06/09/2025

O Palácio mantém sua posição de gerenciar as despesas e se prepara para um embate.

Guimarães e Randolfe à saída da reunião com Lula. Prioridade desta reta final de 2023 é a votação da MP 1.185 - (crédito: Henrique Lessa/CB/D.A Press)

Os líderes respondem à pressão para inserir na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) um dispositivo que retira do governo a prerrogativa de ser o executor das emendas parlamentares e transfere essa responsabilidade para o Legislativo.

Os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) na Câmara e José Guimarães (PT-CE), rejeitaram ontem a possibilidade de aprovação de um orçamento impositivo, conforme proposto pelo relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, Danilo Forte (União-CE). Este é um dos principais pontos de tensão nas discussões da LDO, que visa tornar obrigatória a execução das emendas apresentadas por deputados e senadores no primeiro semestre do ano.

Randolfe desafiou a proposta, afirmando que não representa a maioria no parlamento e sugeriu que, se o Legislativo quiser ordenar as despesas, deveria criar uma emenda parlamentarista para definir a execução. Ele expressou confiança de que a medida não teria votos suficientes para ser aprovada no Congresso.

Danilo Forte, sem utilizar o termo “orçamento impositivo”, propôs incluir no texto um mecanismo que condiciona a execução orçamentária ao arbítrio do Congresso, liberando as emendas antes das eleições municipais do próximo ano. O Palácio do Planalto, por sua vez, insiste em controlar o momento de liberação e pagamento das solicitações parlamentares, vinculando-as a projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os líderes reforçaram que a expectativa é votar e aprovar todas as questões nesta e na próxima semana, sendo a Medida Provisória 1.185 considerada crucial para o governo alcançar o déficit fiscal zero em 2024, representando uma ampliação de R$ 35 bilhões na arrecadação. O projeto exclui benefícios fiscais concedidos pelos estados do cálculo dos tributos federais.

Quanto às emendas individuais de transferência especial empenhadas, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assegurou que o governo pagará 100% do valor até o final do ano, totalizando R$ 7,6 bilhões no orçamento deste ano. Essa garantia foi dada após líderes expressarem preocupação com a liberação de verbas pelo Planalto, o que poderia impactar a votação de pautas de interesse do governo. Padilha afirmou que não haverá calote nessas emendas.

 Tribuna Livre, com informações da Agência Estado

Deixe um comentário

Leia também
CPMI do INSS: Stefanutto ignorou alertas da CGU sobre descontos irregulares
CPMI do INSS: Stefanutto ignorou alertas da CGU sobre descontos irregulares
Advogado do general Paulo Sérgio implica Bolsonaro em julgamento
Advogado do general Paulo Sérgio implica Bolsonaro em julgamento
Sóstenes pressiona por anistia e descarta proposta alternativa do Senado
Sóstenes pressiona por anistia e descarta proposta alternativa do Senado
Sindicato de irmão de Lula terá que prestar contas na CPMI do INSS
Sindicato de irmão de Lula terá que prestar contas na CPMI do INSS
Valdemar Costa Neto garante votos para aprovar anistia a Bolsonaro
Valdemar Costa Neto garante votos para aprovar anistia a Bolsonaro
Lula almoça com Alcolumbre e ministros do União Brasil
Lula almoça com Alcolumbre e ministros do União Brasil
Julgamento de Bolsonaro
Julgamento de Bolsonaro. - Advogados de ex-presidente e generais questionam provas da trama golpista, delação de Cid e conduta de Moraes
Gabinetes de deputados do TO são alvo de busca da PF em ação que apura fraude na compra de cestas básicas
Gabinetes de deputados do TO são alvo de busca da PF em ação que apura fraude na compra de cestas básicas
1 foi um pedido do ministro
Ex-assessor de Moraes diz que uso do TSE no 8/1 foi um pedido do ministro.
Os favoritos para o Senado pelo RJ em 2026, segundo pesquisa AtlasIntel
Os favoritos para o Senado pelo RJ em 2026, segundo pesquisa AtlasIntel.
Único réu presente na abertura do julgamento, general Paulo Sérgio conta com dúvida de ministros
Único réu presente na abertura do julgamento, general Paulo Sérgio conta com dúvida de ministros
Julgamento no STF: deputados da oposição se reúnem e dizem que vão elevar pressão por anistia
Julgamento no STF: deputados da oposição se reúnem e dizem que vão elevar pressão por anistia

Tarifaço: exportações aos EUA caem 18,5% em agosto

Apesar do superavit de US$ 6,1 bilhões em agosto, vendas ao mercado norte-americano recuaram após tarifaço, enquanto agro e petróleo puxaram alta para outros destinos O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou nesta quinta-feira (4/9) os dados do comércio exterior de agosto. Apesar do superavit de US$

Leia mais...

CPMI do INSS: Stefanutto ignorou alertas da CGU sobre descontos irregulares

Ex-presidente do INSS manteve acordos de cooperação até a operação da PF, deflagrada apenas em abril deste ano O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, resistiu a seguir recomendações da Controladoria-Geral da União (CGU) para suspender descontos automáticos nas aposentadorias, segundo depoimento da auditora Eliane Viegas Mota, prestado nesta quinta-feira (4/9)

Leia mais...

Advogado do general Paulo Sérgio implica Bolsonaro em julgamento

Segundo disse o advogado, o general Paulo Sérgio Nogueira atuou para “demover” Bolsonaro de uma ofensiva antidemocrática Na contramão do que sustentou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, o advogado Andrew Farias, representante do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e também réu no STF, implicou o ex-chefe do

Leia mais...

Sindicato de irmão de Lula terá que prestar contas na CPMI do INSS

Sindnapi, sindicato que tem Frei Chico como vice-presidente, terá contas e procurações investigadas pela CPMI do INSS A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (4/9), requerimentos que colocam sob investigação o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). A entidade tem

Leia mais...

Anvisa proíbe anel que promete medir glicose sem agulha

Os produtos prometem, sem base científica, medir os níveis de glicose, de oxigênio e atividade cardíaca sem retirar o sangue por picadas de agulhas A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição de alguns medidores de glicose. Os produtos prometem, sem nenhuma base científica, medir os níveis de

Leia mais...

A sua privacidade é importante para o Tribuna Livre Brasil. Nossa política de privacidade visa garantir a transparência e segurança no tratamento de seus dados pessoais.