01/06/2025

Cantora alega ter passado por uma revista em seu cabelo durante uma inspeção no aeroporto, destacando um episódio de discriminação racial.

"As coisas nunca são suaves para pessoas como eu", escreveu a cantora. - (crédito: Reprodução redes sociais)

Luciane Dom relatou ter sido selecionada para uma “revista aleatória” durante um procedimento no aeroporto, onde uma funcionária solicitou a revista de seu cabelo. A Infraero, no entanto, nega a ocorrência de inspeção nos cabelos.

A cantora Luciane Dom compartilhou nas redes sociais que sofreu racismo no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (14/12).

A artista disse que teve o cabelo revistado ao ser parada em uma “revista aleatória”. “As coisas nunca são suaves para pessoas como eu”, escreveu Luciane.

A Infraero, administradora do aeroporto, negou a denúncia e disse que imagens de segurança mostram que não houve inspeção nos cabelos da artista. “Eu já tinha passado a mala no scanner, e eu mesma já tinha passado no scanner corporal. A mulher me diz “tenho que olhar seu cabelo”. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato.

Ela chama o superior”, escreve a artista. “Eu trabalho com arte, criando possibilidades e imaginários diferentes, fazendo pessoas sonharem… Me fazendo acreditar na mudança. Queria ao menos ter ânimo e cabeça pra continuar divulgando o som e falando o que eu tava falando durante a semana.. Queria estar leve! Mas não”, escreveu Luciane.

Em nota enviada à imprensa, a Infraero informou que a cantora foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. “Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos.

De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão”, diz trecho da nota. A reportagem entrou em contato com Luciane Dom e a questionou sobre o posicionamento da Infraero, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações. Confira a íntegra da nota:

A cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos. De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão.

Um dos procedimentos previstos para garantir a segurança do passageiro e demais usuários, a realização de inspeção de segurança aleatória é prevista na Resolução ANAC nº 515, de 8 de maio de 2019.

Destaca-se que os pórticos detectores de metais do aeroporto têm a capacidade de gerar alarmes aleatórios, com acionamento de forma automática ou sob ação do passageiro, para fins de controle de execução da inspeção aleatória. Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro.

A Infraero reitera que repudia quaisquer formas de discriminação, que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração e está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que façam necessários.

Tribuna Livre, conforme Redes Sociais

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