Agricultura familiar é uma das bases da segurança alimentar no DF

Por trás da montagem de cestas verdes até a chegada dos alimentos nas mesas brasilienses, há o trabalho de famílias inteiras que encontraram o sustento no campo Uma plantação repleta de hortaliças se estende por uma área de cinco hectares no Assentamento 15 de Agosto, no Núcleo Rural Capão Comprido. Há oito anos, a agricultora familiar Michelly Sllany Ornelas, 38, cuida da propriedade com dedicação e trabalho árduo. Michelly já passou por muitas histórias na área rural. De perdas da plantação por enchentes a colheitas fartas. “Quando tive a acesso a essa terra, compreendi que é o melhor lugar para se viver. Porque não é só o que eu vendo ou posso doar, é também o que eu consumo. A gente sofre essas perdas: chove, faz sol, pode ter uma praga. Acontece. Mas viver no campo é muito bom. Quando cheguei aqui, não tinha nada. Hoje, tenho minha terra. Que é do Estado, mas está cedida para que eu possa trabalhar, ganhar meu dinheiro, sobreviver e manter minha família com meu esposo”, enfatiza a agricultora familiar. Compras governamentais Michelly obtém sua renda por meio das compras governamentais, fornecendo alimentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e também para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A maior parte da produção é de hortaliças, como couve, quiabo, salsa, cebolinha, acelga, coentro, repolho e beterraba. “É uma via de mão dupla, todos nós somos ajudados. Eu vendo para o governo desde 2017, tanto diretamente quanto pela associação ou cooperativa. E eu nunca deixei de receber um centavo. Se eu for classificar qual é a melhor venda, o melhor comércio, são as compras de governo. Eu vivo de compras do governo”, declara Michelly. De acordo com a produtora rural, o maquinário é fornecido pelo governo à associação de agricultores, que conta com um trator e dez implementos cedidos pela Secretaria de Agricultura, por meio de chamamento público. Também ocorrem podas da Novacap na região, utilizadas tanto na produção de insumos quanto na cobertura do solo. São ainda fornecidos, esporadicamente, insumos para produção orgânica. Mas Michelly afirma que um dos maiores incentivos é a compra do produto. “O Estado está sempre comprando por meio de programas, e isso é uma grande ajuda. Além disso, os preços são excelentes”, observa. Programas rurais O Programa de Aquisição de Alimentos por Termo de Adesão (PAA/TA) é federal, executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). O programa realiza a compra de produtos da agricultura familiar para doação. A distribuição para pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar ocorre no DF por meio de dois equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): o Banco de Alimentos, localizado na Ceasa-DF, e o Sesc Mesa Brasil. Em 2023, foram disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento Social R$ 4 milhões para compra e doação de alimentos. Há 960 agricultores familiares do DF cadastrados como fornecedores do programa que entregam cerca de 20 toneladas de alimentos por semana. Os alimentos são destinados a 240 entidades sociais, que atendem mais de 40 mil pessoas diretamente. “Esse programa federal é a escola de aprendizado para as compras institucionais. A partir dele, o produtor começa a entender como funciona esse mercado e pode galgar para outros programas, como o Pnae e o Papa-DF”, explica Lúcio Flávio da Silva, diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) também é federal, coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. No DF, é executado pela Secretaria de Educação (SEE) com apoio das secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Agricultura (Seagri), além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). São cerca de 800 agricultores cadastrados no programa, que trabalha com o repasse de recursos federais para o atendimento de estudantes da educação básica de toda rede pública, além de entidades qualificadas como filantrópicas, com ações de educação alimentar e nutricional, e oferta de refeições durante o período letivo. Os recursos federais e distritais são utilizados na compra de alimentos para a composição dos cardápios da alimentação escolar. Dois editais de chamamento público para o Pnae foram publicados em 2023: um para aquisição de hortifrútis convencionais (não orgânicos), destinados às escolas de 12 regionais de ensino, com orçamento de mais de R$ 24 milhões, e outro para aquisição de hortifrutis orgânicos para atendimento das escolas de duas regionais de ensino: São Sebastião e Guará, com mais de R$ 3 milhões de investimento. Juntos, os editais chegam a um valor de mais de 27 milhões de reais em produtos a serem adquiridos da agricultura familiar. O montante total, contando com o investimento federal e distrital em 2023 para o Pnae, ultrapassa os R$ 100 milhões. Já o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) viabiliza a compra direta pelo GDF de alimentos e produtos artesanais de agricultores familiares e suas organizações sociais do setor agrícola. Os alimentos, produzidos no DF, são destinados à alimentação da população local, por meio da compra para instituições sociais e educacionais, contribuindo com a segurança alimentar e nutricional no DF por meio das demandas de órgãos distritais, como as secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social (Sedes). O programa foi instituído em 2012 para fortalecer o campo abrindo o mercado governamental local para a comercialização dos produtos, além de contribuir para a geração de empregos na propriedade e renda para a família. Entre 2022 e 2023, são 648 agricultores familiares participando do programa, com mais de R$ 20 milhões em contratos por meio do PAPA-DF, com a aquisição de queijo muçarela, manteiga, leite fluido, feijão, farinha de milho e cestas verdes. Em 2023, R$ 9 milhões em queijo e manteiga foram adquiridos para as escolas pelo programa, que supre muitas demandas a partir das compras institucionais. “Um dos objetivos é justamente o combate à insegurança alimentar. A gente acaba amarrando todas as pontas e consegue atingir um número muito grande. Durante a pandemia, foi muito importante: o GDF aportou mais de R$ 4 milhões, atendendo
