Nas últimas 24 horas disparos atingiram áreas residenciais, nas
quais pelo menos cinco pessoas morreram do lado ucraniano, segundo as
autoridades
Agência France-Presse
(crédito:
Dimitar Dilkoff / AFP)
Os soldados russos
continuam seus esforços para cercar Bakhmut (leste), cidade que se tornou o
mais novo símbolo da guerra na Ucrânia, informou neste domingo(5) o Exército
ucraniano, que afirma ter repelido os ataques.
Em seu relatório
diário, o Estado-Maior ucraniano disse ter repelido “mais de 130 ataques
inimigos” nas últimas 24 horas em vários locais do front, incluindo Liman,
Bakhmut, Kupiansk e Avdiivka.
“O inimigo ainda
está tentando cercar a cidade de Bakhmut”, acrescentou, sem dar mais detalhes.
Serhiy Cherevaty,
porta-voz do Grupo de Forças do Leste das Forças Armadas Ucranianas, afirmou
que cidades ao norte e oeste de Bakhmut foram atacadas. Pouco antes, ele havia
afirmado que a situação em Bakhmut era “difícil”, mas “sob
controle”.
A batalha por
Bakhmut, que já dura meses, assumiu um enorme valor simbólico para ambos os
lados.
No sábado, o
Instituto de Estudos da Guerra (ISW), um think tank americano, observou que as
forças russas ganharam posições em Bakhmut que poderiam permitir que os
soldados contornassem algumas defesas ucranianas.
Neste domingo, o
exército de separatistas pró-Rússia em Donetsk divulgou um vídeo no qual
supostos combatentes do grupo Wagner afirmam ter tomado a estação ferroviária
Stupky nos subúrbios ao norte de Bakhmut.
13 mortos em Zaporizhzhia
O ministro da Defesa
da Rússia, Sergei Shoigu, realizou uma inspeção de um posto de comando no front
leste da Ucrânia, na “direção Donetsk-Sul”, informou o Ministério da
Defesa no sábado, sem especificar o local ou a data exata da visita.
Para o ISW, a visita
de Shoigu foi “aparentemente destinada a avaliar as baixas perto de
Vugledar e a possibilidade de continuar uma ofensiva nessa direção”.
Segundo imagens
divulgadas no sábado pelo Exército russo, o ministro também participou de uma
reunião com o alto comando encarregado da ofensiva na Ucrânia, incluindo o
chefe do Estado-Maior, Valeri Gerasimov.
Nas últimas 24 horas
disparos atingiram áreas residenciais, nas quais pelo menos cinco pessoas
morreram do lado ucraniano, segundo as autoridades.
O balanço do ataque
contra um edifício residencial em Zaporizhzhia (sudeste), na noite de
quarta-feira, subiu para 13 mortos, incluindo uma criança.
O presidente
ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou a “tomada de reféns” da
usina de Zaporizhzhia , a maior da Europa, e pediu aos países ocidentais que
sancionem a indústria nuclear russa.
Em entrevista à AFP,
o prefeito da cidade de Energodar – onde fica a central nuclear – disse que a
usina foi fechada e transformada em “base militar” russa.