A União dos
Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) reivindica que a
agência seja chefiada por profissionais próprios
A indicação de delegados da Polícia Federal para chefiar
a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gerou indignação dentro do órgão.
Os servidores reivindicam que a Abin tenha como diretores profissionais de
inteligência da própria agência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou,
nesta sexta-feira (3/3), o delegado aposentado da PF Luiz Fernando Corrêa para
o cargo de diretor-geral da Abin. O nome dele ainda precisa ser aprovado pelo
Senado. O petista também nomeou nesta sexta o delegado Alessandro Moretti para
diretor adjunto da Abin.
Em nota pública divulgada nesta sexta-feira, a União dos
Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) disse que “a gestão
liderada por profissionais especializados é mais eficiente e traz melhores
resultados para a sociedade e para o Estado”.
“Portanto, a designação de um diretor adjunto, cuja
função é gerenciar a produção de Inteligência de Estado, fora desses quadros
gera receio entre os servidores do órgão”, afirmou a Intelis.
Uma fonte da Abin que preferiu não se identificar disse
que o clima está muito ruim e que os servidores estão furiosos com a indicação
dos policiais federais.
A organização que representa os profissionais da Abin
disse que “as quatro ocasiões em que a Abin foi dirigida por quadros estranhos
à área da Inteligência de Estado foram marcadas por crises ou desvios de
atribuição”.
Veja a nota na íntegra:
