A moeda norte-americana fechou a R$ 4,942, influenciada
pela inflação nos EUA que está abaixo do esperado
(crédito: Freepik/Reprodução)
O dólar comercial fechou
em queda de 1,32% nesta quarta-feira (12/4) e encerrou a sessão a R$ 4,942.
Esta é a primeira vez, desde o início de junho de 2022, que a moeda
norte-americana fica abaixo de R$ 5. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa
de Valores brasileira (B3), encerrou com alta de 0,64%, e o real em melhor
desempenho entre os países exportadores de commodities — termo que corresponde
a produtos básicos globais não industrializados como soja, milho e café.
A baixa do dólar, que
emendou o segundo dia em queda firme, está sendo influenciada pela movimentação
política no Brasil em relação ao arcabouço fiscal, que está sendo esperado com
expectativa positiva por investidores, e pela inflação nos Estados Unidos que
está abaixo do esperado. “Lula fez defesa de Haddad e o secretário do
Tesouro Rogério Ceron disse que aceitou sugestões do mercado para melhorar o
arcabouço fiscal”, ressaltou o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano
Oliveira, em entrevista à Agência
Estado.
O Departamento de Trabalho
dos Estados Unidos divulgou, nesta quarta-feira (12/4), o índice de preços ao
consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março, que fechou em 5%, abaixo do
esperado pelo mercado financeiro, sendo o mais baixo em dois anos. O resultado
do CPI aumentou as apostas de que o Fed pode ser menos duro na alta de juros, o
que foi positivo para moedas emergentes”, disse a economista Cristiane
Quartaroli, do Banco Ourinvest, à Agência Estado.
“O grande fator para
a queda do dólar é certamente a mudança da perspectiva para a política
monetária americana. A projeção para os FedFunds no fim do ano caiu
recentemente de 5,60% para 4,38%. Isso teve grande impacto no valor do dólar
frente a divisas emergentes”, avaliou Oliveira.