Restaurante Comunitário de Planaltina começa a servir almoço aos domingos

Novidade foi comemorada pela população. Unidade serve média de 3,5 mil refeições, diariamente Maria José Silva Cunha, 69 anos, é frequentadora assídua e rosto conhecido entre os mais de 30 funcionários que trabalham diariamente no Restaurante Comunitário de Planaltina. Não à toa. A aposentada fez questão de estar presente também no primeiro almoço servido aos domingos pela unidade. “Não poderia deixar de vir, né?”, brinca. Assim como nos dias da semana, a idosa também pagou apenas R$ 1 por refeição. “Esse valor faz muita diferença na vida da gente”, destaca, acrescentando que ainda leva comida para a família e quem mais precisa. “Tenho gente para ajudar. Levo para mim e para a minha casa”. Além do almoço aos domingos, recentemente, o restaurante também passou a servir jantar para a população. Agora, o estabelecimento se soma às unidades do Recanto das Emas e do Sol Nascente/Pôr do Sol como as que operam de segunda a domingo, servindo as três refeições. A ampliação no funcionamento dos Restaurantes Comunitários faz parte do esforço do Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir a segurança alimentar da população em vulnerabilidade social. “Nossa meta é fazer, em breve, a mesma ampliação em outros oito restaurantes. O objetivo é ampliar o acesso a uma alimentação nutritiva e garantir, por meio de refeições de baixo custo, o direito humano à alimentação”, ressalta Vanderléa Cremonini, subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF). Aprovação Neste domingo (27), usuários que almoçaram no restaurante elogiaram a qualidade da refeição servida. O prato do dia era estrogonofe de frango. “A comida é realmente muito boa. Quantas pessoas não estão precisando disso: uma boa refeição barata e nutritiva? Aqui, eu tomo café, almoço e janto. É tudo ótimo”, destaca José Moreira Garcia, 79. O aposentado diz que, agora, passará a frequentar o local também aos domingos. Os elogios alegram os trabalhadores que ajudam a servir uma média de 3,5 mil refeições por dia na unidade. “Esse retorno, para a gente, é muito positivo. O pessoal tem gostado bastante. Aqui, a fila está sempre cheia”, ressalta Raissa Karen, nutricionista que coordena a operação. No primeiro almoço dominical, o cardápio era estrogonofe de frango. Quem comeu aprovou o tempero | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília
Apolonia Flores, a menina de 12 anos torturada por ditadura no Paraguai por ser considerada ‘guerrilheira’

Apolonia Flores Rotela está entre as detidas mais jovens da história do Paraguai, onde o governo ditatorial de Alfredo Stroessner reprimiu organizações que lutavam pela redistribuição das terras. “Quero saúde, quero educação. Não quero ver o meu povo morrer”, grita Apolonia Flores Rotela enquanto os camponeses acertam os últimos detalhes da viagem. O ano era 1980 e o grupo de homens se preparava para desembarcar em Assunção desde o interior paraguaio com uma reivindicação. Apolonia tinha 12 anos e, naquele momento, tomaria uma decisão que mudaria sua vida para sempre ao escolher acompanhá-los. “Se eu morrer, talvez se faça justiça e os companheiros não tenham mais fome. Vou com vocês”, diz ela. Mas não muito longe dali, o plano para silenciar o protesto começava a tomar forma. Apolonia foi uma das muitas vítimas do governo do general paraguaio Alfredo Stroessner, líder do governo militar mais longevo da história da América do Sul e que repreendeu violentamente o movimento pela reforma agrária e distribuição mais justa de terras. Hoje, aos 56 anos, ela relata sua história à BBC News Mundo, serviço em língua espanhola da BBC. Segundo a paraguaia, a luta pela terra entrou em sua vida quando tinha apenas 7 anos. Naquele momento, a roça que seus pais trabalhavam no departamento de Misiones, no Paraguai, já não era suficiente para a família. Como resultado da organização camponesa, conseguiram que o Instituto de Bem-Estar Rural (IBR) cedesse 500 hectares em Acaraymí, Alto Paraná, para famílias pertencentes às Ligas Agrárias Cristãs. A organização se fortaleceu nas décadas de 1960 e 1970 e suas bandeiras coletivistas incomodaram especialmente a Alfredo Stroessner, que governou de 1954 a 1989. Em 1975, sua família se mudou para Acaraymí. Apolonia era uma menina alegre que brincava no mato com as crianças de sua comunidade. Mas a calma dos dias no campo foi interrompida quando o general Leopoldo Ramos Giménez e sua esposa, Olga Mendoza de Ramos Giménez, conhecida como “Ña Muqui”, passaram a reivindicar as terras onde a comunidade trabalhava. O casal também é acusado de dar as ordens para um grupo de soldados matar todos os animais das fazendas locais e promover um cerco à comunidade local. O cerco organizado pelos militares durou quatro anos. Três irmãos de Apolonia morreram no assentamento por falta de atendimento médico. Sem remédios nem comida, encurralados em uma espiral de perseguições e prisões, os camponeses decidiram lutar por suas reivindicações. 