Presidente
eleito Lula participou de forma on-line de reunião do GT de Saúde e falou em
responsabilizar igrejas com atuação antivacina
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está de
repouso em sua casa em São Paulo nesta semana, recuperando-se de um
procedimento cirúrgico na garganta, mas participou, nesta quinta-feira (24/11)
de uma reunião do grupo de trabalho da Saúde do Gabinete de transição. Lula
participou do encontro por videoconferência e defendeu o fortalecimento do
Programa Nacional de Imunização (PNI), além de ter ouvido um diagnóstico sobre
a escassez de recursos orçamentários para o Sistema Único de Saúde (SUS).
O encontro virtual contou com a participação de técnicos da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de cinco ex-ministros da Saúde das gestões
petistas (Humberto Costa, hoje senador por Pernambuco, Alexandre Padilha,
deputado federal, Arthur Chioro, José Gomes Temporão e José Agenor).
Após receber informações sobre a falta de recursos, Lula
disse que o Orçamento da saúde foi desestruturado na gestão de Jair Bolsonaro
(PL) na presidência e que precisará ser recomposto. Para aumentar a eficiência
da saúde pública e reduzir custos, o presidente eleito defendeu investir
“significativamente” em inovação e soluções criativas e, de maneira
emergencial, tentar resolver gargalos do sistema, como a lista de espera para
atendimento especializado.
Após a reunião, encerrada, Lula fez postagem nas redes
sociais destacando um dos principais temas debatidos no encontro, a vacinação,
não apenas contra a Covid-19, mas contra todas as doenças que têm vacina.
“Vamos trazer de volta o Zé Gotinha e fazer do Brasil mais uma vez referência
mundial em vacinação”, escreveu o presidente eleito.
Cobrança às igrejas evangélicas
Lembrando da polêmica em torno do negacionismo da vacina ao
longo da pandemia de coronavírus, Lula disse aos interlocutores, na reunião,
que pretende cobrar de lideranças de igrejas evangélicas sobre o apoio das
instituições ao programa de vacinação.
Segundo Lula, aqueles que seguirem optando por desincentivar
a vacinação ou espalhando informações falsas sobre a vacina poderão ser
responsabilizados “pela morte das pessoas”.