A Polícia Federal está investigando uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou sobre a operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (8/2) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-assessores e militares. A corporação apura sobre uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Eduardo declarou nas redes sociais: “A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal”.
Eduardo Bolsonaro também criticou a imprensa ao comentar sobre a prisão em flagrante do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por porte ilegal de arma. Ele afirmou: “A imprensa militante tem um árduo trabalho diante de si: convencer o público de que Valdemar da Costa Neto queria dar um golpe em 8 de janeiro. As mentiras não serão pequenas”.
Na operação, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas, incluindo a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de sair do país com entrega dos passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas. Os policiais federais executaram as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, em vários estados brasileiros.
Os alvos dos mandados de busca incluem Braga Netto, Augusto Heleno, os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além de outros militares e aliados políticos de Bolsonaro. O ex-presidente Jair Bolsonaro também é alvo da operação e foi intimado em sua residência em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Ele está proibido de manter contato com os demais investigados, inclusive por meio de advogados, e deve entregar o passaporte em até 24 horas.
Segundo a PF, a investigação apurou que o grupo investigado se dividiu em núcleos para disseminar a ideia de fraude nas eleições presidenciais de 2022 e subsidiar uma intervenção militar. O primeiro eixo envolveu a construção e propagação da narrativa de fraude eleitoral, enquanto o segundo consistiu em atos para apoiar um golpe de Estado, com o envolvimento de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais.
Tribuna Livre, com informações da Agência Câmara