1. A viagem Em 8 de março de 1980, aos 12 anos de idade, Apolonia e outros vinte adultos que faziam parte das Ligas Agrárias Cristãs se prepararam para viajar para a capital paraguaia. “Se você se levantar contra Stroessner, ele vai te matar. Você não pode ir embora!”, implorou Genara Rotela, mãe de Apolonia, à filha. “Prefiro morrer a viver assim! Não quero mais continuar nessa miséria, mãe”, desabafa Apolonia, que por fim parte em viagem com o grupo. No caminho, Mario Ruiz Díaz, um companheiro de viagem, tenta convencê-la mais uma vez a voltar. “Fique aqui na escola e amanhã você volta para casa”, ele disse a ela, enquanto passavam pelo prédio onde Apolonia estudava. “Não insista. Vou com você até o fim!”. Durante o caminho, os camponeses param um ônibus da empresa Rápido Caaguazú que viajava à noite para Assunção. Victoriano Centurión, líder do grupo, convence o motorista a levá-los à capital. Mas no meio da noite, balas começam a ser disparadas contra o veículo. Mulheres, crianças e idosos viajavam no veículo com os camponeses. O interior do ônibus fica coberto de vidro estilhaçado das janelas quebradas. Todos caem no chão. “Os militares estão chegando”, Apolonia escuta. “Vamos todos morrer!”, diz um passageiro, em meio a gritos desesperados. Os camponeses descem do ônibus e se abrigam na mata. Eles andam por horas, comendo milho cru e mandioca. Ninguém dorme naquela noite. 2. A perseguição Junto com integrantes do Exército e da Polícia Nacional, civis armados que respondem ao Partido Colorado do líder paraguaio participam da perseguição aos camponeses. A ordem é acabar com os “guerrilheiros” com sangue e fogo. No dia 12 de março, por volta das 4 da tarde, um dos camponeses sai do esconderijo onde se abrigaram após o acidente com o ônibus para buscar água. Na volta, alerta aos companheiros: “Os militares estão chegando, preparem-se camaradas, são muitos!”. Os camponeses se dividem para fugir. O grupo de Apolonia caminhava sob um aguaceiro quando um tiro quebra o silêncio da noite. Apolonia cai no chão. Ela foi atingida por seis balas e tem as pernas machucadas. Cercada pela polícia, ela fecha os olhos. Prenda a respiração. “Senhor Todo Poderoso, se vou ser útil para meus irmãos, me ajude a encontrar uma saída”, ela implora aos céus. “Essa menina está morta. Vamos revistá-la, ela já tem pelos”, disse um dos policiais. Ele rasga as roupas dela. Ele quer apalpá-la. “Ninguém vai me tocar!”, grita Apolonia se levantando. Os policiais, que acreditavam que ela estava morta, se assustam. Eles dão alguns passos para trás. Eles perguntam por Victoriano Centurion, enquanto apontam suas armas contra a menina. “Matem-me, por favor, não toquem mais em mim!”, exclama. “Não sou um animal, sou um ser humano como você.” Os policiais riem e abusam sexualmente de Apolonia. Depois, arrastam seu corpo pelo mato. Um chefe de polícia intercede e a leva para o hospital Caaguazú. “O que vamos fazer se ela morrer?”, murmura o motorista da ambulância. “Se a menina morrer, tenho ordens precisas: vamos jogá-la na estrada”, responde outro funcionário. 3. Uma visita inesperada no hospital Apolonia acorda quatro dias depois no Hospital Policial Rigoberto Caballero. Suas mãos e pés estão amarrados à cama. Stroessner entra na sala. “Você saiu da sua comunidade porque queria estudar. Trouxe uma proposta para você”, anuncia El Rubio, apelido pelo qual o líder é conhecido. Apolonia olha para a parede. “Por que você não fala comigo? Ela engoliu a língua quando foi baleada?”, pergunta o soldado a uma enfermeira. “Vocês são comunistas que se levantaram contra mim”, disse ele à menina na segunda
Lula quer reparação à Dilma após arquivamento das “pedaladas fiscais”

Dilma, que hoje está na presidência do Banco do Brics, teve seu mandato cassado por crime de responsabilidade, justamente pela prática que ficou conhecida como “pedaladas fiscais” Após o arquivamento da ação de improbidade pelas “pedaladas fiscais” no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ser necessário discutir como “reparar” a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sua correligionária, que sofreu impeachment em 2016. Em entrevista coletiva concedida em Luanda, capital de Angola, neste sábado, 26, Lula disse que “é preciso ver como é que se repara uma coisa que foi julgada por uma coisa que não aconteceu”. “A Justiça Federal em Brasília absolveu a companheira Dilma da acusação da pedalada, a Dilma foi absolvida, e eu agora vou discutir como que a gente vai fazer. Não dá para reparar os direitos políticos, porque se ela quiser voltar para ser presidente, eu quero terminar o meu mandato”, brincou Lula. Dilma, que hoje está na presidência do Banco do Brics, teve seu mandato cassado por crime de responsabilidade, justamente pela prática que ficou conhecida como “pedaladas fiscais” – o suposto uso de bancos públicos para “maquiar o resultado fiscal”, o que teria atrasado, por parte da União, repasse de valores às instituições. No entanto, na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região em Brasília manteve, por unanimidade, o arquivamento da ação em benefício da ex-presidente e de outros envolvidos, como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Contudo, apesar de Lula ter dito que a ex-presidente foi “absolvida”, não foi essa a decisão do TRF-1. Ao Estadão, a advogada Vera Chemim, mestre em Direito Público Administrativo pela Fundação Getulio Vargas (FGV), disse que o Tribunal nem sequer julgou se Dilma é inocente ou não e, com base em decisão do STF, extinguiu a ação, sem resolução de mérito. “Não é uma questão de inocentar, e sim de caráter formal e processual”, explicou. Guilherme Amorim Campos da Silva, advogado e professor da Faculdade Autônoma de Direito (Fadisp), ponderou, no entanto, que a decisão pode ser interpretada como inocência de Dilma. No âmbito do Poder Judiciário, em relação a essa ação específica, “inexiste qualquer conduta dolosa provada em face da ex-presidente”. Já na sexta-feira, também durante sua visita a Angola, Lula já havia dito que o Tribunal havia “absolvido” a correligionária e que “o Brasil deve desculpas à presidente Dilma, porque ela foi cassada de forma leviana”. Lula disse que “é preciso ver como é que se repara uma coisa que foi julgada por uma coisa que não aconteceu” Agência Estado – (crédito: EVARISTO SA / AFP)
