “A camisa 9 já é minha, não tem o que ficar escolhendo. Fiz uma boa Copa do Mundo, mesmo não tendo o título, e acho que aqui na seleção todo mundo sabe que eu sou o homem-gol, não tem o que ficar escolhendo camisa, a 9 é minha”. Richarlison tem bons números pela seleção: 20 gols e oito assistências em 45 partidas. O último gol, porém, foi contra a Coreia do Sul na Copa. Desde então, passou em branco em quatro ocasiões. Com a confiança de Diniz e dos seus companheiros, o Pombo tentará transformar as lágrimas em bola na rede contra o Peru, terça-feira, em Lima, pela segunda rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Pedro Vilela/Getty Image Richarlison lamenta gol perdido contra a Bolívia
Desistência é para valer, dizem aliados de Ana Paula sobre prefeitura de Goiânia

Emedebistas farão apelo para a filha de Iris Rezende voltar à disputa A poucos dias do ato do MDB Mulher para pedir reconsideração da decisão sobre o futuro político, aliados da advogada Ana Paula Rezende dizem que ela não vai recuar da desistência de ser candidata à prefeita de Goiânia, em 2024. Apesar dessa sinalização, emedebistas pretendem reunir, na próxima quinta-feira (14), cerca de duas mil pessoas para fazer um apelo para que Ana Paula reavalie a saída do processo sucessório da capital. Segundo aliados, a filha do ex-prefeito Iris Rezende vai ouvir os pedidos, mas não vai ceder. A decisão foi bem pensada e não há intenção de ela mudar de ideia. Além dos emedebistas, o governador Ronaldo Caiado (MDB) também pretende tentar sensibilizar Ana Paula a voltar à corrida pelo Paço Municipal. O que a significa que as conversas sobre uma provável candidatura da herdeira do casal Iris-Iris ainda vão se arrastar por muito tempo. Ana Paula: sem recuo (foto reprodução)
Portal de Serviços da Receita do DF volta a funcionar nesta segunda

A interrupção ocorreu entre os dias 7 e 10 de setembro devido à necessidade de manutenção técnica do Sistema Integrado de Tributação e Administração Fiscal; vencimentos previstos para ocorrer nesse período foram prorrogados para sexta-feira (15) O Portal de Serviços da Receita do Distrito Federal volta a funcionar normalmente nesta segunda-feira (11), após um período com funcionalidades indisponíveis. A interrupção ocorreu entre os dias 7 e 10 devido à necessidade de manutenção técnica do Sistema Integrado de Tributação e Administração Fiscal (Sitaf), da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (Sefaz-DF). Os pagamentos feitos nessas datas foram processados normalmente. O período de manutenção afetou a emissão de Documentos de Arrecadação para o pagamento de tributos devidos ao Distrito Federal, a emissão de Certidão de Débitos, entre outros serviços. Por isso, com o objetivo de evitar quaisquer prejuízos aos contribuintes, os vencimentos que originalmente estavam previstos para ocorrer no período de 7 a 10 de setembro foram prorrogados para a próxima sexta-feira (15). A manutenção do site permitiu a modernização do software, permitindo otimização da performance da plataforma e maior segurança e integridade aos dados dos usuários, sem nenhuma mudança na interface. “Nosso objetivo é facilitar o acesso aos serviços da Receita para os contribuintes e continuamos trabalhando em busca de mais inovação”, afirma o secretário de Fazenda, José Itamar Feitosa. “A criação do portal da Receita trouxe comodidade para o contribuinte, que, com o sistema, pode utilizar uma gama de funcionalidades por meio do celular independentemente do local em que estiver. Em breve também atualizaremos o aplicativo”, completa Feitosa. Alguns dos serviços disponíveis no portal de atendimento são o cadastro de veículos; consulta ao calendário de vencimentos de IPTU/ IPVA; consulta e emissão de DAR de IPTU/ IPVA e pagamento direto no banco; emissão de documentos de arrecadação; e consultas e solicitações sobre tributos. | Foto: Divulgação/Agência Brasília Interrupção no Portal de Serviços da Receita do DF foi necessária para manutenção técnica, que permitiu a modernização do software
Das escolas aos restaurantes comunitários, GDF prioriza boa alimentação

