05/02/2025

Lula anuncia primeiros ministros nesta sexta. Veja nomes

 Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulga, na manhã desta sexta (9/12), ministros da Fazenda, da Defesa e de outras pastas

Os brasileiros vão conhecer, mais ou menos na mesma hora
desta sexta (9/12), duas escalações que geram muita expectativa: a do técnico
Tite para a Seleção enfrentar a Croácia e a do presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) para a Esplanada dos Ministérios a partir do ano que vem.

Assim como Tite gosta de fazer, Lula escondeu o jogo e
queria começar a anunciar seu time só a partir da semana que vem, depois de ser
diplomado como presidente eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entretanto, uma série de pressões e a necessidade de acelerar a articulação
política fizeram o petista mudar de ideia.

Além de desejar criar pontes de diálogo com militares,
mercado e líderes políticos, o presidente recém-eleito quer dar legitimidade a
nomes que há muito são especulados na imprensa e, extraoficialmente, já são
tratados como ministros. É o caso do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad,
que deve assumir o Ministério da Fazenda e até já se reuniu com o atual titular
da Economia, Paulo Guedes, na sede da pasta, na quinta-feira (8/12).

Embora o mercado financeiro não aprove a indicação de
Haddad, por não ver no petista um perseguidor da responsabilidade fiscal, o
nome dele – que é advogado de formação, mas tem mestrado em economia – já foi
tão falado que está “precificado”. E um anúncio oficial não deve causar tanto
rebuliço na Bolsa ou no preço do dólar, sobretudo em dia de jogo do Brasil na
Copa.

Os operadores financeiros ainda esperam, porém, que Lula
anuncie um nome com perfil mais liberal na economia para o Ministério do
Planejamento. Essa designação, no entanto, não deve ocorrer nesta sexta.

Defesa

O presidente eleito ainda deve anunciar o seu escolhido
para o Ministério da Defesa, o que também não será surpresa. O ex-deputado
federal e ex-ministro do TCU José Múcio Monteiro deve ficar responsável por
administrar a relação entre o governo e as Forças Armadas.

A oficialização desse nome tem como objetivo aproximar o
governo eleito dos militares – grupo social que integra a base de apoio de
Bolsonaro, presidente não reeleito, e é pressionado por manifestantes acampados
em frente a quartéis a dar um golpe para evitar a posse de Lula.

O golpismo não faz sucesso entre os oficiais da ativa,
mas o anúncio do ministro da Defesa, que virá acompanhado dos nomes dos futuros
comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, tem o objetivo de
desmobilizar quem insiste nas ideias antidemocráticas, seja dentro das Forças,
nas redes sociais ou nas ruas.

Quem mais?

Aliados de Lula apostam que o presidente eleito vai
anunciar ainda os nomes do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) para o
Ministério da Justiça e da Segurança Pública, e do embaixador Mauro Vieira para
o Itamaraty.

A partir daí, há dúvidas. O governador da Bahia, Rui
Costa (PT), já está praticamente sacramentado para assumir a Casa Civil, um dos
ministérios mais importantes do governo, mas o fato de ele ainda não ter
terminado seu mandato traz dúvidas sobre o momento do anúncio.

É o mesmo caso de Izolda Cela (sem partido), que é o nome
mais cotado para a Educação, mas ainda conclui mandato como governadora do
Ceará.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva também deve
reassumir o posto, mas esse anúncio pode ficar para o bloco de ministros a ser
divulgado após a diplomação de Lula. O mesmo pode acontecer com a cantora
Margareth Menezes, que deve assumir o Ministério da Cultura (a ser recriado).

Por fim, embora não haja definição dos órgãos
específicos, há nomes que, muito provavelmente, assumirão ministérios. É o caso
da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que visa uma pasta na área social, e do
deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), que quer o Turismo.

Márcio França, ex-governador de São Paulo e ligado ao
vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, deve comandar o Ministério de Ciência e
Tecnologia.

Menos espaço para o PT

Quando todos os ministros forem anunciados, o que se
espera é que nomes do PT ocupem menos de um terço dos cargos, diferentemente do
que ocorreu nos dois primeiros governos de Lula e também nos mandatos de Dilma
Rousseff (PT). O menor espaço é consequência de o PT ter precisado construir
uma frente ampla, sobretudo no segundo turno, para vencer Bolsonaro em uma
eleição acirrada.

Lula tem dito aos aliados mais próximos que tem a
obrigação de dar espaço no primeiro escalão a partidos aliados e a movimentos
sociais ligados à esquerda.

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