No entanto, em visita ao Complexo Naval de Itaguaí, no Rio
de Janeiro, o presidente disse nesta quinta (23/3) que não atacaria
“ninguém sem provas”
(crédito: Reprodução/YouTube@TV Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou,
nesta quinta-feira (23/3), que o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de
assassinar, entre outras pessoas, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR)
poderia ser mais uma “armação” do ex-juiz.
“Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do
Moro, mas eu quero ser cauteloso e vou descobrir o que aconteceu”, ironizou
Lula. “É visível que é uma armação do Moro, mas vou pesquisar e perguntar o
porquê da sentença. Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade
quando deu o parecer para ele, mas isso a gente vai esperar”.
Lula criticou Moro durante uma visita ao Complexo Naval
de Itaguaí, no Rio de Janeiro, onde opera o programa de Desenvolvimento de
Submarinos da Marinha (ProSub). “Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter
provas. Eu acho que é mais uma armação e, se for, ele vai ficar mais
desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se ele continuar
mentindo do jeito que está mentindo”, disse o presidente.
Segundo Lula, “Moro não é minha preocupação”
“Moro não é minha preocupação. A minha preocupação é 215
milhões de brasileiros que estão esperando que a gente possa melhorar a vida
deles. É isso que eu vou fazer. E quando eu venho fazer a visita no complexo
industrial de defesa, como esse aqui, isso é coisa de causar inveja em 99% dos
países do mundo”, destacou.
A Operação Sequaz, deflagrada na última quarta (22/3) e
que prendeu nove suspeitos de planejar ataques a autoridades, como Moro e o
promotor Lincoln Gakiya, foi determinada pela juíza Gabriela Hardt. Ela chegou
a substituir o próprio Moro durante a Operação Lava-Jato, quando ele pediu
exoneração do cargo em 2018 para assumir o Ministério da Justiça e Segurança
Pública na gestão de Jair Bolsonaro (PL).