Refeições balanceadas em programas e equipamentos do governo são planejadas para assegurar melhor nutrição à população Incentivar e proporcionar uma alimentação balanceada e nutritiva à população é uma forma de torná-la mais saudável. Neste quesito, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem atuado em várias frentes para alcançar o maior número de pessoas, desde o envio de mensagens e promovendo palestras até cuidando minuciosamente da merenda escolar e das refeições nos restaurantes comunitários. Ao entrar de cabeça nessa agenda, o GDF atua como um agente de combate aos alimentos ultraprocessados. Pesquisas apontam que 99% deles possuem alto teor de sódio, gorduras, açúcares, aditivos e realçadores de sabor que não são bem-vindos ao organismo. Por ultraprocessados entende-se salsichas, hambúrgueres, determinados biscoitos, margarinas, bolos e sorvetes. Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que no país quase 99% desses alimentos estão associados a doenças crônicas e à obesidade, diabetes, hipertensão e até alguns tipos de câncer. No DF, o governo oferece alternativas para a população consumir alimentos mais saudáveis. Nos restaurantes comunitários, por exemplo, além de oferecer três refeições balanceadas por dia a R$ 2 – café da manhã, almoço e jantar –, há atividades mensais para promover a educação alimentar. Seja com vídeos, fôlderes, seja com dinâmicas, o público é orientado sobre uma alimentação mais balanceada. Usuários do Cartão Prato Cheio – programa que paga R$ 250 mensais a famílias em vulnerabilidade social – são orientados, em unidades administradas pela Sedes-DF, sobre escolha, aproveitamento e manuseio dos alimentos “Promovemos a autonomia e conscientização da população de que uma alimentação adequada promove saúde e vitalidade”, explica a diretora de Programas Sociais de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Tatieli Paz. Para os usuários do Cartão Prato Cheio – programa que paga R$ 250 mensais a famílias em vulnerabilidade social para compra de alimentos – o GDF promove atividades nas unidades administradas pela Sedes-DF. Há conversas sobre a escolha, aproveitamento e manuseio dos alimentos. “É dentro do ambiente familiar que são seguidas as boas práticas durante um bom tempo naquele núcleo familiar, então é importante explicar sobre a escolha dos alimentos”, acrescenta Tatieli Paz. O público que recebe cestas de alimentos do governo também é orientado, via SMS, sobre como aproveitar melhor os alimentos. O GDF também atua em comunidades indígenas, detalhando a segurança alimentar para diferentes públicos. Toda essa política de segurança alimentar é detalhada em planos específicos da Sedes-DF para atender da melhor forma o público assistido pela rede de proteção social. Merenda escolar Essa boa alimentação começa desde a infância, na rede pública de ensino. A merenda escolar do DF é referência nacional, com a oferta de mais proteínas e alimentos orgânicos. Os cardápios e manuais de boas práticas alimentares são preparados por uma equipe técnica de nutricionistas, considerando a quantidade de proteínas e nutrientes per capita adequada a cada faixa etária. Diariamente, são servidas 578 mil refeições aos estudantes, sendo que a alimentação é considerada uma etapa importante dentro da aprendizagem. A capacitação de merendeiras e a compra de alimentos orgânicos da agricultura familiar também entram nesse rol de ações do GDF pela boa alimentação. | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O segundo Restaurante Comunitário do Sol Nascente foi inaugurado em agosto, oferecendo café da manhã, almoço e jantar
Micro e pequenos empreendedores crescem com o apoio do GDF

Linhas de crédito com juros baixos, economia solidária e promoção de eventos para exposições de trabalhos estão entre os incentivos para o setor que mais emprega no país As micro e pequenas empresas são fortes geradoras de empregos com carteira assinada no país. Segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em julho de 2023, 79,8% das vagas abertas no Brasil foram absorvidas pelos pequenos negócios. Isso representa 113,8 mil postos de trabalho de um total de 142,7 mil. Esse montante representa uma média de 3.670 vagas formais geradas a cada dia. O volume total criado pelas micro e pequenas empresas (MPEs) é quase seis vezes maior que o número de contratações das médias e grandes empresas (MGEs), que concentraram 13,5% das vagas criadas. Os demais postos são preenchidos em instituições sem fins lucrativos, pessoas físicas e a administração pública. O Governo do Distrito Federal (GDF) conta com programas para fomentar o mercado e proporcionar incentivo aos microempreendedores, a partir de linhas de crédito e outras ações no mercado. “A secretaria tem trabalhado para formalizar o empreendimento de quem está iniciando um negócio e fomentar e impulsionar o desenvolvimento de pequenos empreendedores”Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda “A secretaria tem trabalhado para formalizar o empreendimento de quem está iniciando um negócio e fomentar e impulsionar o desenvolvimento de pequenos empreendedores. Para isso, temos, por exemplo, o programa Prospera, que oferece crédito fácil e orientado para esse público específico”, afirma Thales Mendes, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). De acordo com a coordenadora da Subsecretaria de Microcrédito e Economia Solidária da Sedet-DF, Bárbara Oliveira, as micro e pequenas empresas foram muito impactadas pelo período pandêmico entre 2020 e 2021. “Percebo bastante no pós-pandemia uma retomada econômica. As médias e pequenas empresas sofreram mais e muita gente que perdeu o emprego na pandemia se tornou MEI (microempreendedor individual)”, observa. Programa Prospera Promovido pela Sedet-DF, o Prospera oferece microcrédito para quem está começando, de forma desburocratizada e gratuitamente. Coordenado pela Subsecretaria de Microcrédito e Economia Solidária, o programa concede empréstimos produtivos e orientados para micro e pequenas empresas, pequenos empreendedores do setor formal e informal da economia – como feirantes, artesãos, manualistas e trabalhadores autônomos. O crédito vem do Fundo para Geração de Emprego e Renda (Funger). Para a liberação de crédito, é necessário estar quite com a Secretaria de Fazenda do DF, com certidão negativa de débito. As linhas de crédito são de acordo com questões socioeconômicas. Pessoas inscritas no Cadastro Único podem ter acesso à chamada linha social, que disponibiliza até R$ 2.500. Para quem está empreendendo por conta própria e não está na categoria de baixa renda, a linha de pessoa física oferece até R$ 8 mil. Já a linha de pessoas jurídicas possui um limite de até R$ 57 mil de capital de giro para empresas de pequeno porte, com CNPJ, e para microempreendedores individuais (MEI). Existem, ainda, os grupos de aval solidário, com até R$ 25 mil para investimento. As taxas de juros também variam de acordo com a linha de crédito. Para as linhas de pessoas físicas e jurídicas é de 0,9%, enquanto para a social é de 0,4%. “O intuito é trazer esse incentivo mesmo. Acreditamos muito na força do trabalho empreendedor e sabemos o quanto é importante e muda a vida das pessoas. A mensagem é para as pessoas acreditarem nos seus projetos e procurarem a nossa secretaria. Estamos abertos para auxiliar na segurança de cada um”, destaca a subsecretária de Microcrédito e Economia Solidária da Sedet, Bárbara Oliveira. Para se inscrever no Prospera ou ter mais informações, é só acessar o site da Sedet ou ir a qualquer agência do trabalhador. Lá, é possível iniciar o processo de crédito. Além dos créditos, a Sedet organiza espaços para que artesãos e outros profissionais consigam mostrar trabalhos em feiras e exposições. Microempresa, grandes mudanças Lucas Feres é o proprietário da loja The Pet Shop Roots, que será inaugurada neste mês. O veterinário e a esposa, Samira, abriram a empresa para oferecer serviços de banho e tosa, além de creche e day care para animais de estimação. A expectativa é, a partir dos três empregos já concretizados, gerar mais de 20 postos de trabalho em um ano. O empreendedor comenta que, a partir da consultoria do Sebrae, descobriu que o negócio era viável. Com o Prospera, ele e a esposa levantaram as linhas de crédito e estruturaram a empresa. “O microempresário brasileiro, no geral, é mal instruído sobre saber a que hora pedir um capital de giro, separar a forma física da jurídica, entre outras coisas importantes. O Sebrae me deu uma percepção de mercado e uma formação necessária para o negócio. Essas linhas de crédito e essa fomentação precisam chegar ao ouvido dos microempresários. O meu empreendimento não existiria sem esse conhecimento técnico”, afirma Lucas. Parceria com o Sebrae Outra parte de incentivo aos microempreendedores de Brasília é o Sebrae, entidade privada brasileira de serviço social e sem fins lucrativos, criada em 1972 com o objetivo de capacitar e promover o desenvolvimento econômico e a competitividade de micro e pequenas empresas no país. O empresário Vitor Ferreira da Silva, 23 anos, teve o apoio do Sebrae e de outros programas, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), na Sucopira, fornecedora de sucos naturais e kombuchas (um chá fermentado, levemente efervescente e adoçado). “O Sebrae é um braço estratégico da empresa até hoje. Existem projetos rodando que nos apoiam em pequenas estruturações, como transformar digitalmente a produção”, exemplifica o empreendedor. Vitor conta que a empresa começou com a vinda do fundador para Brasília que, a princípio, trabalhava com buffets, parte de comida e bebida. Segundo ele, a bebida fazia tanto sucesso que as pessoas chegavam a contratar o buffet por causa do suco. Em 2009, com o crescimento dos food trucks, veio a ideia de levar a Sucopira para o movimento de rua e, em 2013, nasceu
