Enquanto a dengue clássica se manifesta predominantemente por meio de sintomas primários, como febre e dores no corpo, a dengue hemorrágica representa uma progressão para uma condição mais grave, frequentemente ocorrendo entre o terceiro e o sétimo dia.
Transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, responsável por quatro sorotipos diferentes, a dengue pode se manifestar desde a forma clássica até a mais séria, conhecida como hemorrágica.
Os sintomas iniciais da dengue surgem entre quatro e dez dias após a picada do mosquito infectado. Mal-estar, fadiga, febre alta, dores no corpo, dor retro-ocular, dor de cabeça, e dor nas articulações são comuns, podendo também ocorrer vômito, náusea, diarreia e manchas na pele. Alguns casos podem ser assintomáticos ou apresentar apenas um sintoma.
Tanto a dengue clássica quanto a forma grave compartilham os mesmos sintomas nos primeiros dias, com a distinção tornando-se mais evidente entre o terceiro e o sétimo dia, quando a febre diminui. Na dengue hemorrágica, surgem sinais de alerta, como queda da pressão arterial, tontura, dor abdominal, vômito contínuo e sangramentos em diversas partes do corpo.
A reinfecção é um fator relevante no desenvolvimento da dengue hemorrágica, tornando a doença mais grave em casos recorrentes. A prevenção, tanto governamental quanto individual, é crucial, dada a reprodução do mosquito em locais com acúmulo de água.
A ingestão de anti-inflamatórios pode agravar a condição, aumentando o risco de hemorragias. Grávidas, crianças e idosos têm maior propensão a complicações.
Não existem medicamentos específicos para o vírus da dengue. O tratamento principal consiste em hidratação com soro, água, água de coco e suco de frutas. Unidades de saúde e tendas em diversas regiões administrativas oferecem hidratação venosa e pacotes para reidratação oral.
Medicamentos analgésicos podem ser prescritos para aliviar sintomas. Em casos leves, o vírus persiste por sete dias, e os sinais geralmente desaparecem após uma semana. No entanto, é normal sentir fraqueza pós-viral até um mês após os sintomas. Em caso de suspeita da doença, é recomendado procurar uma unidade básica de saúde ou as tendas governamentais.
Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.