Estudantes da rede pública com deficiência terão preparação para o Enem

Até a véspera do exame, eles vão participar de aulas gratuitas todos os sábados Luis Felipe Sales, 21 anos, ex-estudante da rede pública de ensino do Distrito Federal se forma no final do ano em jornalismo. A vaga em uma faculdade particular veio depois de ele ser aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2019. O caminho até a aprovação teve a ajuda do projeto Enem Inclusivo e Especial, iniciativa da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) da Secretaria de Educação do DF em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) que reforça a preparação de estudantes com algum tipo de deficiência ou transtorno. Este ano, 62 estudantes da rede com deficiência e transtornos, inscritos no Enem participarão das aulas nas manhãs dos 11 sábados que antecedem a realização das provas. São alunos com deficiência intelectual, auditiva, visual, física, além de transtornos como Espectro Autista (TEA), déficit de atenção, dislexia, entre outros. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, esteve presente na aula inaugural do projeto, neste sábado (26), e ressaltou o trabalho de motivação. “Ainda que fosse só um estudante nós estaríamos aqui. A educação tem que proporcionar a inclusão. É a educação que transforma a vida das pessoas. Não existem barreiras, nem limites”, afirmou. Para a subsecretária de Educação Inclusiva, Vera Barros, o Enem é uma grande possibilidade de ingresso desses estudantes no ensino superior, já que a maioria das instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas, opta pelo exame para substituir o vestibular. “O que garante inclusão é a acessibilidade”, resumiu. As aulas, gratuitas, serão dadas por professores voluntários nas instalações da Finatec, parceira do projeto Enem Inclusivo e Especial 2023. Além da Finatec, o projeto tem a parceria com a Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e com a ONG Programando o Futuro. Inspiração Luis Felipe Sales, que cursou o ensino médio no Centro Educacional (CED) 1 do Riacho Fundo, e passou no Enem depois de participar aulas do Enem Inclusivo e Especial, deu a receita aos demais estudantes: “As aulas aqui, dadas por professores extremamente capacitados, foram muito importante. Mas o segredo é ler bastante. A prova não é difícil para quem estuda.” Warley Felipe Fernandes Vasconcelos, 17 anos, aluno do 3º ano no Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN), quer cursar medicina ou direito e pretende reforçar as habilidades em redação. Warley foi diagnosticado com Transtorno do Sistema Auditivo Central (TPAC) quando era criança. “Ele começou a estudar em escola particular, mas acabei mudando ele para a rede pública”, explicou a mãe do garoto, Adriane Vasconcelos, 37 anos. “As aulas vão funcionar como um reforço positivo. Vão dar mais disciplina para ele”, acredita. Durante as aulas, os estudantes terão acesso a um laboratório de experimentação pedagógica que vai estimular a realização de pesquisas. Eles também poderão acessar uma plataforma que reunirá provas do Enem de anos anteriores. Além disso, serão oferecidos todos os dispositivos para garantir a plena acessibilidade aos estudantes como audiodescrição e intérprete de libras. *Com informações da Secretaria de Educação Secretária Hélvia Paranaguá: ” A educação tem que proporcionar a inclusão. É a educação que transforma a vida das pessoas. Não existem barreiras, nem limites” | Fotos: Mary Leal/SEEDF
GDF entrega pavimentação da via de ligação do Caub I e II

Foram investidos R$ 4,4 milhões em serviços de asfaltamento, drenagem, sinalização de trânsito e na instalação de calçadas na pista que conecta os conglomerados A vice-governadora Celina Leão entregou, neste sábado (26), a pavimentação da via que liga os Conglomerados Agrourbanos de Brasília (Caub) I e II, no Riacho Fundo II. Foram investidos R$ 4,4 milhões para levar asfalto aos 2,2 km de extensão da rodovia e na realização de obras complementares de urbanização na região. Os conglomerados, antes ligados por uma estrada de terra, agora contam com uma pista inteiramente asfaltada, garantindo um deslocamento mais ágil e seguro, e com uma melhor estrutura em frente às casas que margeiam a pista. As intervenções promovidas pelo GDF beneficiam 10 mil pessoas. “Com esse tipo de investimento, você consegue fazer com que o cidadão acesse a casa dele mais rápido, com facilidade, agiliza a escoação de alimentos. É uma obra que eu tenho certeza que não beneficia só a família, mas uma comunidade”, enfatiza Celina Leão. A vice-governadora do DF destacou, ainda, os vários investimentos que o governo tem realizado em toda cidade. “O Riacho Fundo II precisava de muito investimento, era tida como cidade-dormitório, não tinha área empresarial desenvolvida e toda essa movimentação de benfeitorias teve parte desde o primeiro governo