Tecnologia e manejo adequado contribuem para a produção de morango orgânico

Em 2022, a produtividade foi de 30,7 kg por hectare, com 160,6 toneladas colhidas no DF; Emater oferece orientação para melhorar os resultados Nos últimos anos, a cultura do morango obteve vários avanços no Distrito Federal, principalmente em variedades e técnicas de manejo e de produção, o que tem contribuído para a produção orgânica do fruto. Em 2022, o plantio de morangos orgânicos teve uma produtividade de 30.771 kg por hectare, com 160,6 toneladas colhidas em 5.220 hectares. Atualmente, são 36 produtores. Entre eles, Manoel Santos de Souza, que tem mostrado que existe viabilidade técnica e econômica na produção orgânica, além de benefícios sociais e ecológicos. Produtor de morangos orgânicos há 15 anos na região de Brazlândia, ele conta que os benefícios não são apenas financeiros: “Além de reduzir os gastos com insumos químicos e vender a um preço melhor, trago mais qualidade de vida para mim, meus trabalhadores e minha família. O ambiente da propriedade também fica mais equilibrado”. Na propriedade são produzidos mais de 40 tipos de alimentos. Para os morangos, ele destina uma área de 0,25 hectare, que comporta 12 mil pés do fruto. Por dia, durante a safra, Manoel chega a colher entre 100 a 120 caixas de morangos com a ajuda de três funcionários, todos com carteira assinada. “A colheita começa em junho e vai até o início de outubro, mas no ano passado consegui colher até janeiro com o plantio coberto”, disse Manoel. O gerente da unidade da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) em Brazlândia, Claudinei Machado, destaca que Manoel é um bom exemplo de manejo e tecnologias bem adotadas. “Ele escolhe as variedades adequadas, adquire mudas de boa procedência, prepara a área com antecedência, faz rotação de culturas, adubação verde e planta as mudas assim que elas chegam”, diz. Manoel explica que começa a preparar o solo em novembro, fazendo a rotação de cultura. Quando termina de colher os morangos, ele planta milho, faz adubação verde e, em março, faz o plantio das mudas, que normalmente vêm do Chile, Espanha, Argentina ou de Santa Catarina. “Entre as tecnologias que utilizo estão o melaço de cana para deixar as plantas mais bonitas e inseticidas biológicos para evitar lagartas e nutrientes, como bokashi e fertirrigação. No início do plantio, uso calda bordalesa para evitar fungos. No solo, coloco o adubo de galinha, calcário, farelo de arroz e alguma outra coisa que seja necessária, dependendo da análise de solo”, explica. Produtores interessados em melhorar a produção ou iniciar a produção orgânica podem procurar a unidade da Emater-DF mais próxima da propriedade. Claudinei explica que, se o cultivo atual for convencional, a área deve passar por um processo de transição que pode durar até um ano e meio. “Com uma visita técnica, analisamos a área e orientamos o produtor em todo o processo”, explica. Veja, abaixo, algumas outras tecnologias utilizadas. → Mulching – É a tecnologia usada para cobertura de canteiros de morangueiro com a finalidade de proteger o solo, manter a umidade, melhorar o aproveitamento de fertilizantes e qualidade do solo, reduzir a infestação de plantas daninhas e evitar o contato direto do morango com o solo, entre outros benefícios. O material mais usado hoje em dia são os filmes plásticos. → Irrigação por gotejamento – O sistema de irrigação por gotejamento caracteriza-se pela aplicação de água em pequena quantidade e alta frequência na região radicular da planta. Essa tecnologia tem apresentado vantagens em comparação com o sistema de aspersão, pois não aplica água sobre toda a área irrigada. Além disso, a irrigação por gotejamento tem potencial para atingir elevada uniformidade, possibilitando a aplicação de adubos via água de irrigação (fertirrigação). *Com informações da Emater-DF | Foto: Divulgação/Emater-DF Produtores interessados em melhorar a produção ou iniciar a produção orgânica podem procurar a unidade da Emater-DF mais próxima da propriedade
Rede de atendimento a acidentes com animais venenosos tem 11 unidades no DF

