O senador e ex-vice-presidente Mourão declara que os processos contra membros das Forças Armadas são ilegais e compara as ações a um nível de ousadia que nem mesmo Hitler alcançou.
O senador e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), discursou no plenário do Senado nesta quinta-feira em resposta à operação da Polícia Federal, alertando para uma situação de “anormalidade” no Brasil e clamando por uma reação das Forças Armadas diante do que ele descreve como “abusos” e processos ilegais conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal contra militares.
Mourão expressou preocupação com o rumo do país, afirmando que enxerga sinais de um possível regime autoritário se estabelecendo. Ele criticou ações recentes que, em sua visão, buscam retratar as manifestações populares como parte de uma conspiração golpista. Lembrou também das mobilizações contra a corrupção em 2016 e afirmou que agora há uma indignação semelhante contra o que ele considera arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal.
O político ressaltou a importância da oposição se unir publicamente para denunciar o que ele percebe como uma perseguição política promovida pelo sistema judiciário. Ele condenou a suposta omissão da Justiça Militar diante dos processos considerados arbitrários que afetam membros das Forças Armadas, comparando a situação a episódios históricos de regimes totalitários.
Mourão instou a oposição a utilizar meios como palestras e entrevistas para denunciar o que ele descreve como arbítrio do Supremo Tribunal Federal, ao qual ele atribui o rótulo de instrumento de “oligarquias regionais”. Ele fez um paralelo histórico com 1922, mencionando uma “revanche das oligarquias”, embora não tenha detalhado esse ponto.
Por fim, o político alertou para o risco de um confronto de consequências graves, lamentando a suposta perseguição contra militares enquanto corruptos seriam beneficiados e criminosos permaneceriam impunes.
Tribuna Livre, com informações do Jornal O Globo