Ibaneis”, afirma. “Nós construímos aqui a UPA, a Unidade Básica de Saúde, a escola de línguas e agora essa ligação do Caub I ao Caub II. Ou seja, essa cidade tem sido cuidada e nós vamos continuar investindo aqui. Será uma das grandes cidades para as pessoas escolherem para morar”, detalha. Comunidade assistida Apenas na etapa de pavimentação, as equipes da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF (SODF) utilizaram 1,5 mil toneladas de massa asfáltica. Para o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Luciano Carvalho, o asfaltamento também ajudará no escoamento dos produtores rurais da região. “É uma obra que atende a zona rural, a produção agrícola, pessoas que moram na região e que, realmente, vivem disso. Esse asfaltamento traz conforto, estabilidade. São investimentos que dão a conotação da importância que a produção agrícola tem para o DF”, afirma o secretário. A região conta com vários produtores rurais assistidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). “Atuamos aqui há muitos anos. Hoje, nós temos no nosso cadastro cerca de 134 propriedades da região que nos procuram para apoiar todas as atividades agropecuária. São 285 beneficiários dessas propriedades, que produzem alimentos do dia a dia, pecuária, flores, leite. É uma região rica”, defende Cleison Duval, presidente da Emater. A administradora regional do Riacho Fundo II, Ana Maria da Silva, relata que o asfaltamento era uma demanda antiga dos moradores do Caub I e II. “A gente via a dificuldade dos moradores, então, hoje se realiza um desejo antigo da população”, diz. As obras também levaram melhorias para os pedestres. Agora, a via conta com novas calçadas, mais seguras e acessíveis, e recém-instaladas sinalizações horizontais e verticais. “Temos muitas crianças que estudam nas redondezas e sofriam muito com barro e lama. A calçada também é uma maravilha, a gente já pode ver famílias caminhando, passeando, andando de bicicleta”, acrescenta o vigilante Paulo Mendonça, 49 anos. As equipes do GDF ainda solucionaram um problema crítico na região com a construção de uma moderna e eficiente rede de drenagem para captar a água das chuvas. “Quando a gente não sofria com a poeira, era com a lama. Essa obra foi boa demais para todos. Antes, isso aqui era tudo estrada de terra e, agora, está tudo pavimentado”, comemora o aposentado Francisco Basílio de Braga, 77. Foram investidos R$ 4,4 milhões para levar asfalto aos 2,2 km de extensão da rodovia e na realização de obras que beneficiam cerca de 10 mil pessoas | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília
Lula: Brasil vai voltar a fazer financiamento para países africanos

O presidente Lula desembarcou ontem na Angola. Depois, segue para São Tomé e Príncipe, para participar da conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no domingo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (25/8), que o Brasil voltará a oferecer financiamento para países africanos. A declaração ocorreu durante o fórum econômico em Angola. “Angola sempre foi um país que nos deu certeza de que a cada dólar investido aqui seria ressarcido e assim o fez, porque esse país não é resultado de um traçado de régua, esse país é resultado de uma luta quase que sangrenta. Não só para conquistar a independência, mas também para construir o país.”, apontou. “Muitas vezes, por ignorância, pessoas brasileiras acham que fazer negócio com países ricos é muito melhor, e não se dão conta que os países ricos muitas vezes não querem fazer negócio conosco. Eles querem exportar pra nós produtos de alto valor agregado e querem comprar de nós apenas commodities, soja, minério de ferro, milho e carne”, completou. Lula participou do Brics durante a semana na África do Sul e desembarcou ontem em Angola. Depois, o presidente segue para São Tomé e Príncipe, para participar da conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no domingo. Lula participou do Brics durante a semana na África do Sul e desembarcou ontem em Angola – (crédito: Reproduçao/YouTube @Lula)
‘Acabou’: a revolta de jogadoras de futebol contra presidente da federação espanhola após beijo forçado em atleta

Luis Rubiales beijou jogadora na boca na cerimônia de premiação da seleção espanhola na Copa do Mundo, gerando duras críticas; segundo ele, gesto foi consensual. A jogadora de futebol espanhola Alexia Putellas escreveu depois de ouvir nesta sexta-feira (25/08) o discurso do presidente da sua federação, Luis Rubiales, no qual ele se recusou categoricamente a se demitir por ter beijado na boca a camisa 11 da seleção, Jenni Hermoso. Depois da mensagem de Alexia – que é muito próxima de sua companheira de equipe – na rede social X (anteriormente chamada de Twitter), outras pessoas começaram a se manifestar. “Acabou”. “Acabou”. “Acabou”. Colegas de Hermoso na seleção feminina campeã da Copa do Mundo realizada recentemente na Austrália e na Nova Zelândia, como a goleira Cata Coll, juntaram-se às vozes de repúdio. “Que pena que 23 jogadoras de futebol não sejam as protagonistas… acabou! Com você até a morte @Jennihermoso”, disse a goleira. “Acabou! (Estou) Com você @Jennihermoso ????????”, tuitou a ex-capitã Virginia Torrecilla. Sandra Paños, também ex-jogadora da seleção espanhola, disse algo semelhante: “Acabou. O que aconteceu esta manhã é inaceitável. estou com você @Jennihermoso”. Em outubro do ano passado, 15 jogadoras da seleção espanhola renunciaram em uníssono, embora separadamente e com uma carta que repetia o mesmo texto em cada caso. Naquela época, essas jogadoras queriam que seu técnico, Jorge Vilda, fosse demitido porque seu “estado