Veja as orientações sobre o que fazer e onde procurar ajuda caso sofra um ataque de escorpião, aranha ou outra espécie peçonhenta De janeiro até 21 de agosto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou 2.180 acidentes com animais peçonhentos. Em 2022, durante todo o ano foram contabilizados 2.752 casos de picadas de serpente, aranha, escorpião, lagarta e outros. A SES-DF está preparada para atender a população em casos de picadas desses animais. Onze hospitais da rede pública possuem soros antiveneno para serem aplicados em pacientes que apresentem estado moderado ou grave. A rede privada de saúde não disponibiliza a medicação. Os hospitais particulares podem encaminhar os pacientes a uma unidade regional ou solicitar o contraveneno à rede pública. “O número de acidentes com escorpião aumentou muito, e temos em Brasília um dos animais mais perigosos, que é o escorpião-amarelo, com uma picada mais severa. A possibilidade de gravidade é maior e requer mais cuidado no atendimento”, destaca a médica Andrea Amora, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do DF. O que fazer? A SES-DF destaca que o atendimento imediato é fundamental para a sobrevivência das vítimas e a redução de possíveis sequelas. “No caso de acidentes com um animal peçonhento, qualquer que seja o animal, a principal recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar o atendimento médico nos hospitais da rede pública. Nas unidades de saúde, o paciente em caso grave poderá receber o soro antiveneno e a medicação sintomática para que o quadro clínico não evolua”, explica Amora. Os casos podem ser classificados como leve, moderado e grave. Nesses dois últimos quadros clínicos, na maioria das vezes é necessário aplicar soro. A médica afirma que a medicação é a única capaz de neutralizar o veneno no organismo dos pacientes. “As primeiras 48 horas, até no máximo 72 horas, são o tempo hábil para a aplicação do soro, para que a fração do veneno no organismo seja neutralizada. Após esse período, ele perde a efetividade e, com isso, os pacientes podem ter maiores alterações no quadro clínico, pois o veneno continuará agindo no corpo. Além disso, é preciso o uso racional do medicamento. Em muitos casos, a observação do quadro clínico é mais importante para se avaliar os sintomas”, ressalta a profissional. Ela alerta ainda que é necessário redobrar os cuidados com crianças menores de 3 anos e com idosos, pois esses grupos concentram os pacientes com maior potencial de gravidade. As unidades que disponibilizam o soro antiveneno na capital são: → Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Asa Sul; → Hospital Regional Guará; → Hospital Regional Brazlândia; → Hospital da Região Leste, Paranoá; → Hospital Regional Ceilândia; → Hospital Regional Gama; → Hospital Regional de Santa Maria; → Hospital Regional Planaltina; → Hospital Regional Sobradinho; →Hospital Regional Taguatinga; → Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O Hospital Regional de Samambaia não armazena os medicamentos, mas pode solicitá-los sempre que preciso à unidade de atendimento mais próxima, em Taguatinga. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da SES-DF, também auxilia com informações sobre os primeiros cuidados, pelos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. Se for possível, é recomendado que o animal seja capturado ou que uma foto dele seja feita para identificá-lo. Como se prevenir Escorpiões e outros animais peçonhentos se escondem em ambientes úmidos e escuros durante o dia e saem em busca de alimento à noite. Por isso, é importante ter atenção em locais como entulhos, ralos e caixas de esgoto. A SES-DF aponta que é essencial manter casas e quintais limpos e sem entulho para combater a proliferação de insetos. “É um problema de saúde pública em praticamente todas as cidades do país. É importante manter os ambientes limpos, limpar a caixa de gordura, evitar deixar migalhas espalhadas pela casa e ter cuidado com o lixo, pois tudo isso atrai as baratas, que servem de alimento para outros insetos. Essas ações acabam por proteger as crianças”, pontua Andrea Amora. O uso de inseticida não é recomendado, já que não há comprovação de que o remédio funcione com escorpiões. Se um escorpião for encontrado, é necessário entrar em contato com a Vigilância Ambiental por meio dos números 160 e (61) 2017-1344, ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Onze hospitais da rede pública do DF têm soros antiveneno para pacientes que se encontram em estado moderado ou grave após acidente com animais peçonhentos
