12/11/2025

Disputa pela presidência do Senado fica acirrada entre Pacheco e Marinho

 Senador Rogério Marinho (PL-RN) lançou candidatura
com apoio de bloco formado por PL, PP e Republicanos; favorito é o atual
presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem apoio do Planalto


Senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho
(PL-RN) estão em disputa acirrada pela presidência do Senado.Reprodução

A disputa da próxima eleição para a presidência do Senado
se acirrou entre as candidaturas do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do atual
presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Para garantir o cargo, são necessários os votos de ao
menos 41 senadores.

Candidatura de Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, montou um bloco
com PSD, MDB e União Brasil para disputar a reeleição.

Somados, o grupo tem 35 senadores, seis a menos que o
número necessário para ser eleito. O bloco deve ser formalizado no dia 1º de
fevereiro, mesma data da eleição.

A informação foi confirmada à CNN pelo senador Renan
Calheiros. “Já há uma decisão tomada desses partidos de montar esse bloco, que
poderá ainda ser ampliado com outros partidos que têm demonstrado interesse em integrá-lo”,
disse Renan à CNN.

Na última quinta-feira, o PT também anunciou apoio a
Pacheco, mas ainda não há definição sobre participar formalmente do bloco.

Para Renan Calheiros, Pacheco deve ser reeleito sem
sobressaltos. “A expectativa é de que ele (Pacheco) tenha mais de 50 votos,
podendo chegar a 55”, disse.

Candidatura de Marinho

O Partido Liberal anunciou, na manhã deste sábado (28), a
formação de um bloco parlamentar de apoio à candidatura do senador eleito
Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado.

Conforme antecipado pelo analista de política da CNN Caio
Junqueira na quarta-feira (25), PP e Republicanos apoiarão Marinho na disputa.

Somados, os partidos reúnem 23 senadores. Para ser
eleito, Marinho precisa de 41 votos.

Em conversa com a CNN no dia 17 de janeiro, Marinho
sinalizou que a linha de sua campanha é apostar na eventual falta de condições
de Pacheco de liderar o Senado frente ao fortalecimento do Judiciário.

“Houve invasão de prerrogativas por parte do Judiciário.
Hoje você vê alinhamento do Judiciário com o governo Federal e a vitória do
Pacheco manterá isso”, afirmou.

Nos cálculos do Partido Liberal (PL), hoje Pacheco conta
com 34 votos e Marinho tem 31. Portanto, existem 16 votos a serem conquistados.

Interlocutores de Pacheco apontam que a candidatura de
Marinho representa o fortalecimento do bolsonarismo e acusam apoiadores do
adversários de promoverem uma guerra digital contra o atual presidente do
Senado.

A eleição para a presidência do Senado

A definição dos cargos da Mesa Diretora do Senado Federal
se dá na seguinte ordem: primeiro é eleito o presidente da Casa; na sequência,
vice-presidentes; então secretários; e, por fim, suplentes.

Qualquer senador pode se candidatar à presidência — sem
necessidade de indicação por sigla ou bloco parlamentar. As candidaturas
avulsas, porém, não costumam receber quantidade significativa de votos, já que
não são articuladas com acordos partidários.

Todos os parlamentares têm direito ao voto nas disputas,
em votação secreta e por meio de cédulas impressas. Para conquistar o cargo, o
senador deve receber a maioria dos votos.

Tradicionalmente as eleições para a Mesa seguiam o
critério de proporcionalidade. Portanto, o partido com mais parlamentares
costumava indicar o presidente. Desde o fim da ditadura, o MDB, que manteve por
anos a maior bancada do Senado, praticamente monopolizou as eleições pela
presidência.

Em 2019, no entanto, Davi Alcolumbre rompeu a tradição ao
se eleger presidente. Seu partido, o DEM (hoje União Brasil, após fusão com o
PSL), tinha a quinta maior bancada da Casa. Desde então os acordos partidários
têm se sobreposto à proporcionalidade para a distribuição dos cargos.

Foi assim também que Rodrigo Pacheco, atual presidente da
Casa, se elegeu, à época filiado ao DEM.

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