emocional” as afetava “de forma significativa”. Patri Guijarro, outra jogadora de futebol que deixou o time no grupo dos 15, disse: “Acabou. (Estou) Com você @Jennihermoso. É uma pena chegar a este ponto e acreditar que as reclamações de meses atrás eram reais”. Esse grito virtual também foi acompanhado por atletas de outras nacionalidades, como a venezuelana Deyna Castellanosa: “Isso é inaceitável. Estou com você @jenniHermoso #seacabó”; e a norueguesa Ingrid Syrstad Engen, que joga no Barcelona: “Acabou. Estou com você, Jenni, e todas as minhas companheiras de equipe que levantaram suas vozes por muitos meses”. A mesma reação teve a suíça Ana-Maria Crnogor?evi?, também do Barcelona. “Estou pirando… ???????????? acabou”, postou no X, e seguiu a mensagem com insultos. A ex-jogadora de basquete Eli Pinedo, medalhista de bronze pela seleção espanhola nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, disse que incidentes como esse servem para mostrar aos outros que as mulheres agora estabelecem limites em situações que consideram inadequadas. “Enquanto isso, há algo muito bonito e importante em partes iguais: não estamos mais em silêncio, não devemos ficar em silêncio. Uma mensagem poderosa para as gerações futuras. Com você @Jennihermoso ?????????? #SeAcabó #Guerreras #Todas,” ele escreveu. Outras integrantes da equipe, como Aitana Bonmatí, Olga Carmona, Athenea del Castillo, Irene Paredes, Alba Redondo e Ona Batlle postaram mensagens de apoio a Hermoso no X após ouvir Rubiales. A vice-diretora do veículo digital eldiario.es, María Ramírez, aproveitou a postagem de Torrecilla para dizer que “o #metoo espanhol se chama ‘acabou’”. Recusa de Rubiales em se afastar “É tão sério para que eu saia, tendo feito a melhor gestão do futebol espanhol? Bom, vou te dizer uma coisa: não vou renunciar. Não vou renunciar, não vou renunciar, “, disse Rubiales nesta sexta-feira em uma assembleia extraordinária da federação desportiva que preside. “Não vou renunciar, não vou renunciar!”, insistiu. Rubiales beijou Hermoso na boca no último domingo, na cerimônia de premiação da seleção espanhola após vencer a final da Copa do Mundo contra a Inglaterra por 1 a 0, o que foi interpretado por muitos como um comportamento impróprio do técnico. Após a comemoração pública no estádio, Hermoso disse em transmissão ao vivo do vestiário que “não gostou” do beijo. Nesta sexta-feira, porém, o dirigente insistiu que o beijo foi consensual. “O beijo foi consentido. Jenni me levantou do chão e eu pedi um selinho, e ela disse que estava tudo bem”, disse ele. Hermoso, no entanto, divulgou uma nota reafirmando que não houve consentimento para o beijo e que não tentou em momento algum levantar o dirigente do chão. Rubiales também foi questionado por ter tocado seus órgãos genitais na comemoração da final. Ele pediu desculpas por esse fato. As reações de rejeição às palavras de Rubiales não demoraram, e o governo espanhol anunciou o início dos procedimentos necessários para suspendê-lo do cargo. Beijo de Luis Rubiales em jogadora espanhola provocou revolta – (crédito: Getty) Da BBC News Mundo
Semad lança concurso de fotografia com tema: “água, clima, Cerrado e as pessoas”

Três melhores imagens de cada uma das duas categorias serão premiadas com smartphones equipados com câmeras profissionais A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) abriu, nesta sexta-feira (25), inscrições para um concurso de fotografia com o tema “Àgua, clima, Cerrado e as pessoas” (pelo link https://tinyurl.com/fotocerrado). A entrega dos prêmios vai acontecer no dia 10 de setembro de 2023 no município de Rio Quente, durante abertura do seminário internacional Águas para o Futuro (promovido pelo Governo de Goiás em parceria com a Unesco). O concurso foi dividido em duas categorias. A primeira, com a temática “água, clima, Cerrado e as pessoas”, é restrita à participação de estudantes da rede estadual de ensino de Goiás oriundos de escolas em Rio Quente e em Caldas Novas. Para se inscrever, os menores de 18 anos têm que apresentar termo de autorização do responsável legal. O modelo está disponível no edital, publicado na edição desta sexta do Diário Oficial. A segunda categoria é aberta à participação de todos os cidadãos goianos e a temática é “emoções hídricas: interações entre as pessoas, as águas, a biodiversidade e o clima no bioma Cerrado em Goiás”. O edital prevê a possibilidade de cada pessoa se inscrever uma única vez e, para cada inscrição, a Semad só vai aceitar uma foto. Serão premiadas as três melhores imagens de cada categoria, com smartphones que têm câmera profissional para fotografia. Os primeiros colocados ganharão um aparelho com câmera de 48 megapixels, e os segundos e terceiros lugares serão contemplados com smartphones com câmera de 12 mp. As inscrições permanecem abertas até as 23h59 do dia 03 de setembro de 2023. A proposta do concurso é a de promover educação ambiental, estimular a produção de imagens sobre o Cerrado e reforçar o banco de imagens da Semad. Algumas regras O edital publicado no Diário Oficial traz as regras do concurso fotográfico, entre elas a de que proibida a edição das imagens, aplicação de filtros ou uso de qualquer técnica de tratamento como Photoshop, Corel Draw, Indesigner, Canva e outros. As fotos deverão ser enviadas em extensão .jpg, resolução mínima de 72dpi, largura mínima de 1 mil pixels e tamanho máximo de 10 mb. O seminário internacional Águas para o Futuro reunirá representantes de 22 países, vários estados e do governo federal para discutir a governança de recursos hídricos no mundo entre os dias 10 e 13 de setembro. Informações disponíveis no site https://aguasparaofuturo.com.br/. Concurso fotográfico promovido pela Semad aceitará inscrições entre os dias 25 de agosto e 03 de setembro de 2023 (Foto: Semad)