Campanha Gari Sangue Bom incentiva aumento de doadores

Servidores de empresas que prestam serviços de coleta de resíduos sólidos no DF poderão participar de ação da Secretaria de Atendimento à Comunidade, no dia 15, em Ceilândia A Secretaria de Atendimento à Comunidade (Seac) fará uma ação para conscientização sobre a importância da doação de sangue na próxima sexta-feira (15). A campanha Gari Sangue Bom é uma parceria do órgão com a Secretaria de Saúde (SES), a Administração Regional de Ceilândia, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Hemocentro e a Associação dos Garis do DF. “Precisamos mudar o pensamento de que doação de sangue só se faz quando alguma notícia ruim aparece, e doar sangue com alegria. Afinal, sangue é sinônimo de vida e amanhã podemos precisar”Claryssa Roriz, secretária de Atendimento à Comunidade No dia da ação, servidores de três empresas responsáveis pela prestação de serviços de coleta de resíduos sólidos no DF – Sustentare Saneamento, Valor Ambiental e Suma Brasil – poderão doar sangue, na administração de Ceilândia. “Os garis serão os protagonistas da campanha e ajudarão a conscientizar cada vez mais as comunidades do Distrito Federal sobre a importância de ser um doador. Precisamos mudar o pensamento de que doação de sangue só se faz quando alguma notícia ruim aparece, e doar sangue com alegria. Afinal, sangue é sinônimo de vida e amanhã podemos precisar”, destaca a secretária de Atendimento à Comunidade, Claryssa Roriz. A campanha não será restrita aos profissionais da limpeza. A comunidade poderá comparecer ao local, das 9h às 16h, e doar sangue também. Após a coleta, será oferecido pelo Hemocentro um café da manhã. “Às vezes, uma pessoa está na fila apenas aguardando aquele tipo sanguíneo para fazer uma cirurgia de urgência. Então, quero conscientizar não somente a categoria dos garis, mas toda a sociedade para fazermos um projeto incrível, e o mais importante, para salvarmos vidas”, afirma a presidente da Associação dos Garis do DF e idealizadora da ação, Fátima Dias. “É importante a doação do sangue para salvar vidas e abastecer os estoques do Hemocentro. A gente nunca para e pensa que um dia nós mesmos podemos precisar de doação”, completa Fátima. Condições Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade. Menores de 18 anos devem apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor/guardião. Idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos. Também é necessário pesar mais de 51 kg e ter IMC maior ou igual a 18,5; apresentar documento de identificação oficial com foto (original ou cópia autenticada em cartório), em bom estado de conservação e dentro do prazo de validade; dormir pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior à doação; não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação; e não fumar duas horas antes da doação. No site da Fundação Hemocentro, há outras instruções e as restrições para ser um doador. *Com informações da Seac | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Campanha é focada nos profissionais da limpeza para incentivo à doação de sangue, mas é aberta à comunidade
China cogita proibir roupas que ‘atentem contra espírito nacional’

Especialistas jurídicos alertam que frases vagas como ‘ferir os sentimentos nacionais’ tornem a aplicação da lei problemática Um projeto de lei que falas e roupas “prejudiciais ao espírito do povo chinês” gerou debate na China. Se a lei entrar em vigor, pessoas consideradas culpadas poderão ser multadas ou presas, mas a proposta ainda não especifica o que exatamente constitui uma violação. Usuários de redes sociais e especialistas jurídicos pediram mais clareza para que excessos na aplicação da lei sejam evitados. A China divulgou recentemente uma série de propostas de mudanças em suas leis de segurança pública – as primeiras reformas em décadas. A lei sobre o vestuário provocou reação imediata, com muitas pessoas criticando-a como excessiva e absurda nas redes sociais. As controversas cláusulas sugerem que as pessoas que vistam ou forcem outras pessoas a usarem roupas e símbolos que “minam o espírito ou ferem os sentimentos da nação chinesa” podem ser detidas por até 15 dias e multadas em até 5.000 yuans (ou R$ 3.400). Quem cria ou divulga artigos ou discursos do tipo também poderá enfrentar a mesma punição. As propostas de mudanças legais também proíbem “insultar, caluniar ou de outra forma infringir os nomes de heróis e