21/09/2025

Lula promete governo com menor índice de feminicídio: “Penas mais severas”

 Citando a mãe, Dona Lindu, presidente Lula destacou que
“a mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher”


(crédito: DOUGLAS MAGNO/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta
terça-feira (31) que seu governo terá o menor índice de feminicídio. O chefe do
Executivo defendeu ainda que o Brasil precisa de penas mais severas em relação
ao crime contra o sexo feminino.

“É uma luta sem trégua. Não basta uma lei. Quando
assinei a Lei Maria da Penha, eu era o presidente e imaginei que a violência
contra a mulher iria desaparecer. Não desapareceu. Pelo contrário, aumentou,
inclusive na pandemia. Além de lei, é um problema cultural, de educação”,
apontou.

Citando a mãe, Dona Lindu, Lula destacou que “a
nossa mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher”.

“O homem tem que aprender que a mulher não foi feita
para apanhar. Mulher foi feita para ser parceira, para fazer política. Foi
feita para ser igual, inclusive no mercado de trabalho. E nós precisamos ter
penas muito severas para o cidadão que levanta a mão para bater na mulher, que
violenta os seus filhos. A Dona Lindu criou oito filhos, sozinha, cinco homens,
e ninguém nunca levantou a mão para bater em mulher porque aprendemos que a
nossa mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher. Por que as
outras pessoas não aprendem isso?”, questionou.

“Espero que, ao terminar esse mandato, se não
tenhamos o índice zero de violência contra a mulher, a gente tenha o mais baixo
índice de violência contra a mulher da história do país porque a violência
demonstra que a nossa formação está muito atrasada. A mulher não tem que morar com
o homem por conta de um prato de comida. Ela só deve morar com o homem se ela
quiser, se ela gosta dele. Se ela não quiser, vai embora.”

O petista voltou a contar sobre a luta da mãe e disse ser
preciso coragem para deixar a situação de violência. Além disso, reforçou que o
Estado precisa ter condições de proteger a mulher.

“Dizem que a mulher muitas vezes se sujeita a coisas
não confortáveis com o seu marido porque ela não trabalha fora e depende do
dinheiro para as crianças. A minha mãe, analfabeta, teve coragem de sair da
casa que a gente morava, com oito filhos. Ninguém trabalhava. Foi morar no
barraco e criou oito filhos e todos como cidadãos. Se minha mãe pôde fazer
isso, significa que todos podem fazer isso. É apenas a gente ter coragem e o
Estado criar condições de proteger”, completou.

“Mulher não foi feita para apanhar, foi feita para
ter liberdade, tanto quanto o homem tem”, concluiu.

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