PM prende suspeita de realizar procedimentos em clínica clandestina em Goiânia

Polícia chegou à técnica de enfermagem após denúncia de uma cliente insatisfeita A Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu, nesta tarde de sexta-feira (25), uma técnica de enfermagem suspeita de realizar procedimentos estéticos em uma clínica clandestina, em Goiânia. A operação ocorreu após denúncia. Segundo a PM, uma vítima da suspeita informou que a clínica funcionava de forma irregular na casa da técnica de enfermagem, no Residencial Itaipú. Esta pessoa teria ficado com o corpo deformado após procedimento e queria o dinheiro de volta. Sem acordo, ela acionou a polícia. Durante a ação, a suspeita confessou ser técnica de enfermagem e que realizava os procedimento na sala de casa, que foi adaptada para os trabalhos. Ela também disse que fazia o serviço para completar renda e que terminava o curso de biomédica para conseguir a autorização para realizar procedimentos. No local, ela fazia Botox, harmonização facial, implantes e mais. Todos sem autorização. Ainda conforme a corporação, durante a ação, outros clientes chegaram ao local. Não se sabe quantos sofreram prejuízos em procedimentos e nem há quanto tempo a suspeita realizava os trabalhos, pois a mesma não informou. Ela foi conduzida à delegacia de Polícia Civil após a operação. No local, foram aprendidos um aspirador de lipoaspiração, várias seringas e agulhas, duas ampolas fechadas de ácido hialurônico, quatro ampolas da ácido hialurônico abertas de clientes em tratamento, quatro pomadas de xilocaína, uma estufa para esterilização dos instrumentos cirúrgicos e vários outros itens utilizados no exercício irregular de medicina. Segundo a PM, uma vítima da suspeita informou que a clínica funcionava de forma irregular na casa da técnica de enfermagem, no Residencial Itaipú. Foto: Polícia Militar
Do sonho a realidade- Escola Técnica de Santa Maria é entregue à comunidade

Unidade com investimento de R$ 15,2 milhões e que tem capacidade para atender até quatro mil alunos é a segunda entregue pelo governador Ibaneis Rocha. O governador Ibaneis Rocha inaugurou, nesta sexta-feira (25), a Escola Técnica de Santa Maria. O equipamento tem capacidade para atender quatro mil estudantes e ofertará, inicialmente, os cursos de técnico em radiologia, cuidados com idosos, desenvolvimento de sistemas e de rede de computadores. Para o próximo ano, estão previstas 1,2 mil vagas. Já a deputada distrital Jaqueline Silva, representante genuína de Santa Maria no Legislativo do DF, elogiou a gestão de Ibaneis Rocha por estar transformando o presente e construindo o futuro, não apenas em Santa Maria, mas, em todo o Distrito Federal. “Hoje celebramos não apenas a inauguração de uma Escola Técnica para nossa cidade, mas, sim o compromisso mútuo de promover a educação e o desenvolvimento de nossa querida Santa Maria. A entre o GDF e Santa Maria resulta num papel fundamental em nossa cidade. Juntos, podemos proporcionar oportunidades educacionais de alta qualidade, preparando nossos jovens para os desafios do mundo moderno e contribuindo para o progresso de nossa comunidade.” Disse a parlamentar. “Essa é uma escola muito bem-acabada, com toda estrutura de laboratórios para que a gente possa trazer desenvolvimento também para a população de Santa Maria. Era uma carência muito grande aqui da região” disse o governador Ibaneis Rocha. A unidade de ensino fica na QR 119, a cerca de 1 km do Terminal BRT de Santa Maria. A proximidade com o ponto de embarque e desembarque do transporte público facilita o acesso de moradores da região administrativa, do Gama e de cidades do Entorno, como Novo Gama e Valparaíso, em Goiás. Com aporte de R$ 15,2 milhões e 150 empregos gerados, a escola segue o padrão arquitetônico estabelecido pelo Fundo Nacional da Educação (FNDE), com 12 salas de aula, laboratórios (informática, química, física, enfermagem, entre outros), quadra poliesportiva, espaços administrativos, jardim, auditório, biblioteca, cantina, estacionamento e unidade de tratamento de esgoto. “O ensino técnico dá uma oportunidade para esses jovens se inserirem no mercado de trabalho. Temos uma parceria muito importante com o Sebrae na realização desses cursos técnicos. Essa é uma escola muito bem-acabada, com toda estrutura de laboratórios para que a gente possa trazer desenvolvimento também para a população de Santa Maria. Era uma carência muito grande aqui da região”, destacou o governador Ibaneis Rocha. Já a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, falou que os próprios estudantes têm demandado uma oferta maior no ensino técnico. “O Ministério da Educação fez uma pesquisa junto aos estudantes do ensino médio e o pedido de educação técnica profissional foi altíssimo. O jovem está sentindo a necessidade, antes mesmo de ingressar na universidade, de ter uma formação para ser inserido no mercado de trabalho. Isso acendeu o sinal de alerta do MEC e o GDF já vinha trabalhando nesse sentido. E para o ano que vem teremos mais uma escola, no Paranoá”, detalhou Hélvia Paranaguá. De portas abertas Antes mesmo da inauguração, a escola já promovia conhecimento e aprendizagem. Estão em andamento os cursos técnicos em marketing e em administração, por meio de parceria do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae) com o GDF. Além das qualificações de recreador, programador web, copeiro e microempreendedor individual, a