mártires locais”, bem como o vandalismo de suas estátuas. Nas redes, pessoas questionaram como os aplicadores da lei poderiam determinar unilateralmente quando os “sentimentos” da nação serão “feridos”. “Será que usar terno e gravata conta? O marxismo se originou no Ocidente. Sua presença na China também contaria como ferir os sentimentos nacionais”, postou um usuário na plataforma chinesa Weibo, semelhante ao Twitter/X. Especialistas jurídicos do país também criticaram a formulação vaga da lei, dizendo que ela poderia estar sujeita a abusos. Zhao Hong, professora de direito da Universidade Chinesa de Ciência Política e Direito, disse que a falta de clareza pode levar a uma violação de direitos individuais. “E se o responsável pela aplicação da lei, geralmente um agente da polícia, tiver uma interpretação pessoal e iniciar um julgamento moral para além do âmbito da lei”, ela escreveu num artigo publicado na quarta-feira. Ela citou um caso que ganhou manchetes na China no ano passado, quando uma mulher vestida de quimono foi detida na cidade de Suzhou e acusada de “provocar brigas e incitar problemas” porque usava a vestimenta japonesa. O incidente gerou indignação nas redes sociais chinesas. Mas há outros exemplos de repressão. Em março deste ano, a polícia deteve uma mulher que vestia uma réplica de um uniforme militar japonês num mercado noturno. E no início do mês passado, pessoas que usavam roupas com estampas de arco-íris foram impedidas de entrar em um show do cantor taiwanês Chang Hui-mei em Pequim. “Usar um quimono é ferir os sentimentos da nação chinesa, comer comida japonesa é pôr em risco o seu espírito? Quando é que os sentimentos e o espírito da nação chinesa se tornaram tão frágeis?” escreveu um popular comentarista digital, que escreve sob o pseudônimo de Wang Wusi. O projeto de lei é mais um exemplo de como o presidente chinês, Xi Jinping, tem procurado redefinir o que torna um cidadão chinês modelo desde que ascendeu ao poder em 2012. Em 2019, o seu Partido Comunista Chinês emitiu “diretrizes morais” que incluem normas como ser educado, viajar com menor pegada de carbono e ter “fé” em Xi e no partido. – (crédito: Getty Images) BBC News Especialistas jurídicos alertam que frases vagas como ‘ferir os sentimentos nacionais’ tornem a aplicação da lei problemática
Janja apaga post com dança após críticas por ausência de Lula no RS

Lula está na Índia para a reunião do G20. O chefe do Executivo está sendo duramente criticado pelo fato de não ter ido acompanhar o atendimento às vítimas de um ciclone no Rio Grande do Sul Após ter sido criticada, a primeira-dama, Janja Lula da Silva, apagou uma publicação nas redes sociais, nesta sexta-feira (8/9), na qual aparecia imitando uma dança indiana. Na legenda do vídeo, Janja comemorava a chegada à Índia e afirmava: “Me segura que eu vou sair dançando”. Internautas apontaram falta de empatia, em razão da situação de calamidade no Rio Grande do Sul. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do desfile de 7 de Setembro, e, em seguida, embarcou para a Índia, onde participará do G20. O chefe do Executivo está sendo duramente criticado pelo fato de não ter ido acompanhar o atendimento às vítimas de um ciclone no Rio Grande do Sul. Ao menos 41 pessoas morreram em decorrência da tragédia. “Me segura que eu vou sair dançando”, diz Janja após chegar à Índia. Postagem da primeira-dama foi alvo de críticas nas redes sociais e foi excluída poucos minutos após ser publicada. pic.twitter.com/cZRXu1eOBu — Mateus Oliveira (@mateusno) September 8, 2023 Mais cedo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), presidente em exercício, anunciou que os municípios do Rio Grande do Sul receberão R$ 800 por desabrigados das chuvas por meio do Ministério do Desenvolvimento Social. Alckmin também afirmou que visitará o estado no domingo (10/9), e que a comitiva deve descer no município de Lajeado e passar pelas cidades de Roca Sales e Arroio do Meio. Ainda segundo Alckmin, serão distribuídas 20 mil cestas de alimentos, sendo que as primeiras cinco mil chegam no domingo às localidades. Questionado sobre o presidente Lula não ter feito visita ao estado, Alckmin alegou que o governo federal começou a atuar “imediatamente” e que tem conversado com Lula sobre o tema. E alegou questões de agenda por parte do petista. Por meio das redes sociais, Lula rebateu “ter orientado o governo a estar de prontidão”. (crédito: Reprodução / Redes Sociais) Janja apaga tuíte com vídeo em ue celebrava a chegada à Índia –