O Ministro da Justiça inicia o trabalho de aproximação no Parlamento para assegurar sua nomeação ao Supremo, e o relator afirma que ele conquistará mais de 50 votos.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, iniciou a tradicional peregrinação no Senado em busca de votos para apoiar sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal (STF). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) avaliará sua indicação no próximo dia 13 e, se aprovado, o nome será submetido ao plenário. O relator da indicação, senador Weverton Rocha (PDT-MA), prevê que o ministro receberá pelo menos 50 votos, uma folga confortável em relação aos 41 necessários.
Dino teve um almoço com Weverton nesta terça-feira para discutir sua indicação. O senador afirmou que o ministro começou a fazer os primeiros contatos com os parlamentares da base na tarde de segunda-feira, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação. Weverton não escondeu que seu parecer será pela aprovação e que está auxiliando na articulação.
O otimismo de Weverton contrasta com a opinião da oposição. O líder do PL na Casa, Carlos Portinho (RJ), acredita que o governo terá dificuldade em emplacar o ministro no STF. O subprocurador Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), não deve enfrentar obstáculos.
Na campanha contra Dino, aliados de Bolsonaro divulgaram um levantamento com as supostas posições dos 81 senadores que participarão da sabatina. Ao longo da tarde desta terça-feira, eram contabilizados 18 votos contrários ao ministro, 15 a favor e 48 indefinidos. Weverton descarta qualquer impedimento para a aprovação de Dino e destaca a importância do diálogo com os colegas senadores.
Tribuna Livre, com informações da Agência Senado