Técnico aponta equilíbrio do time e diz ter tratado o
jogo como uma semifinal
Botafogo x Santos: Luis Castro — Foto: André Durão
O Botafogo venceu o Santos por 3 a 0 nesta quinta-feira, no
Estádio Nilton Santos, em jogo válido pela 37ª rodada, com gols de Lucas
Fernandes (2) e Tiquinho Soares. O técnico Luís Castro celebrou a boa atuação
coletiva da equipe, apontou a agressividade e o equilíbrio na proteção à
defesa.
– Foi um time que foi montado para atacar o gol do
adversário com as devidas cautelas defensivas. Não podíamos ter todos os
jogadores empolgados para atacar. Teríamos que ter aqueles focados no
equilíbrio do time para ter tranquilidade para atacar. E o time cumpriu isso à
perfeição – apontou.
Luís Castro analisa vitória do Botafogo
Quase 30 mil torcedores encheram as arquibancadas do Estádio
Nilton Santos para empurrar o time alvinegro ainda na busca por uma das vagas
na Libertadores de 2023. O apoio, diferentemente de em outras partidas, foi o
tom durante todo o jogo e o treinador destacou a concentração dos jogadores.
– Para mim é um orgulho enorme, um prazer enorme treinar
esses jogadores. Eu disse para eles, que independente do que acontecesse, eu
estaria orgulhoso deles. Porque nunca deixaram trabalhar. A fama vai, o
prestígio fica. Parabéns a toda a família do Botafogo por chegar tão junta ao
final da temporada. Independente do que acontecer no domingo – destacou.
Com a vaga na Libertadores em jogo, o Botafogo vai para
Curitiba na última rodada enfrentar o Athletico-PR na Arena da Baixada no
domingo, às 16h. Em caso de vitória, os cariocas garantem ao menos vaga na
pré-Libertadores, se o Atlético-MG não vencer o Corinthians em São Paulo, vão
direto à fase de grupos.
Confira outras respostas de Luís Castro na entrevista
coletiva:
SOBRE ATUAÇÃO COLETIVA
– Acho que na pergunta há uma palavra fundamental que é como
montou “a equipe”. Muito mais importante que qualquer jogador é a
equipe, as dinâmicas, a concentração que a equipe tem que ter em alguns
momentos do jogo. Tudo isso foi perfeito hoje. Quando preparamos sabíamos que
era uma semifinal. Para ir à final precisávamos vencer hoje. Felizmente o time
entrou bem no jogo.
– Foi um time que foi montado para atacar o gol do
adversário com as devidas cautelas defensivas. Não podíamos ter todos os
jogadores empolgados para atacar. Teríamos que ter aqueles focados no
equilíbrio do time para ter tranquilidade para atacar. E o time cumpriu isso à
perfeição.
– Para mim é um orgulho enorme, um prazer enorme treinar
esses jogadores. Eu disse para eles, que independente do que acontecesse, eu
estaria orgulhoso deles. Porque nunca deixaram trabalhar. A fama vai, o
prestígio fica. A forma que nos dedicamos ao trabalho. Entendemos tudo aquilo
que aconteceu à nossa volta, os jogadores se mantiveram serenos e conquistaram
prestígio ao longo da competição.
– Parabéns a toda a família do Botafogo por chegar tão junta
ao final da temporada. Independente do que acontecer no domingo. Não festejamos
nada em concreto. Despedimos da torcida que aqui e ali nos criticou, mas nós
entendemos essas críticas. Quando não gostamos de alguma coisa, provoca
sentimentos e precisa ser externalizado. Hoje foi uma despedida junto à nossa
família.
A EMOÇÃO DO JOGO
– Não é fácil encontrar palavras. As emoções geram
sentimentos. Não é fácil encontrar palavras para descrever esses sentimentos,
de quando é reconhecido pelo que faz no trabalho. Aquilo que mais me recompensa
no meu trabalho é ver os meus jogadores felizes, a administração feliz, os
torcedores felizes. É isso que eu busco. Infelizmente em determinados momentos
não conseguimos.
– Senti que as coisas estavam ruins à nossa volta. Me senti
responsável por isso. Minha consciência estava em paz, mas eu não porque não
conseguia corresponder à toda expectativa criada. É um sentimento de alegria de
ver reconhecido o meu trabalho, dos jogadores e de todo o staff. O sentimento
de alguém que não estava muito em paz por não conseguir retruibuir aos outros e
vê-los felizes. Fiquei muito feliz por ouvir meu nome ser gritado porque sempre
lutei muito para sair aqui com o trabalho bem feito.
–SOBRE DEPENDER APENAS DE SI NA ÚLTIMA RODADA
– Eu olhava sempre para cima, mas com retrovisor para ver o
que vinha abaixo. No futebol temos que desconfiar de tudo. Já são muitos anos
ao serviço dele e já nos ensinou muita coisa. O grupo tem três valores dentro
dele que não pode abdicar: Coragem, respeito e determinação. Tudo isso teve
sempre muito presente no grupo.