partir de convênio com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). As aulas começaram neste mês e as inscrições já estão encerradas. “Cerca de 412 mil alunos este ano já passaram pelo Educação Empreendedora com pelo menos quatro horas de educação, sendo 380 mil de escolas públicas e o restante da escola particular. A escola conta ainda com as turmas de empreendedorismo, uma de marketing e outra de administração, e já há perspectiva para abrir uma turma no noturno em 2024”. Vale ressaltar que novos cursos serão ministrados no próximo semestre, uma vez que, jovens e adultos de Santa Maria estão ocupando a escola, porque está tendo uma procura muito grande por vagas. Em determinados cursos, o estudante poderá ganhar mais de uma certificação, tendo maior chance de ter sucesso no mercado de trabalho. “O aluno entra, faz o curso, sai com uma certificação intermediária e final. Em alguns, serão três certificações. Isso representa mudança de vida, mudança da comunidade. São cursos para áreas procuradas e que foram escolhidos em audiência pública. A Educação Profissional e Tecnológica contempla cursos técnicos de nível médio e cursos de qualificação profissional. São dezoito unidades escolares localizadas em dez regiões administrativas. A atual gestão inaugurou uma unidade em Brazlândia, em 2021, entregou uma unidade em Santa Maria e está construindo uma terceira no Paranoá. Saiba mais. A ideia de se implantar uma Unidade da Escola Técnica Par Santa Maria se deu cerca de 20 anos, por ocasião da inauguração da Escola Técnica do Gama. A luta, encabeçada pelo prefeito comunitário Antônio Alan de Brito teve adesão de outras lideranças e dentre estes, lá estava a figura da empresária na época, Jaqueline Silva. Porém, entrava governo, saía governo, apareciam “padrinhos” e “madrinhas”, os quais renovavam a pauta, sempre que vinham em Santa Maria e se lembravam da reivindicação. Fora isso, outros entraves, tais como; questão fundiária, política, e por fim, o engavetamento do processo. Mas, apesar da comunidade andar com o “pires na mão”, de gabinete em gabinete, numa súplica contínua por essa demanda, a empresária Jaqueline decide se lançar candidata a uma cadeira no Legislativo do Distrito Federal, o que infelizmente não conseguiu se eleger. Mas, isso não fez com que essa moradora e respeitada liderança política desistisse. Até porque, ela tinha o hábito de me confidenciar que “desistir era para os fracos”, a partir do momento em que não se elegeu, intensificou sua luta por Santa Maria em diversas áreas, dentre estas, o SOCIAL. Engajada no projeto “Ocupa Parque”, de sua autoria, Jaqueline Silva crescia dia após dia em conhecimento político, popularidade, e o mais importante: De ver as coisas acontecerem. Veio a campanha de 2018. Decidida e com uma excelente
Abertas 360 vagas para qualificação profissional de mulheres em Samambaia

Projeto Mulheres Vencedoras oferece capacitação em informática básica, design de sobrancelhas, trancista profissional, maquiagem profissional, entre outras Projeto de capacitação e profissionalização feminina, o Mulheres Vencedoras está com 360 vagas abertas para a etapa Samambaia. As inscrições podem ser feitas no site da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet) entre 25 de agosto a 10 de setembro. São 60 vagas por curso, sendo 30 para o turno matutino e 30 para o vespertino. Os cursos oferecidos são: informática básica, design de sobrancelhas, trancista profissional, maquiagem profissional, auxiliar de escritório e recepcionista e alongamento de unhas. Todos os cursos terão carga horária de 80 horas/aula. Pela manhã, as aulas ocorrem das 9h às 12h30, enquanto à tarde vão das 13h30 às 17h. Os cursos serão ministrados em estrutura instalada ao lado da administração regional, em Samambaia Sul. Para participar, é preciso ser pessoa física, brasileira nata, ou naturalizada ou estrangeira, em situação regular no país. Os cursos são voltados prioritariamente para a população negra, mulheres, jovens, pessoas com deficiência, migrantes e demais minorias, além de estar em situação de vulnerabilidade social. É preciso ter mais de 16 anos de idade, sendo que para os menores de idade é necessário autorização dos pais ou responsáveis. “Esse é um programa voltado preferencialmente para o público feminino, visando, justamente, atender a essa parcela da população que historicamente está incluída nos grupos de menor taxa de emprego no DF. Mulheres de baixa renda, pouco qualificadas e de cidades com menor poder aquisitivo. Os cursos são voltados tanto para as que querem entrar ou voltar para o mercado de trabalho, como também para as que queiram ser empreendedora”, afirmou Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda. Além do site da Sedet, os interessados podem se inscrever nas agências do Trabalhador do Plano Piloto (511 Norte) e de Samambaia (QN 303). O resultado e a convocação dos candidatos será divulgado no site da Sedet em 12 de setembro. Para confirmar a matrícula, os selecionados devem comparecer à Administração Regional de Samambaia entre 13 e 14 de setembro, de 9h às 12h e de 13h30 às 17h e apresentar documentos como Carteira de Identidade, ou equivalente com foto, comprovantes de CPF e de residência. A previsão de início das atividades é em 25 de setembro. O Mulheres Vencedoras, que está com 360 vagas abertas para a etapa Samambaia, tem inscrições para os cursos de informática básica, design de sobrancelhas, trancista profissional, maquiagem profissional, auxiliar de escritório e recepcionista e alongamento de unhas | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília