Representantes do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) realizaram uma reunião com Haddad, contudo, não houve progresso nas negociações.
Após a reunião realizada na última terça-feira (14/11) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os representantes do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) confirmaram a manutenção da previsão de greve, que está programada para iniciar na próxima segunda-feira (20/11). De acordo com os representantes sindicais, não houve avanço em qualquer negociação com o governo federal.
No decorrer da última terça-feira, o Sindifisco Nacional promoveu um ato em frente ao Ministério da Fazenda para reivindicar o pagamento efetivo do bônus de desempenho. Durante o protesto, os manifestantes foram ouvidos pelo secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, e pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Mais tarde, uma delegação do sindicato foi recebida na sede do ministério pelo próprio Haddad.
Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional, declarou: “Não recebemos uma proposta do governo para analisar em assembleia. Portanto, seguimos com a intenção de iniciar a greve na próxima segunda-feira, dia 20”. Ele destacou ainda que o baixo orçamento destinado à Receita Federal contribui para a persistência do desmonte enfrentado nos últimos anos e ressaltou a importância de abordar o descumprimento do acordo que deu origem à Lei 13.464, uma situação que perdura há sete anos.
Quanto às implicações da paralisação, o presidente do Sindifisco afirmou que todos os setores da Receita Federal, como aduanas, Carf, imposto de renda, entre outros, serão afetados. Ele enfatizou que a greve é abrangente e que a população é profundamente afetada pelo desmonte que a instituição tem enfrentado nos últimos anos, sendo esse o motivo essencial da paralisação.
Os servidores da Receita expressam insatisfação em relação à proposta orçamentária enviada pelo Ministério do Planejamento ao Congresso Nacional, argumentando que ela pode perpetuar os graves problemas de desaparelhamento da administração tributária brasileira. Além da demanda específica relacionada ao bônus de desempenho, os auditores fiscais da Receita, assim como outros servidores públicos federais, solicitam o reajuste salarial anual. Vale ressaltar que o orçamento de 2024 não prevê a revisão geral da remuneração dos servidores.
Tribuna Livre, com informações da Agência Brasil